A discussão sobre o que é caro ou barato é sempre um ponto de atenção entre os investidores de ações. E, claro, a precificação faz parte, afinal, um dos maiores riscos que uma pessoa pode correr é pagar caro por uma ação.
Nessas horas, sempre me lembro da história da Petrobras (PETR4), que em 2008, logo após a descoberta do pré-sal, atingiu R$ 50 e, de lá até 2016, caiu mais de 90%. Sim, o acionista recebeu dividendos nesse período, porém, se o retorno com proventos não foi de 900%, no acumulado, a pessoa ainda perdeu bastante dinheiro (e tempo).
Mas hoje venho trazer uma reflexão interessante sobre o tema. Não estou dizendo que fazer valuation não importa e que não existem ações caras, mas que há três empresas sobre as quais é muito difícil afirmar se estão caras.
E por que? Resumidamente, porque são empresas que crescem seus lucros todos os anos. Certo, mas como isso pode fazer uma ação talvez nunca ficar cara?
Pense no seguinte. Se uma ação de uma empresa que lucra R$100 milhões por ano custa R$10 R$100MM, se no próximo ano ela lucrar R$200 milhões e a ação subir para R$15 (+50%), você concorda que a ação não ficou cara? E se no próximo ano ela lucrar R$250 milhões e a ação subir para R$20, você concorda que ela ainda não ficou cara? E assim por diante…
Bom, mas vamos falar das ações que prometi. A primeira com certeza você já deve suspeitar, é a Weg. Olhe que interessante esse gráfico que compara o lucro líquido com a cotação e perceba que como o lucro está sempre subindo, a cotação também continua subindo.
Fonte: investidor10.com.br
A segunda ação é a Itaúsa. Observe o mesmo gráfico e veja, novamente, que como o lucro quase sempre está subindo, a cotação o acompanha.
Fonte: investidor10.com.br
E, por fim, a terceira ação é a Sanepar, a qual segue o mesmo caminho das outras duas.
Fonte: investidor10.com.br
E aí, será que tem ações que nunca ficam caras? Fica o questionamento.
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Grande abraço,
João Pedro Mello