“O destino conduz o disposto e arrasta o relutante” Sêneca
A razão ou emoção guia nossas ações em todos os aspectos da vida, não é diferente nos investimentos. Muitas vezes agimos de maneira irracional, até exagerada e então as “certezas” desaparecem, na verdade elas não “somem” apenas você se dá conta que elas nunca existiram em nenhum outro lugar, a não ser na sua cabeça.
E quando esses eventos ocorrem a tendência culpar alguma coisa, por exemplo:
As projeções indicam uma alta do mercado acionário (índice), logo o gatilho emocional acionado é: compre, isso porque existe uma projeção quase unanime de alta. Porém algumas pessoas substituem a palavra “projeção de muitos” por “certeza absoluta” e desconsideram qualquer outra variável, afinal a “certeza” é suficiente para definir que é um negócio imperdível.
Logo, quando as circunstâncias externas afetam os resultados e o mercado faz seu trabalho, o que era certeza se transforma em uma ilusão.
Inicia aqui a etapa de culpar: foi azar ou culpa de quem fez a projeção.
O mesmo raciocínio se aplica a investidores que vendem seus ativos pois acreditam que o fim está próximo, ou que não investem pois precisam ter certeza, como se algo em relação a esse assunto fosse imune a qualquer risco.
O mercado não vai “parar” porque você está com medo da incerteza, ele não é justo ou eficiente, ele é estruturado para ser volátil e sendo assim a certeza não tem lugar na equação, e isso infelizmente ou felizmente, acaba afastando os investidores que não entendem que ativos são negócios e que vivenciam ciclos.
Querer certeza quando se trata desse assunto é como fechar a porta com as mãos, trancar com a chave e então bater com cabeça para abrir.
Você é especial! Pode investir em renda variável que a sorte estará a seu lado, tudo garantido, afinal você é boa pessoa. Vamos dar as mãos e dizer em voz alta algumas frases motivacionais e tudo dará certo.
Não existe certeza quando investimos em renda variável, e esse fator aumenta ainda mais quando consideramos o longo prazo, e ao dizer isso minha intenção é mostrar que nada substitui o conhecimento e a gestão da carteira quando investimos em negócios, e isso vale para o mercado acionário e também para os empreendedores.
O índice vai oscilar, vai se comportar de acordo com o desenho de cenário de curto prazo, vai refletir o volume na ponta compradora ou vendedora, assumindo confiança ou desconfiança em relação a política monetária e fiscal do país e também do cenário externo, e ninguém tem certeza de que isso ou aquilo vai ocorrer!
Não existe almoço grátis, o que existe são projeções com base em análises de entidades e profissionais, e ninguém é imune a erros. Por isso tudo “pode” ou “pode não” acontecer, usamos a modelagem com base em variáveis e suas series de dados, mas certeza ninguém tem.
Então não desista de investir, apenas entenda que comprar ações não é comprar “lotes” e sim confiar seu dinheiro a um negócio, a seus gestores e aos consumidores. E isso só poderá dar certo se esse negócio for rentável e existirem estratégias adequadas de manutenção e aumento de demanda, se o negócio for eficiente para superar a concorrência, se o produto/serviço for algo que será consumido e poderá ser ampliado e melhorado no futuro.
Então abandone a ineficaz ilusão da certeza, comece a prestar atenção no que de fato diminui seu risco e possibilita o aumento do patrimônio:
investir em negócios que você compreenda, que sejam rentáveis, consistentes e diversificados o suficiente para que se tudo der errado você não vá a falência.
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