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Startup unicórnio: de onde veio esse termo e o que ele significa?

Criatura mítica e sem uma origem definida, o unicórnio incorpora diversos significados, sendo considerado um troféu por caçadores em contos e lendas. As startups unicórnio, termo criado pela investidora Aileen Lee em 2013, também representam isso. Ou seja, são empresas únicas, raras e de altíssimo valor de mercado.

É verdade que elas hoje já não são tão poucas assim, mas de qualquer forma, ainda compõem um seleto grupo de empreendimentos ousados e que prosperaram rapidamente. Hoje, toda startup em fase inicial de operações almeja fazer parte desse ainda reduzido clube, que embora em crescimento, tem critérios de admissão extremamente exigentes.

Conheça, então, algumas das empresas unicórnio no Brasil e no mundo, quais características elas têm em comum e o que fizeram para chegar lá.

Como uma empresa transforma em unicórnio?

Uma empresa unicórnio é aquela que conseguiu algo tão difícil quanto encontrar a criatura mítica: ser avaliada em 1 bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores.

Ou seja, a startup unicórnio é aquela que arrecada essa quantia antes de vender suas ações para o público e se tornar uma IPO (Initial Public Offering, em português “Oferta Pública Inicial” – OPI).

As características das startups unicórnio

Welcome To The Unicorn Club: Learning From Billion-Dollar Startups, esse é o título do artigo escrito por Aileen Lee, que por isso é considerada a criadora do conceito. De acordo com Lee, que é também fundadora da empresa de investimento-anjo Cowboy Ventures, um unicórnio apresenta uma característica básica: ter valor de mercado de US$1 bilhão antes mesmo de abrir capital na bolsa de valores.

Ou seja, não vale ter chegado a essa cifra depois da Oferta Pública Inicial (IPO). Faz sentido, afinal, esse é o recurso que empresas já consolidadas encontram para ampliar seu patrimônio. Ao abrir capital, ela diz ao mercado que aceita todo tipo de investidor, que, por sua vez, conta com a reputação da empresa para assegurar o retorno do seu investimento.

Assim sendo, é um feito extraordinário alcançar um valuation bilionário sem a necessidade de abrir capital na bolsa de valores. Para isso, as empresas unicórnio apresentam características que as tornam altamente escaláveis e lucrativas.

As principais características de uma startup unicórnio são:

Inovação

Inovar e revolucionar o modelo de mercado que a empresa está inserida é essencial para garantir que haverá um diferencial.

A Spotify é um exemplo de inovação, pois, revolucionou o modo como as pessoas ouviam música, trazendo o meio streaming para essa finalidade. É essa a ideia de inovar, de sair da bolha do que dá certo e arriscar com novas possibilidades e ideias.

Posição de vantagem

Por serem empresas inovadoras, elas se mantém em uma posição de vantagem no mercado, sendo pioneiras no ramo, inovando e aprimorando o produto sempre.

É importante se manter atualizado e em constante crescimento para garantir a posição de vantagem no topo.

Investimento em tecnologia

Grande parte dos unicórnios investiram em tecnologia. Apesar de não ser uma regra, o investimento em capitalização tecnológica para se tornar um unicórnio, é essencial. Além disso, não há como negar que a tecnologia e automação estão cada vez mais presentes em nossa rotina, né?

Foco no cliente

O foco do desenvolvimento das startups unicórnios é o cliente. Os produtos e as funcionalidades dos softwares são criadas pensando no usuário e em sua acessibilidade, visando sanar qualquer dor ou dificuldade.

A empresa Uber surgiu da dor do próprio dono, Travis Kalanick, ao tentar chamar um táxi em um dia de chuva em Paris. Ele simplesmente não conseguiu e pensou em como seria mais fácil fazer esse pedido pelo smartphone e, após alguns projetos, criou o app Uber.

Esse é o espírito de inovação: canalizar a dor do cliente e desenvolver um meio de resolvê-la da melhor forma possível.

Conheça abaixo as startups que já pertencem ao clube dos unicórnios no Brasil:

99

A pioneira na lista dos unicórnios foi a 99, um aplicativo de transporte criado em 2012, em São Paulo, pelo trio Paulo Veras, Ariel Lambrecht e Renato Freitas. A empresa virou unicórnio em janeiro de 2018, quando foi adquirida pelo equivalente a US$ 1 bilhão pelo grupo chinês Didi Chuxing, dono do maior aplicativo de transportes da China e  principal rival da Uber no segmento.

PagSeguro

A empresa de meios de pagamento PagSeguro tornou-se um unicórnio quando abriu o capital na bolsa de valores de Nova York, em janeiro de 2018. Foi um dos IPOs mais bem sucedidos de companhias brasileiras no exterior. Ao final do primeiro dia, a companhia estava avaliada em US$ 9,2 bilhões. E quem comprou ações naquele dia se deu bem. Hoje, a empresa vale quase US$ 10 bilhões.

Nubank

Se unicórnio é raro, imagina decacórnio, uma startup que vale mais de US$ 10 bilhões. Existem cerca de 20 desses no mundo. Nessa categoria, estão monstros como Byte Dance (a dona do aplicativo de vídeos TikTok), Airbnb e Nubank. O único brasileiro na lista funciona na prática como um banco, mas não é. Trata-se de uma instituição virtual de pagamentos. Ou, segundo a regulamentação do Banco Central, é apenas uma conta de pagamento. Uma conta bem valiosa: o Nubank passou da marca de US$ 1 bilhão em março de 2018, depois de receber investimentos de fundos da China e da Rússia. Em julho de 2019, foi a primeira startup brasileira a se tornar um decacórnio.

Stone

Fundada pelo carioca André Street, a Stone é uma empresa de formas de pagamento, mais especificamente maquininhas de cartões. Foi conquistando espaço no mercado dominado por Rede e Cielo e hoje está presente  em mais de 1500 cidades em todo o brasil. A Stone passou a valer mais de US$ 1 bilhão ao abrir capital na bolsa de valores de NovaYork, em outubro de 2018.

Arco Educação

“Educar é criar valores” é o slogan da Arco, empresa de soluções educacionais que agora, além de valores, tem um unicórnio para criar. A startup cearense utiliza ferramentas tecnológicas para auxiliar na educação de crianças. Nasceu em 2004, mas só 10 anos depois, com a chegada do fundo norte-americano General Atlantic, o negócio decolou de verdade. Em setembro de 2018, a ação da startup brasileira foi listada na bolsa de valores de Nova York e alcançou a marca de US$ 1 bilhão.

Ifood

Unicórnio de dois chifres ou dois unicórnios numa cajadada só? Tanto faz, porque foi dessa forma que o Ifood ultrapassou o valor de US$ 1 bilhão. Em novembro de 2018, a empresa recebeu um aporte de US$ 500 milhões dos fundos Naspers e Innova Capital, ligado a Jorge Paulo Lemann. Com o investimento, a startup de delivery de comida se tornou um unicórnio e, de quebra, ainda elevou a Movile, holding proprietária do Ifood, ao mesmo patamar. A Movile também tem investimentos em outras startups, como o Sympla, plataforma online de eventos, e a Playkids, produtora de conteúdo educacional para crianças.

Loggi

A empresa de entregas Loggi, apesar de brasileira, foi fundada pelo francês Fabien Mendez, em São Paulo. Ele chegou ao Brasil e decidiu abrir uma empresa motivado pelo crescimento do país no início da década passada. Um aporte de US$ 150 milhões do grupo japonês Softbank, em junho de 2019, fez com que a startup chegasse ao nível bilionário e fosse uma das primeiras beneficiadas.

Gympass

Uma semana depois de investir na Loggi, foi a vez do Softbank atacar a Gympass. Com a participação do fundo americano General Atlantic, os japoneses aportaram US$ 300 milhões na startup brasileira. Para quem não conhece a Gympass, ela tem um modelo de negócio diferente e criativo: oferece planos de assinatura de academias a empresas, que repassam esses planos como benefício a seus funcionários. Atualmente, a Gympass atua em 14 países, inclusive nos estados unidos.

Quinto Andar

A Quinto Andar foi fundada em 2013 pelos amigos Gabriel Braga e André Penha, e tem como objetivo intermediar a relação entre proprietários de imóveis e inquilinos, sem a necessidade de caução, fiador ou seguro fiança/ é uma atividade similar à prestada pelo airbnb. está presente em 25 cidades brasileiras e fecha cerca de 4.500 contratos por mês. Com os US$ 250 milhões que recebeu do softbank e do fundo americano dragoneer, passou ao patamar de unicórnio em setembro do ano passado.

Ebanx

Nascida em curitiba, em 2012, a Ebanx é o primeiro unicórnio da região sul do Brasil. A startup permite que empresas estrangeiras como Spotify, Airbnb e Aliexpress vendam produtos e serviços, cobrando na moeda local. A Ebanx foi fundada pelo trio Alphonse Voigt, João Del Valle e Wagner Ruiz. Hoje, conta com mais de 600 funcionários e atua em diversos países da América Latina. Em outubro de 2019, recebeu um aporte do fundo de private equity FTV, do Vale do Silício, e ganhou o selo de unicórnio.

Wildlife

Se houvesse um jogo do bilhão, a Wildlife seria campeã. A startup de games para celular foi fundada em 2011 pelos irmãos Victor e Arthur Lazarte, em São Paulo. A empresa produz jogos gratuitos e fatura com as microtransações durante o game, como roupas e itens que melhoram a performance dos personagens. em dezembro do ano passado, a startup alcançou o valor de U$$ 1,3 bilhão após um aporte do fundo americano Benchmark Capital. Alguns dos jogos mais famosos são Sniper 3d, Colorfy e Tennis Clash. Hoje, a startup tem escritórios em quatro países e games entre os mais baixados para os sistemas IOS e Android.

Loft

A Loft, startup de compra e venda de imóveis, recebeu um investimento de fundos estrangeiros e também chegou à marca de US$ 1 bilhão com apenas 16 meses de operação.

Super-unicórnio

Não, nós não estamos complicando ainda mais a situação. Aliás, pode ficar tranquilo. A notícia é muito boa.

Existem algumas startups que já somam US$ 100 bilhões em valor de mercado.

Mais do que isso: você, certamente, conhece essas empresas. E tem boas chances de admirá-las.

Na classificação de Aileen Lee, o Google é o grande super-unicórnio da década de 1990.

Sim, é isso mesmo. O Google começou como uma startup.

Na década de 2000, temos o caso de um super-unicórnio que virou até filme.

Você pode não ter visto “A Rede Social”, mas conhece o “filme do Facebook”.

E, sim, o Facebook é tido como o grande super-unicórnio da primeira década do terceiro milênio.

Conclusão

A verdade é que, os empreendedores que criam sua empresa pensando em se tornarem um Unicórnio, já começam com a visão errada. Você pode querer que a sua ideia se expanda e se torne grande, mas o seu principal objetivo não deve ser esse.

Se tornar um Unicórnio é a consequência de um trabalho de excelência e da combinação de outras diversas variáveis favoráveis ao seu negócio.

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