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Décio Bazin: Estratégia para escolher ações boas pagadoras de dividendos

Décio dedica o seu método àqueles que desejam ser investidores de longo prazo – que colocam um montante de dinheiro em investimentos ou fazem aportes periódicos, reinvestindo todo ou parte dos proventos deles recebidos. Depois de muito tempo – digamos, 10 ou 20 anos – esse dinheiro aplicado será grande o suficiente para que o seu rendimento seja suficiente para sustentar um certo padrão de vida do investidor sem que o valor encolha com o tempo. Naturalmente, quanto mais caro for esse padrão de vida, piores forem as escolhas ou menor for o dinheiro investido, maior será o tempo de maturação do investimento.

Ele procura ações cujo o pagamento de dividendos seja maior do que 6% a.a.. Décio ainda aceita, dependendo do cenário um dividendo de até 5% a.a., mas ele alerta que, com esse dividendo, ele demoraria quatro anos para ter a rentabilidade que um de 6% a.a. teria. Para entender isso, considere o exemplo dado no livro:

Décio Bazin escreveu em 1992 o livro “Faça Fortuna com Ações, Antes que Seja Tarde”, sendo este um dos melhores livros brasileiros sobre investimentos em dividendos já escrito.

No livro, o autor expôs o que ele considerava primordial para um bom investimento; ele acreditava que o preço de uma empresa deve ser consequência dos dividendos que ela paga.

Pontos importantes

Portanto, os três pontos principais que a empresa deve seguir para ser considerado um bom investimento segundo esse método são:

1 – Dividend Yield maior ou igual a 6%;

2 – Empresas que não possuem endividamento excessivo ou qualquer dado suspeito;

3 – Caso haja notícias negativas que possam afetar diretamente os resultados da empresa, se desfazer imediatamente das ações.

Empresas que que deixam de pagar dividendos

Ele não recomenda a compra de empresas que deixam de distribuir dividendos com a desculpa de usar esse dinheiro para reinvestir no negócio, sob o argumento de que ativos “vêm e vão” com o tempo. Uma empresa pode simplesmente perder ativos e todo esse dividendo que o investidor deixou de receber então fará falta. (Isso é um pouco estranho de se entender, porque se o investidor usa seus dividendos para reinvestir na empresa e ela perde os ativos, esse dividendo reinvestido também perde valor, mas no primeiro caso ele mantém a mesma proporção de que ele tinha no começo e no segundo ele aumenta sua participação societária. De qualquer forma, dificilmente uma boa empresa e pagadora de bons dividendos perde seus ativos consistentemente; esses dois eventos não se comutam, a menos que a empresa esteja distribuindo os seus ativos para os acionistas como dividendos, como no caso de um desmantelamento de uma linha de produção, cujo o capital obtido pela venda é entregue como proventos – o que raramente é algo ruim para o acionista, dado que ele não tenha pago um alto preço por esse ativo.

Conclusão

O método de Décio – apesar dos pontos levantados – dispensa a nossa aprovação quando olhamos para os resultados. O resultado discutido ao longo do livro é o da multiplicação do patrimônio de um cliente, de USD 300.000 dado como um montante inicial, para USD 3.789.600 num espaço de 11 anos, que equivale a um rendimento composto de 25% a.a. Vale notar que durante todo esse período, houve dinheiro reservado em caixa e aplicações de alta liquidez. Diversos sites mostram simulações da estratégia, comparando uma carteira que seguisse a estratégia contra o Ibovespa, mostrando resultados muito superiores ao do índice; infelizmente esse tipo de previsão do passado é muito fácil de ser maquiada para se provar um ponto, e como não encontramos os métodos de montagem dessas carteiras teóricas, não comentaremos as simulações. Adicionalmente, Luiz Barsi – o maior investidor pessoa física no Brasil, com uma fortuna que supera o bilhão – também usa uma estratégia baseada na compra de boas distribuidoras de dividendos, embora ele tenha uma atitude mais parceira, quando as empresas passam por períodos difíceis, ao invés de simplesmente vendê-las como recomenda Décio.

Reiteramos aqui nosso pensamento de que dividendos são o meio de investir em ações – mais ainda se o investidor for leigo – porque os métodos são objetivos e replicáveis. Apesar das críticas, afirmamos que uma vez que o investidor se esclarecer – seja lá como – da parte mais nublada dos métodos de Décio, digamos, o que se quer dizer com “ineficiência” ou “endividamento excessivo”, temos convicção de que grandes retornos a longo prazo o esperam aplicando o que ele explica.

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