Apesar de tão distantes geograficamente, a China possui grande relevância para a economia brasileira.
Não à toa, o mercado brasileiro tem se assustado bastante com as recentes notícias dos avanços de casos de Covid-19 em grandes cidades chinesas.
Fonte: Folha de S. Paulo
Diante disso, venho hoje mostrar para você um pouco dessa íntima relação entre o nosso país e os chineses.
No entanto, um pouco antes, vale a pena compreender de que maneira esses novos casos afetam a economia chinesa.
É muito provável que você se recorde de 2020, em que o comércio e algumas indústrias ficaram trancadas por conta da restrição de circulação e aglomeração.
Sabendo disso, é factível imaginar o principal efeito colateral desta medida: a desaceleração econômica.
Trazendo este cenário para hoje, notamos que essa conjuntura, em março, já se repetia na China. Inclusive, foi a primeira desaceleração desde 2020.
Bom, após entendermos os efeitos negativos que o lockdown traz para a economia chinesa, vamos relacioná-los com o Brasil.
A relação é fácil de ser compreendida: a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Para se ter uma ideia, atualmente, quase 30% das exportações brasileiras vão para a China.
Fonte: CNN
E mais, dentre os principais produtos exportados, temos:
Fonte: CNN
Portanto, qualquer desaceleração econômica da China que cause reduções em suas importações pode impactar consideravelmente as exportações do Brasil, algo bastante negativo para as exportadoras brasileiras.
Além disso, tendo em vista que exportadoras de commodities possuem grande peso no principal índice de ações do nosso país, o Ibovespa, é esperado que a desaceleração da economia chinesa também resulte em uma boa queda do índice brasileiro. Afinal, o mercado ficaria mais pessimista com os resultados futuros das exportadoras de commodities.
Fez sentido?
Grande abraço, João Pedro Mello
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