Panorama Semanal do setor de Petróleo e Gás natural (28/março a 3/abril/2021)
(Por: Leo Bittencourt)
– Lucros da petroleira saudita Aramco despencam em 2020:
A Aramco, gigante de energia da Arábia Saudita, anunciou na semana passada que seu lucro líquido caiu 44,4% em 2020, devido à queda dos preços do petróleo, em um ano em que a pandemia afetou a demanda global. “A Aramco teve um lucro líquido de 49 bilhões de dólares (41 bilhões de euros) em 2020, em comparação com 88,2 bilhões de dólares (73,8 bilhões de euros) no ano anterior” disse a empresa em um comunicado.
A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo bruto, foi atingida no ano passado por preços baixos e cortes bruscos na produção. As receitas foram afetadas pela queda dos preços do petróleo bruto e pelos volumes vendidos, bem como pelas margens mais baixas de refino e produtos químicos.
No ano passado, a Aramco registrou lucro líquido anual para 2019 em queda de 20,6% em relação a 2018. Apesar da situação, a empresa afirma ter distribuído US$ 75 bilhões em dividendos aos seus acionistas, valor que supera o lucro declarado, conforme prometido durante seu IPO em 2019. Apesar da pandemia, “colocamos ainda mais ênfase na lucratividade de nosso capital e em nossa eficiência operacional“, o que possibilitou o pagamento de dividendos, disse o CEO da Aramco, Amin Nasser.
Esses pagamentos ajudam o governo saudita, o primeiro acionista da empresa, a administrar o enorme déficit orçamentário do reino. A empresa, no entanto, reduzirá seus investimentos em 2021 “para cerca de US$ 35 bilhões, muito menos do que os US$ 40-45 bilhões” originalmente planejados, segundo o comunicado. (Fonte: AFP) (Eu explico a história do início da produção de petróleo na Arábia Saudita e da fundação da Aramco no livro Ouro Negro)
– Indiana MRPL compra pela 1ª vez petróleo brasileiro do campo de Tupi vendido pela Shell:
O grupo indiano Mangalore Refinery and Petrochemicals (MRPL) comprou pela primeira vez um carregamento de petróleo do campo brasileiro de Tupi em um leilão. O carregamento com 1 milhão de barris foi vendido pela Royal Dutch Shell para entrega em maio.
A compra vem após planos de refinarias estatais da Índia para redução de importações de petróleo da Arábia Saudita em cerca de um quarto em maio, em meio a desentendimentos com os sauditas após uma decisão da OPEP que ignorou pedidos da Índia para que o grupo ajudasse a economia global com uma maior oferta.
O petróleo brasileiro de Tupi é de um tipo popular entre refinarias independentes chinesas, mas as aquisições destas têm desacelerado nas últimas semanas, em parte devido a um aumento no fluxo de petróleo iraniano barato. (Fonte: Reuters)
– Estatal norueguesa Equinor avança com projeto no pré-sal:
A Equinor deu um passo importante, ontem, para avançar com o projeto de Bacalhau (ex-Carcará), no pré-sal da Bacia de Santos, ao obter, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a aprovação do plano de desenvolvimento do campo – uma das etapas necessárias para a decisão final de investimento da norueguesa no ativo. A previsão é que a primeira fase do projeto, que prevê uma plataforma com capacidade para produzir 220 mil barris/dia de petróleo em 2024, demande US$ 8,5 bilhões.
Ao todo, a Equinor tem planos de investir US$ 15 bilhões no Brasil até 2030. A expectativa é que os aportes se intensifiquem a partir deste ano, conforme avance o projeto de Bacalhau. Com a aprovação do plano de desenvolvimento – que traça o planejamento das atividades na concessão em seu ciclo de vida -, a empresa espera concluir, nos próximos meses, o acordo de individualização da produção com a extensão Bacalhau Norte para, em seguida, bater o martelo com os sócios ExxonMobil e Petrogal sobre o investimento final.
“Provavelmente no segundo semestre, e a partir do ano que vem e 2023, começaremos com a parte mais pesada de construção do FPSO [plataforma flutuante] e dos equipamentos submarinos [de Bacalhau] e com a perfuração [de novos poços exploratórios] aqui no Brasil”, afirma Veronica Coelho, a nova presidente da Equinor no Brasil. Veronica afirma que a empresa possui “uma agenda de crescimento importante” em curso no país, mas que mira a retomada dos leilões da ANP. A empresa olha com atenção a licitação dos excedentes da cessão onerosa de Sépia e Atapu, no pré-sal – oferecidas, sem sucesso, em 2019, diante das incertezas sobre o valor da compensação devida à Petrobras. “Acredito que as autoridades puderam refletir sobre os resultados. [O fracasso do leilão] não foi porque os ativos não eram interessantes”, afirmou. (Fonte: https://www.portosenavios.com.br)
– Estoques de Petróleo nos EUA:
Na última quarta-feira (31/março) foram divulgados os números dos estoques semanais de petróleo bruto dos EUA pela agência “Energy Information Administration (EIA)”. Na semana passada, os estoques de petróleo dos EUA caíram muito mais do que o esperado, com registro de uma queda de 876.000 barris, em comparação com as expectativas dos analistas de um aumento de 107.000 barris.
Os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, aumentaram 2,54 milhões de barris na semana, contra as expectativas de 171.000 barris, mostraram os dados da EIA.
O refino de petróleo bruto foi de 522.000 barris. A taxa semanal de utilização das refinarias foi 2,3% maior que semana passada com 83,9% por cento da capacidade operacional, de acordo com o relatório da EIA.
Os estoques de gasolina caíram 1,735 milhão de barris na semana passada, em comparação com as expectativas de um aumento de 730.000 barris. (Fonte: Investing.com)
– Número de sondas americanas em atividades:
Ontem foi divulgado, pela empresa de serviços de energia Baker Hughes, a contagem do número de sondas de perfuração em atividade nos EUA. A contagem desta semana registrou um aumento de 13 sondas em relação semana passada, chegando a um total de 337 sondas de perfuração em atividade. Na semana retrasada esta contagem tinha alcançado 324 sondas com aumento de 6 sondas. Esses dados indicam um sinal de retomada da produção americana de Shale-Oil, no entanto, ainda está bem longe de recuperar os números de antes da pandemia, quando registrava em março a faixa de 680 sondas em atividades. Vamos ficar de olho! (Fonte: EUA – Contagem de Sondas Baker Hughes – Investing.com)
– Panorama Semanal do preço do Barril do Petróleo:
Os preços do barril de petróleo avançaram mais de 2 dólares nesta última quinta-feira, apesar da notícia de que a OPEP+ chegou a um acordo para relaxar gradualmente, a partir de maio, seus cortes de produção.
A OPEP+, que compreende a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e outros produtores aliados, realizou na quinta (01/abril), por meio de videoconferência, a 15ª Reunião Ministerial OPEP e não OPEP, e concordou em elevar sua produção em 350 mil barris por dia (bpd) em maio, em mais 350 mil bpd em junho e em outros 450 mil bpd em julho. O grupo vem implementando cortes profundos desde a queda dos preços do petróleo em 2020.
Além disso, a Arábia Saudita reduzirá os seus cortes voluntários de produção, atualmente em 1 milhão de bpd, em 250 mil bpd em maio, 350 mil bpd em junho, e 400 mil bpd em julho. No total, o grupo elevará a sua oferta em 2,15 milhões bpd, entre maio e julho.
A decisão surpreendeu o mercado que esperava que a OPEP+ decidisse pela manutenção dos atuais patamares de corte por, pelo menos, mais um mês. O grupo, porém, já vinha sendo pressionado por grandes consumidores, como a Índia e os EUA, a atuar para manter os preços do petróleo sob controle. Na véspera da reunião, a Secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, telefonou para o Príncipe Abdulaziz bin Salman e enfatizou a importância da energia a custos razoáveis. O Príncipe, entretanto, negou que o mercado de petróleo tenha sido um dos temas discutidos com a Secretária.
Analistas consideram que esse aumento gradual da oferta poderá ser absorvido pelo crescimento da demanda nos próximos meses e ajudar a evitar picos de preços. “Aparentemente, a OPEP+ está dando muita ênfase aos grandes progressos com a vacina (contra Covid-19) em importantes regiões consumidoras, como os EUA e partes da Ásia“, afirmou Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates em Galena, Illinois. “O cartel parece estar bancando uma melhora sazonal de demanda mais forte do que o normal“, opinou Ritterbusch.
Os contratos futuros do Brent para o mês de junho/2021, terminaram o dia com uma alta de 0,05%, encerrando o dia negociados a US$ 64,67 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. preços do WTI para o mês de maio/2021 apresentaram uma alta de 3,62%, sendo negociado a US$ 61,30 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No acumulado semanal, a referência global Brent apresentou uma alta de 0,45% e a referência americana WTI alta de 0,79%. (Fonte: Reuters / Investing.com)
Até a próxima semana!
Abraços
Leo Bittencourt
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