Coronavírus: nova epidemia e suas consequências

Coronavírus: nova epidemia e suas consequências

De tempos em tempos ocorre algum fato que impacta a economia global. Seja uma guerra militar ou comercial, ataques terroristas ou mesmo doenças. Nesse último caso, tivemos dois surtos nos últimos 20 anos que podem nos ajudar a entender o que pode acontecer no atual: o SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em 2002/03 e o MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) em 2012/13, já que ambos também são variantes do coronavírus.

O novo coronavírus foi identificado pela primeira vez na região de Wuhan, na China, em dezembro de 2019 e de lá se espalhou, já afetando mais de 2700 pessoas em quatro continentes. O número oficial de mortos é de pelo menos 80 pessoas, apesar de a especulação indicar um número bem maior, já que os dados emitidos oficialmente pelo governo chinês podem não ser considerados os mais confiáveis.

Comparado aos seus “irmãos” causadores do SARS e do MERS, o novo coronavírus parece ser menos grave, tanto nos sintomas quanto na letalidade. Entretanto, o temor de que o avanço do novo vírus desacelere a economia chinesa fez com que o Ibovespa operasse em queda na última segunda-feira, 28, acompanhando os mercados mundiais. No fechamento, o índice caiu 3,29% aos 114.482 pontos. A preocupação também refletiu no dólar comercial, negociado a 4,21 reais, alta de 0,63%.

 

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Aversão de Risco

A aversão de risco impulsionou o dólar também contra boa parte das divisas de maior risco, como iene chinês, dólar australiano, peso mexicano, lira turca e rand sul-africano.

O índice Nikkei (Japão) teve a maior queda em cinco meses, caindo 2,06%, refletindo as preocupações com o coronavírus. O Dax, na Alemanha, e o S&P500, nos EUA, apresentaram queda de 2,74% e 1,57%, respectivamente.

Além do dólar, subiram também o ETF de Ouro, IAU, negociado no mercado americano e o Bitcoin. O ETF de Prata, SLV, também negociado no mercado americano, fechou estável após subir cerca de 0,8%.

 

Ano Novo Lunar

Na tentativa de conter a disseminação do vírus, o governo chinês estendeu o feriado do Ano Novo Lunar até o dia 2 de fevereiro, com isso, grandes empresas estão fechadas. Em Xangai, muitas fábricas fecharam as portas e estão temporariamente paradas por instrução do governo local. O período de paralisação deve durar pelo menos até 10 de fevereiro.

Segundo o Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset, a preocupação dos mercados é com as consequências das medidas no Produto Interno Bruto (PIB) chinês. “As determinações do governo com proibição de viagens, fechamento de áreas que são focos do vírus e cancelamento das festividades do Ano Novo geram preocupação nos investidores que a economia global pode desacelerar, já que a segunda maior economia do mundo está parada”.

Embora a onda vendedora de ações possa continuar antes que a situação sobre a infecção melhore, no passado esses grandes surtos apenas levaram a uma desvalorização das ações de cerca de 4,7%, em média, segundo estrategistas do JPMorgan.

A equipe mantém uma visão construtiva sobre as ações globais, acrescentando que, no passado, quanto mais as ações caíam puxadas por temores semelhantes, mais se recuperavam posteriormente.

De fato, esses episódios anteriores não levaram a períodos prolongados de venda de ações e tornaram-se oportunidades de compra em questão de semanas. Os índices subiram 23% em média nos três meses após o pico no interesse global devido aos temores sanitários.

“Temores sobre saúde, semelhantes às campanhas de guerra localizadas, bem como incidentes terroristas, foram historicamente oportunidades de compra, e não razões para vendas sustentadas”, escreveram os estrategistas do JPMorgan Mislav Matejka, Prabhav Bhadani e Nitya Saldanha.

Veja na tabela abaixo o comportamento do índice S&P500 6 e 12 meses após as principais epidemias registradas.

coronavirus

Conclusão

No fim das contas, o tempo passa e os pânicos ficam pela história. Como bem mencionado pelos estrategistas do JPMorgan, momentos como esse são excelentes para comprar, visto que as vendas e consequentes quedas parecem muito mais um comportamento desesperado do que algo com real fundamento.

Aproveite este evento para analisar a sua carteira de investimentos. Se você está sentindo algum desconforto, é provável que ela não esteja de acordo com o seu perfil de risco.

Em todo caso, faz sentido estar exposto a ativos descorrelacionados como metais preciosos, renda fixa e até mesmo criptomoedas para que, em momentos como esse, eles possam amortecer parte da queda global da carteira.

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Abraços,

Lucas Mauricio

 

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