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Indústria surpreende e avança 2,9% em dezembro; em 2021, alta foi de 3,9%

Após cinco quedas consecutivas e variação nula em novembro, a produção industrial subiu 2,9% em dezembro, encerrando o ano passado com alta de 3,9% em relação a 2020. Apesar disso, o setor ainda opera abaixo do patamar pré-pandemia, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta (2).

O dado do mês retrasado veio bem acima do esperado por analistas ouvidos pela Reuters, que apostavam em uma alta de 1,6%.

“Esta deve ser a tônica dos dados econômicos para os próximos meses”, comentou o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito. “Após um período grande de acomodação da atividade devemos ver surpresas positivas, uma vez que a base de comparação já é sensivelmente baixa”.

Quando se compara o desempenho da indústria em dezembro com novembro, a maior parte das atividades acompanhadas pelo IBGE teve alta, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (alta de 12,2%) e produtos alimentícios (expansão de 2,9%).

“É o segundo mês de crescimento de produtos alimentícios e esse ganho se deve, principalmente, à produção do açúcar e à volta da exportação da carne bovina para a China”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo, no material de divulgação do levantamento.

Outros resultados positivos vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+12%), metalurgia (+3,8%), indústrias extrativas (+1,6%), produtos de minerais não-metálicos (+2,0%), máquinas e equipamentos (+1,3%), celulose, papel e produtos de papel (+1,7%) e  couro, artigos para viagem e calçados (+4,5%).

Por outro lado, cinco atividades tiveram queda, em especial os produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com recuo de 6,9% no mês.

Expansão de 2021 se concentrou no 1º semestre

Em 2021, o crescimento da indústria se concentrou no primeiro semestre, que registrou alta de 13% na comparação com o mesmo período de 2020, quando a economia se enfraqueceu drasticamente por causa da pandemia de coronavírus.

“Posteriormente, o setor industrial mostrou redução de fôlego. Os resultados positivos dos primeiros meses do ano tinham relação com uma base de comparação muito depreciada, já que em 2020 houve perdas bastante intensas para a indústria”, explicou Macedo.

Ele explicou que o segundo semestre do ano passado sofreu com uma base de comparação mais elevada em 2020, além dos reflexos da pandemia, como o encarecimento de custos de produção e falta de matérias-primas.

“Pelo lado da demanda doméstica, inflação em patamares mais elevados e o mercado de trabalho que, embora tenha mostrado algum grau de recuperação, ainda é muito caracterizado pela precarização das condições de emprego, com pagamento de salários menores”, afirmou.

Fonte: Money Times

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