A PetroRio (PRIO3) assinou nesta quinta, 28, o contrato com a Petrobras (PETR3, PETR4) para a aquisição de participação de 90% e operação do Campo de Albacora Leste.
O novo consórcio será formado pela PetroRio, operadora do Campo com 90% de participação, e pela Repsol Sinopec Brasil (RSB), com 10% de participação.
O negócio ainda está sujeito às condições precedentes usuais para este tipo de operação, como aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aprovação do CADE, e waiver do direito de aquisição por parte da RSB em até 30 dias.
O pagamento terá parcela fixa de US$ 1.951 milhões, sendo US$ 293 milhões pagos na assinatura do contrato, e mais US$ 1.658 milhões na conclusão da aquisição e transferência da operação para a Companhia, sujeito aos ajustes devidos até o fechamento da transação (contados a partir de 1º de outubro de 2022) e ao cumprimento de condições precedentes.
O negócio também contempla a possibilidade de pagamentos adicionais (cumulativos) de até US$ 250 milhões, a depender da média anual da cotação do barril de petróleo tipo Brent nos anos de 2023 e 2024.
Onde fica e reserva
Albacora Leste fica localizado em lâmina d’água de 1.200 metros, no norte da Bacia de Campos, a 23 km do campo de Frade.
A PetroRio estima uma reserva economicamente recuperável 1P próxima a 280 milhões de barris para o Campo de Albacora Leste, sendo, líquido para a PRIO, uma reserva superior a 240 milhões de barris, com previsão de abandono posterior a 2050.
As estimativas consideram uma cotação de longo prazo de US$ 62 por barril de petróleo.
“Todos os valores serão pagos utilizando os recursos já disponíveis em conta corrente da PRIO, somados à geração de caixa da companhia até o closing da operação e os níveis de alavancagem se manterão dentro de faixas saudáveis e conservadoras, inferiores a 1,0 vez Net Debt / EBITDA, conforme já amplamente divulgado”, explicou a PetroRio.
Plano de negócios para o Campo de Albacora
Em um fato relevante enviado ao mercado, a PetroRio informou que durante os primeiros 18 meses de operação, se concentrará nas seguintes frentes:
- Investimentos de aproximadamente US$ 150 milhões no FPSO P-50 para assegurar os mais altos níveis de integridade do ativo e, com isso, alcançar padrões de segurança a eficiência operacional equivalentes às suas outras operações;
- Captura de sinergias e implementação de sua metodologia operacional de maneira a alcançar um nível de custo (OPEX) compatível com a operação do FPSO P-50, próximo a US$ 90 milhões ao ano.
Posteriormente, será iniciada a campanha de redesenvolvimento do Campo, envolvendo a conexão ou perfuração de 17 poços produtores e 5 poços injetores ao longo de 5 anos, com CAPEX estimado de US$ 70 a US$ 75 milhões por poço (para 100% do Campo).
De acordo com a petroleira, similar à metodologia empregada em Frade e Wahoo, o desenvolvimento será dividido em duas etapas:
- A primeira, contemplando a conexão de 3 poços produtores já perfurados, 8 novos poços produtores e 1 poço injetor, que poderá aumentar a produção do Campo a níveis superiores a 50kbpd (100% do Campo), mantendo tal patamar por 2 ou 3 anos;
- A segunda, com outros 6 novos poços produtores e 4 injetores, a ser realizada em seguida.
A PetroRio informou ainda que também deve realizar o descomissionamento antecipado (até 2027) de 5 poços produtores e 1 injetor, já contemplados no preço pago pelo Campo.
A companhia estima um CAPEX de aproximadamente US$ 15 milhões por poço. O abandono final do Campo, previsto para depois de 2050, é estimado em US$ 800 milhões.
Fonte; Finace News
Clique na imagem abaixo e tenha acesso análises completas
Não deixe de conferir as carteiras com 7 dias de garantia