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F-Score: Que fórmula é essa?

Autor da formula

No início dos anos 2000, um professor da Universidade de Chicago chamado Joseph D. Piotroski escreveu um artigo intitulado “Value Investing: The Use of Historical Financial Statement Information to Separate Winners from Losers”[1] (“Investimento em Valor: O Uso de Informações Históricas de Demonstrações Financeiras Para Separar Vencedores de Perdedores”, em tradução livre). Nele, o professor sugere uma simples estratégia de avaliação da saúde financeira de uma empresa

Critérios do F-Score

São 09 testes aplicados sobre empresas listadas em bolsa para descobrir quais têm grandes chances de apresentar problemas e quais são saudáveis.

Os testes avaliam a eficiência, a alavancagem e a liquidez da empresa. Eles foram desenvolvidos nos anos 2000 por Joseph Piotroski, professor da Universidade de Chicago.

  1. Retorno sobre Ativos (ROA): Esse indicador é calculado através da fórmula Lucro Líquido Anual / Ativos Totais e indica a capacidade da empresa de gerar lucro a partir dos seus ativos. Caso seja positivo, somar 1 à pontuação.
  2. Fluxo de Caixa Operacional (FCO): Esse indicador representa o resultado de uma empresa considerando apenas as movimentações operacionais (ou seja, descartando qualquer efeito puramente financeiro ou contábil). Caso seja positivo para o ano corrente, somar 1 à pontuação.
  3. Variação do ROA: Caso o ROA do ano corrente seja maior que o ROA do ano anterior, somar 1 à pontuação.
  4. FCO > Lucro Líquido (LL): De acordo com Piotroski, é preciso ter cuidado com as empresas que possuam lucro líquido maior do que o caixa gerado por suas operações, pois isso pode indicar truques contábeis que tendem a gerar perda de valor para o acionista no futuro. Caso o FCO seja maior do que o LL para o período analisado, somar 1 à pontuação.
  5. Variação na Alavancagem: A alavancagem (Dívidas / Ativos Totais) é uma forma que a empresa possui de obter capital para realizar investimentos necessários para a melhoria de seus resultados. Apesar disso, é importante que exista prudência com relação a tal mecanismo pois o endividamento em excesso é uma causa comum de destruição de valor ao longo do tempo, especialmente se os resultados desejados não se concretizarem no tempo esperado, e é prudente esperar que as empresas busquem diminuir o nível de endividamento com o passar dos anos. Caso a alavancagem da empresa tenha diminuído com relação ao período anterior, somar 1 à pontuação.
  6. Variação na Liquidez Corrente: Esse índice pode ser calculado através da fórmula Ativo Circulante / Passivo Circulante e serve para indicar a capacidade da empresa de cumprir com as suas obrigações ao longo dos próximos 12 meses. Caso a liquidez corrente tenha aumentado em relação ao período anterior, somar 1 à pontuação.
  7. Variação no Total de Ações: Em geral, não é interessante para o acionista que a empresa emita novas ações constantemente, pois isso gera uma diluição no percentual que o investidor possui daquela empresa. Por conta disso, caso a empresa não tenha aumentado o número de ações em circulação no último ano, somar 1 à pontuação.
  8. Variação na Margem Bruta: Empresas que possuem margem bruta (Lucro Bruto / Receita Líquida) elevada costumam possuir uma vantagem competitiva importante, pois este indicador demonstra a capacidade que a empresa possui de precificar seus produtos ou serviços acima dos custos de produção. Caso a margem bruta tenha aumentado em relação ao período anterior, somar 1 à pontuação.
  9. Variação no Giro do Ativo: O giro do ativo pode ser calculado com a fórmula Receita Líquida / Média dos Ativos Totais (últimos 12 meses). Através desse indicador, é possível identificar o quanto de receita a empresa consegue gerar a partir de seus ativos. Caso tenha aumentado em relação ao período anterior, somar 1 à pontuação.

Objetivo

O objetivo dessa análise é valorizar as empresas que possuam boas métricas de lucratividade e eficiência, além de demonstrarem estar evoluindo ao longo do tempo. No final, cada empresa terá uma pontuação entre 0 e 9, sendo que quanto maior a pontuação, melhor a situação financeira da mesma.

Os testes estatísticos da eficácia da estratégia para diferentes níveis de tamanho, liquidez e endividamento das empresas apresentaram que a estratégia foi significativa em distinguir as firmas com boas performances das de performances

Conclusão

O investimento em valor não é um conjunto de regras rígidas. É um conjunto de princípios que formam uma filosofia de investimento.

O investidor Warren Buffett ensina que o investidor deve buscar empresas cujo negócio ele tenha uma boa compreensão, que venham apresentando um histórico de lucro e patrimônio líquido crescente.

Cuja tendência de longo prazo seja favorável e, principalmente, que apresentem baixo endividamento em relação às demais empresas do setor e estejam cotadas a preços atrativos.

Assim, o investidor terá uma margem de segurança que, teoricamente, o protegerá contra perdas acentuadas e possibilitará maiores ganhos no futuro.

Na Área de Membros tem oito carteiras Calculadas e uma delas é a Carteira de Piotroski que teve um ótimo resultado no fechamento de setembro

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