De Olho no Óleo – Panorama Semanal do setor de Petróleo e Gás Natural:
Panorama Semanal do setor de Petróleo e Gás natural (1 a 7 novembro/2020)
(Por: Leo Bittencourt)
– Brasil fica entre os 10 maiores produtores mundiais de petróleo e de gás natural:
O Brasil subiu três posições no ranking global de produção de petróleo e gás natural nos últimos dez anos, chegando a setembro deste ano entre os dez maiores produtores mundiais, informa a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em levantamento publicado nesta quinta-feira (5/novembro). Segundo projeções do governo, nos próximos dez anos o Brasil deve chegar à quinta colocação no ranking mundial de produção de petróleo. Em dez anos, a produção do pré-sal subiu quase 60 vezes, superando a marca de 2 milhões de barris/dia e o volume do petróleo do pós-sal teve uma queda de produção da ordem de 57,3%. Entre setembro de 2010 e setembro de 2020, o gás natural teve um crescimento de 96%, de 63,9 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) para 125,2 milhões de m3/d. (Fonte: Estadão Conteúdo)
– O primeiro sistema definitivo de produção do pré-sal completa 10 anos de operação:
O Piloto de Tupi, primeiro sistema definitivo de produção do pré-sal da Bacia de Santos, completou em outubro dez anos de operação. Com sua plataforma ancorada em profundidade de água de 2.149 metros, o sistema tem capacidade para produzir, por dia, até 100 mil barris de óleo e processar até cinco milhões de metros cúbicos de gás, através de seis poços produtores, um poço injetor de gás e três poços injetores de água. Tupi é atualmente o maior campo produtor de petróleo em águas profundas do mundo. Nesses dez anos, a produção acumulada operada pela Petrobras no Piloto de Tupi foi de 264 milhões de barris de petróleo e de 11,8 bilhões de m3 de gás, totalizando 338 milhões de barris de óleo equivalente de petróleo e gás.
O sistema de produção do Piloto de Tupi foi responsável pela coleta de informações técnicas fundamentais para o desenvolvimento das grandes acumulações de petróleo descobertas no pré-sal da Bacia de Santos. O campo de Tupi é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a Shell (25%) e a Petrogal (10%). (Eu explico a história do início da produção no pré-sal no livro Ouro Negro). (Fonte: Petrobras)
– Equinor indica pico da demanda por petróleo e gás em 2030 e anuncia meta de zerar emissões até 2050:
A estatal norueguesa Equinor anunciou nesta segunda (2/novembro) a meta de se tornar uma empresa com emissões zero de carbono em 2050, e está se preparando para o declínio gradual da demanda global por petróleo e gás a partir de 2030 e espera, com isso, produzir, no longo prazo, menos petróleo do que que produz atualmente. Mesmo assim, estima um crescimento de 3% por ano na produção até 2026 e entende que uma parcela cada vez maior de petróleo e gás será usada para produtos petroquímicos em 2050.
A transformação da Equinor em uma empresa de energia passará pelo investimento em energias renováveis. A empresa espera atingir capacidade instalada de 4-6 GW em 2026 e 12-16 GW em 2035. “A Equinor agora planeja expandir sua aquisição em energia eólica, com o objetivo de acelerar o crescimento lucrativo e continuará a alavancar sua posição de liderança em energia eólica offshore”, disse a empresa em comunicado. (Fonte: EPBR)
– Estoques de Petróleo nos EUA:
Na última quarta-feira (dia 4/novembro) foram divulgados os números dos estoques semanais de petróleo bruto dos EUA pela agência “Energy Information Administration (EIA)”. Na semana passada foi registrado uma queda de -7,99 milhões de barris de petróleo bruto, contra a expectativa de alta de 890 mil barris previsto pelos analistas. Três das cinco semanas anteriores mostraram uma redução no estoque. Esta divulgação acabou sustentando uma alta nos preços do petróleo no início da semana, mas que acabou perdendo força na quinta e sexta-feira, no entanto, os preços do acumulado semanal fecharam em alta (Fonte: Investing.com)
– Número de sondas americanas em atividades:
Ontem foi divulgado, pela empresa de serviços de energia Baker Hughes, a contagem do número de sondas de perfuração em atividade nos EUA. A contagem desta semana registrou um aumento de 5 novas sondas em relação semana passada, chegando a um total de 226 sondas de perfuração em atividade. Na semana passada esta contagem tinha alcançado 221 sondas. Há 8 semanas este número vem aumentando aos poucos. Aparentemente pode ser um sinal de retomada da produção americana de Shale-Oil. Vamos ficar de olho! (Fonte: EUA – Contagem de Sondas Baker Hughes – Investing.com)
– Panorama Semanal do preço do Barril do Petróleo:
O barril do petróleo terminou esta sexta-feira cotado abaixo da marca de 40 dólares, à medida que o aumento no número de casos de coronavírus no mundo gera temores de enfraquecimento de demanda e a longa apuração dos votos na eleição presidencial dos EUA mantém os mercados tensos.
A França reportou uma contagem recorde de casos de Covid-19, intensificando preocupações de que novos “lockdowns” na Europa possam afetar a demanda por petróleo. Na eleição dos EUA, enquanto isso, o candidato democrata Joe Biden assumiu a liderança na Geórgia e em Arizona na disputa contra o presidente Donald Trump, aproximando-se de conquistar a Casa Branca, no momento em que apenas poucos Estados prosseguem com a apuração de votos. De acordo com os profissionais, a cada vez mais provável vitória de Biden nos EUA pode levar a mais baixas nos contratos de petróleo, se os democratas impulsionarem uma agenda focada em energias renováveis. No entanto, isso depende do controle do Senado, atualmente na mão dos republicanos.
Os contratos futuros do Brent para o mês de janeiro/2021, terminaram o dia com uma queda de -3,01%, encerrando o dia negociados a US$ 39,70 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Os preços do WTI para o mês de dezembro apresentaram uma queda de -3,43%, sendo negociado a US$ 37,46 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No acumulado semanal, a referência global Brent apresentou um aumento de 5,98% e a referência americana WTI aumento de 4,67%. (Fonte: Reuters / Estadão Conteúdo)
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