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Balança Comercial do Agronegócio Brasileiro- Julho/2020

A CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária – divulgou os números da balança comercial do agro referente ao mês de julho de 2020. Em volume, o aumento em relação ao ano de 2019 foi de 19,2% (já bem abaixo do nº de junho/2020 comparado com 2019) e em valor aumentou 11,7% (também abaixo do % comparativo junho/2019 contra junho/2020), ou seja, é bastante representativo. As vendas ao mercado externo totalizaram US$ 10 bilhões e o saldo comercial foi de US$ 9 bilhões, e o volume das exportações alcançou 24,4 milhões de toneladas.

E mais um recorde: nos primeiros sete meses do ano o Brasil apurou um superávit de US$ 54 bilhões, sendo este o maior valor para esse período do ano. Foram US$ 61,2 bilhões exportados (+9,2% contra mesmo período de 2019) e um volume de 131,5 milhões de toneladas (+17% contra mesmo período de 2019).

Os vencedores na lista de produtos exportados em junho, que representam 70,3% do total exportado, foram:

  1. soja em grãos – US$ 3,6 bilhões, contra US$ 4,7 bilhões em junho
  2. açúcar de cana em bruto – US$ 790,5 milhões, contra US$ 711,4 milhões em junho
  3. carne bovina in natura – US$ 690,7 milhões, contra US$ 655,5 milhões em junho
  4. milho – US$ 662,3 milhões
  5. farelo de soja – US$ 578,6 milhões, contra US$ 563,1 milhões em junho

E para onde foram esses vencedores?

  1. China levou 38,4% da fatia, contra 42,7% em junho – US$ 3,8 bilhões, contra US$ 4,3 bilhões em junho/2020.
  2. União Europeia levou 14,8%, contra 14,6% da fatia em junho/2020 – US$ 1,5 bilhão, contra US$ 1,48 bilhão em junho/2020.
  3. Estados Unidos ficaram com 6,3%, contra 5,3% em junho – US$ 626,3 milhões, contra US$ 537,1 milhões em junho/2020.
  4. Japão, com 2,6% – US$ 262 milhões.
  5. Egito, com participação de 2,3% – US$ 226,8 milhões.

Nos sete meses de 2020, de janeiro a julho:

  1. a soja também é a campeã da lista, com US$ 23,8 bilhões, um aumento de US$ 5,9 bilhões em relação ao mesmo período comparativo de 2019;
  2. a carne bovina in natura com US$ 4,2 bilhões exportados;
  3. celulose com US$ 3,6 bilhões, recuo de US$ 1,4 bilhão em relação ao mesmo período comparativo de 2019;
  4. o açúcar de cana em bruto com US$ 3,5 bilhões;
  5. e o farelo de soja com US$ 3,5 bilhões.

Esses produtos juntos foram responsáveis 62,9% da exportação do agro no período citado, sendo que o milho também apresentou variação no valor nesses sete meses na comparação com 2019 – foi US$ 1,3 bilhão a menos.

Em relação a esses sete meses de 2020, o destino das nossas exportações foram:

  • China, US$ 24 bilhões, equivalente a 39,2% do total;
  • União Europeia, com US$ 9,8 bilhões, equivalente a 16,0% do total;
  • Estados Unidos, com US$ 3,7 bilhões, equivalente a 6% do total;
  • Japão, com US$ 1,3 bilhão, equivalente a 2,1% do total;
  • Hong Kong, com US$ 1,2 bilhão, equivalente a 2% do total.

Um dado importante, que já havia sido informado pela CNA, é a busca pelo desenvolvimento de novos mercados, aumentando os que possuem potencial de aumentar as exportações dos nossos grãos, e no informe dos dados referentes às exportações de julho, a entidade destaca que houve aumento nos valores exportados para o mercado islâmico (principalmente Egito, Turquia e Irã). Segundo a confederação, foi US$ 1,7 bilhão em julho, um aumento de 8,1% em relação a 2019, sendo que o açúcar bruto foi o que apresentou maior aumento na comparação com 2019, seguido da soja e depois o açúcar refinado.

Sobre a safra 2019/2020, a CONAB informa que foi recorde, estimada em 257,8 milhões de toneladas (é preciso aguardar a consolidação das culturas de inverno), com volume crescendo 4,5%, equivalente a 11 milhões de toneladas superior à safra passada. Ainda segundo a CONAB, ocorreu aumento na área plantada em relação à safra 2018/2019 de 4,2% e também houve maior produtividade, em 0,3%.

A companhia também informa que em relação à soja (nossa campeã em exportação e que nos dá o título de maior produtor mundial), a produção foi um recorde, estimada em 124,8 milhões de toneladas, aumento de 4,3% na comparação com 2018/2019. Produção recorde também no milho e no algodão.

Não é recomendação de compra ou venda do ativo.

Daniel Nigri

Apoio: Patrícia Rossari

O analista Daniel Nigri CNPI1810 é o responsável pelas informações perante a ICVM 598

As informações não constituem recomendação de compra ou venda de qualquer ativo

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