Panorama Semanal do setor de Petróleo e Gás natural (7 a 13/março/2021)
(Por: Leo Bittencourt)
– 3R Petroleum fecha parceria com DBO para aquisições de campos offshore (“no mar”):
A petroleira brasileira 3R Petroleum (código B3: RRRP3) fechou, através da subsidiária OP Energia, um contrato com a DBO Energia para que as empresas construam uma parceria para potenciais aquisições de ativos offshore de exploração de petróleo no Brasil. Com a parceria, a DBO se tornará acionista minoritária da OP, que seguirá sob controle da 3R. De acordo com o comunicado, a OP passará a deter 100% dos direitos do Polo Peroá, que fica na Bacia do Espírito Santo, e de outros ativos que forem adquiridos.
A OP tem habilitação de Operador A perante a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que permite que opere blocos e concessões em terra (onshore) ou mar (offshore), inclusive em águas ultra profundas.
Especializada em ativos de petróleo maduros, que demandam recuperação de produção, a 3R tem competido por ativos colocados à venda pela Petrobras. No início de fevereiro, a empresa comprou da estatal, através da OP e em parceria com a DBO, o Polo Peroá, por um valor de US$ 55 milhões. O ativo ainda não foi incorporado aos números de produção da companhia. (Fonte: Estadão Conteúdo)
– Produção média diária de petróleo nos EUA tem maior queda da história em 2020:
A produção diária média de petróleo nos Estados Unidos recuou 8% em 2020 na comparação com 2019, a maior queda da série histórica iniciada em 1940, informou nesta terça-feira a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) do Departamento de Energia (DoE) americano. Segundo o órgão, no ano passado, foram produzidos 11,3 milhões de barris por dia (bpd) no país, 935 mil bpd a menos do que em 2019. A produção chegou a pico de 12,8 milhões de bpd em janeiro de 2020, antes de começar a cair em resposta ao choque na demanda provocado pela pandemia. Em maio, a oferta chegou ao ponto mínimo de 10 milhões de bpd. (Fonte: Estadão Conteúdo) (Eu explico sobre este aumento recente da produção de petróleo nos EUA no livro Ouro Negro)
– Importações de gás natural da China de janeiro a fevereiro aumentam 17,4% no ano
As importações de gás natural da China, incluindo gás canalizado e GNL, aumentaram 17,4% no ano em relação a janeiro-fevereiro, ante um crescimento de 2,8% um ano antes, impulsionado pelo consumo interno acima do esperado em meio ao clima de inverno mais severo em décadas. A China importou um total de 20,8 milhões de toneladas métricas, ou 28,68 Bcm, de gás natural nos primeiros dois meses de 2021, em comparação com 17,7 milhões de toneladas métricas, ou 24,43 Bcm, no mesmo período do ano passado, de acordo com dados preliminares da Administração Geral das Alfândegas divulgados em 7 de março.
A China teve um crescimento robusto na demanda de gás natural desde novembro de 2020, e houve até mesmo uma escassez de gás na região norte em meados de dezembro devido a um pico de demanda desencadeado pela primeira onda de frio no inverno. Isso forçou os principais fornecedores de gás da China, principalmente as três empresas nacionais de petróleo – PetroChina, Sinopec e CNOOC – a aumentar suas importações de gás em janeiro e fevereiro em uma tentativa de garantir o abastecimento adequado, disseram as fontes.
A estatal PetroChina aumentou as importações de gás da rota oriental do gasoduto China-Rússia, ou Power of Siberia, para 28,8 Mcm/dia a partir de 3 de janeiro, de acordo com a gigante de infraestrutura estatal PipeChina. Isso é o dobro do nível de contrato de 14,4 Mcm/dia em 2020. Além disso, a estatal Sinopec planejava receber 30 cargas de GNL, totalizando mais de 2 milhões de toneladas em janeiro, para garantir o abastecimento. (Fonte: Isaque Rocha – O Petróleo)
– Estoques de Petróleo nos EUA:
Na última quarta-feira (10/março) foram divulgados os números dos estoques semanais de petróleo bruto dos EUA pela agência “Energy Information Administration (EIA)”. Na semana passada foi registrado mais um aumento inesperado de 13,8 milhões de barris, em comparação com as expectativas dos analistas de uma alta de 816 mil barris.
Os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, caíram 5,5 milhões de barris na semana contra as expectativas de uma queda de 3,53 milhões de barris. Os estoques de gasolina caíram 11,869 milhões de barris na semana passada em comparação com as expectativas de uma queda de 3,47 milhões de barris. O refino de petróleo bruto aumentou 2,4 milhões de barris. As refinarias operaram com 69% da capacidade, ritmo 13% superior ao da semana anterior.
Esses números indicam que as refinarias americanas reduziram sua produção e venderam os produtos que já estavam prontos (destilados). Por conta disso consumiram menos petróleo e venderam mais produto dos estoques.
Além disso, a produção americana “voltou aos níveis anteriores à tempestade de neve, enquanto a atividade de refino ainda não se recuperou“, disse Matt Smith, da ClipperData, para explicar o aumento nos estoques de petróleo bruto. A produção passou de 10 para 10,9 milhões de barris por dia na semana anterior.
Este aumento forte dos estoques fez o preço do barril cair no meio da semana, com Brent chegando a bater US$ 66 e o WTI chegou no valor de US$ 63 no dia 10/março. Mas durante o resto da semana os preços acabaram subindo novamente. (Fonte: Investing.com / AFP)
– Número de sondas americanas em atividades:
Ontem foi divulgado, pela empresa de serviços de energia Baker Hughes, a contagem do número de sondas de perfuração em atividade nos EUA. A contagem desta semana registrou uma queda de 1 sonda em relação semana passada, chegando a um total de 309 sondas de perfuração em atividade. Na semana retrasada esta contagem tinha alcançado 310 sondas com aumento de 1 sonda. Esses dados indicam um sinal de retomada da produção americana de Shale-Oil, no entanto, ainda está bem longe de recuperar os números de antes da pandemia, quando registrava em março a faixa de 680 sondas em atividades. Vamos ficar de olho! (Fonte: EUA – Contagem de Sondas Baker Hughes – Investing.com)
– Panorama Semanal do preço do Barril do Petróleo:
O petróleo fechou em baixa nesta sexta-feira, corrigindo ganhos após registrar fortes altas nas duas sessões anteriores, impulsionado pela assinatura de um novo pacote fiscal nos Estados Unidos e a melhora da perspectiva de demanda global pela commodity em 2021 pela OPEP. Nesta sexta, além do movimento de reajuste, pesou sobre o óleo a valorização do dólar ante moedas concorrentes. A alta da moeda americana torna o petróleo mais caro e, portanto, menos atraente a investidores que negociam em outras moedas.
O petróleo começou o dia em alta no comércio asiático, com os mercados celebrando a assinatura da lei pelo presidente Joe Biden na quinta-feira, com mais US$ 1,9 trilhão na conta da Covid-19. O pacote de estímulo visa vacinar toda a população adulta do país antes do Dia da Independência (em 4 de julho), ajudar estados e negócios e colocar dinheiro nos bolsos dos americanos, além de encontrar trabalho para eles. Somado a essa notícia, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) projetou uma recuperação mais forte da demanda pela commodity neste ano, concentrada no segundo semestre. Na semana passada, OPEP, Rússia e outros aliados decidiram manter seus cortes de oferta praticamente inalterados.
Além do pacote de estímulo nos EUA e a perspectiva da OPEP, na segunda-feira (8/março), forças Houthi no Iêmen atacaram a Arábia Saudita com drones e mísseis, mirando alvos que incluíram uma instalação da Saudi Aramco em Ras Tanura que é vital para exportações. O governo saudita disse que não houve feridos e nem danos às instalações. Esse ataque fez o preço do barril subir no início da semana.
Os contratos futuros do Brent para o mês de maio/2021, terminaram o dia com uma queda de -0,65%, encerrando o dia negociados a US$ 69,18 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. preços do WTI para o mês de abril/2021 apresentaram uma queda de -0,68%, sendo negociado a US$ 65,57 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No acumulado semanal, a referência global Brent apresentou uma queda de -0,26% e a referência americana WTI queda de -0,79%. (Fonte: Reuters / Investing.com / Forbes Money)
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