Ao ler o título desse artigo você deve ter se perguntado: “por que aprender a errar? Eu não deveria me concentrar em aprender a acertar na bolsa?”
Sem dúvidas, acertar na bolsa pode te trazer muito dinheiro, mas eu nunca vi alguém ir à ruína porque acertou. Logo, acredito que aprender a errar pode ser mais importante para o investidor médio.
A cada ano que passa, percebo que um dos grandes detratores da rentabilidade dos investidores pessoa física são eles mesmos, afinal, são eles que tomam as decisões que acabam com o retorno dos seus investimentos.
Pode parecer até simples demais, mas o investidor médio teria um retorno muito maior se seguissem esse conselho:
- Você controla o risco que você corre. Quando for “apostar” seu dinheiro, aposte com pouco.
Uma boa parcela dos investidores foca muito no retorno e esquece do risco.
Sem dúvidas, temos belas histórias de ações que negociaram a preços irrisórios e tiveram uma valorização expressiva. O problema é que identificar empresas em situações delicadas que irão, de fato, se recuperar e prosperar é muito complicado.
Além de contar com a capacidade do investidor de estudar tão profundamente uma companhia para entender que existe espaço para um turnaround, ele ainda precisa contar – mesmo que pouco – com o fator sorte. Os projetos, investimentos, alocações de capital e condições externas precisam trabalhar para fazer com que o plano de reestruturação do negócio funcione.
Todas essas variáveis incrementam, consideravelmente, o risco do investimento em uma empresa nessa situação. Ou seja, se o risco é alto, o investidor jamais deveria alocar uma grande parte do seu portfólio nesse ativo. Se os investidores colocassem 5% ou menos do portfólio em teses de altíssimo risco, certamente, perderiam muito menos dinheiro.
O problema é que quando uma ação muito deteriorada é bem comentada na mídia ou pelos colegas do indivíduo, o mesmo coloca 50% de todas as suas economias nela.
A lição final do artigo é: não tem problema errar, mas erre com pouco. Vai investir em algo de altíssimo risco? Invista 5% ou menos do seu patrimônio, pronto. Se der certo, você ganha dinheiro, se der errado, você perde pouco.
Grande abraço, João Pedro Mello
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