Donald Trump – EUA X CHINA
Em clima de Game of Thrones, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump resolveu subir a temperatura da tensão com os Estados Unidos.
Em abril, havia uma Repercussão positiva com as rodadas recentes de negociações entre EUA e China; mesmo que a Reunião entre Donald Trump estivesse ainda sem data. Até domingo dia 05/05 não havia um avanço concreto em pontos que resultariam suspensão permanente de medidas protecionistas adicionais.
O cenário
Esse cenário mudou completamente após Donald Trump ter afirmado ontem, no Twitter, que aumentará de 10% para 25% a tarifa de importação sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses a partir da próxima sexta-feira. Segundo o presidente norte americano, as negociações comerciais com Pequim estariam indo “muito devagar”, sendo que na verdade o tom dos chineses era de “renegociação”.
Já a China manifesta a possibilidade de não comparecer à capital dos EUA nesta sexta-feira, como era previsto. Até o presente momento, a China mantinha uma posição conciliadora, buscando uma cooperação entre países, onde representantes do governo Chinês iriam costurar um acordo a pedido de Xi Jinping.
Guerra comercial
Com os novos tweets de Donald Trump, Podemos concluir que trata-se de uma sinalização de que a guerra comercial dos Estados Unidos contra a China ainda está muito longe de acabar.
Também é possível afirmar que essas novas declarações acabam com a suposta trégua iniciada em dezembro do ano passado refletindo a frustração do presidente norte americano e as conversas com a China. A Casa Branca adotou uma postura mais dura principalmente quanto ao assunto da tecnologia, sendo a questão principal a exigência do fim das barreiras já existentes e também, a garantia de que não haveriam novas taxas.
Entendendo a raiz do problema:
O Twitter de Donald Trump representa um balde de água fria, principalmente para quem esperava o fim da guerra comercial e adiciona incerteza ao cenário econômico.
Seria apenas um blefe ou mais um capítulo dessa guerra comercial envolvendo Estados Unidos e China?
Vejo vários debates acalorados envolvendo os nossos principais parceiros comerciais. Mas afinal, Por que não tentamos entender a raiz do problema?
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Liderança americana
Por mais de um século, os Estados Unidos têm liderado como uma potência financeira mundial. Entretanto, podemos testemunhar uma mudança antes do esperado, pois A terra do Tio Sam tem sido um país que gasta muito mais dinheiro do que pode. O déficit do Governo americano embora esteja menor existe há pelo menos 10 anos como mostra o gráfico abaixo:
Já a China tem dado uma aula de finanças, pois ela tem guardado dinheiro por anos e a maioria das famílias na China possuem reservas de dinheiro e, consequentemente, o país também possui.
Quando os Estados Unidos precisavam de dinheiro, para quem pediram? Para a China, é claro, que só estava disposta a comprar títulos do governo americano e a estender créditos.
China
Ter bilhões e trilhões de dólares americanos em títulos (estima-se que são mais de 2 trilhões de dólares apenas em títulos públicos americanos nas reservas chinesas), fez com que a China pudesse manter o valor do seu dinheiro baixo e os seus bens baratos.
Antigamente, os EUA ajudavam os outros países. Pode ser difícil entender o dinheiro, e ainda mais difícil controlá-lo, e parece que os EUA estão perdendo esse controle. Os Estados Unidos gastaram ao invés de guardarem, e não protegeram suas finanças.
Originalmente, os EUA aproveitaram sua relação com a China, mas agora essa relação de crédito tornou-se a raiz do problema e o motivo dessa guerra comercial. Antes de pensar que o Donald Trump não gosta dos Chineses, precisamos entender que enquanto a China guardou todo seu dinheiro e a América gastou.
Conclusão
Quem tomou dinheiro emprestado, tem que pagar, certo? De acordo com o Twitter do presidente dos Estados Unidos, isso não será bem assim
Trata-se de apenas um blefe, o tiro parece ter saído pela culatra, com os chineses se retirando da mesa e se recusando a negociar com uma arma apontando para suas cabeças, podendo ainda retaliar qualquer medida dos EUA.
E agora?
Como fica o Brasil no meio dessa briga entre as principais potencias? Qual seria a maior consequência para o investidor brasileiro? Como você pode se beneficiar?
Como consequência disso, de forma geral, haverá uma perda para o mercado, mas é hora de as empresas brasileiras se movimentarem, porque EUA e China vão buscar outros fornecedores
Além de ter um mercado consumidor gigantesco, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, sendo responsável por 25% da balança comercial brasileira, de exportação e importação. Além disso, em 2017, cerca de 15% dos investimentos diretos estrangeiros no Brasil foram feitos por empresas chinesas.
O Agronegócio brasileiro
Podemos afirmar que um dos principais beneficiados dessa guerra comercial será o Agronegócio brasileiro. A China precisa, diariamente, colocar cerca de 4,5 bilhões de refeições nas mesas de sua população, considerando apenas as refeições essenciais (café da manha, almoço e jantar). Somente este dado já nos mostra o potencial que o agronegócio brasileiro tem dentro da estratégia chinesa de garantir a alimentação de população.
Já os EUA importam do Brasil sobretudo aviões, semimanufaturados de aço e alumínio e petróleo bruto. As exportações brasileiras para os americanos movimentaram US$ 26 bilhões no ano passado, segundo dados do MDIC.
No entanto, desde que foi anunciada a sobretaxação do aço nos EUA para afetar a China, afetou negativamente o Brasil. As siderúrgicas brasileiras já perderam mais de R$ 1,9 bilhões desde q foi anunciada essa notícia no início do ano.
A CSN e Usiminas foram fortemente feridas. Já a Gerdau foi a menos impactada, pois tem operações também nos EUA e a Vale também pela qualidade do minério de ferro.
As tensões irão evoluir mais e o ideal é procurar suporte de uma boa empresa de research, como o Dica de Hoje, clique aqui e saiba mais para que você tenha de investimentos especializada em gerenciamento de risco e planejamento financeiro para converter os possíveis abalos dessa guerra comercial em bons rendimentos.
Debora Toledo