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IPCA-15 foi de 1,20% em outubro

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 1,20% em outubro, 0,06 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de setembro (1,14%). Foi a maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, de 10,34%, acima dos 10,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%.

Período TAXA
Outubro de 2021 1,20%
Setembro de 2021 1,44%
Outubro de 2020 0,94%
Acumulado no ano 8,30%
Acumulado nos últimos 12 meses 10,34%

Houve variações positivas em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O maior impacto (0,43 p.p.) e a maior variação (2,06%) vieram do grupo Transportes. A segunda maior contribuição veio de Habitação (1,87% e 0,30 p.p.), acima da registrada no mês anterior (1,55%). Na sequência, veio Alimentação e bebidas (1,38%), cujo resultado acelerou em relação ao IPCA-15 de setembro (1,27%) e contribuiu com 0,29 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o -0,01% de Saúde e cuidados pessoais e o 1,32% de Vestuário, conforme mostra a tabela a seguir.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Setembro Outubro Setembro Outubro
Índice Geral 1,14 1,20 1,14 1,20
Alimentação e bebidas 1,27 1,38 0,27 0,29
Habitação 1,55 1,87 0,25 0,30
Artigos de residência 1,23 0,53 0,05 0,02
Vestuário 0,54 1,32 0,02 0,05
Transportes 2,22 2,06 0,46 0,43
Saúde e cuidados pessoais 0,33 -0,01 0,04 0,00
Despesas pessoais 0,48 0,77 0,05 0,08
Educação -0,01 0,09 0,00 0,01
Comunicação 0,02 0,34 0,00 0,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

O maior impacto no grupo dos Transportes (2,06%) veio das passagens aéreas, que subiram 34,35% e contribuíram com 0,16 p.p. para o resultado do mês. Houve alta em todas as regiões, sendo a menor delas em Goiânia (11,56%) e a maior em Recife (47,52%). O resultado do grupo foi influenciado também pela alta nos preços dos combustíveis (2,03%). A gasolina subiu 1,85% e acumula 40,44% nos últimos 12 meses. Os demais combustíveis também subiram: etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).

Ainda em Transportes, os automóveis novos (1,64%), usados (1,56%) e as motocicletas (1,27%) seguem em alta. No caso dos automóveis usados, trata-se da 13ª alta consecutiva, acumulando 13,21% de variação nos últimos 12 meses. Os preços de outros subitens como pneu (1,71%) e óleo lubrificante (1,36%) acumularam, em 12 meses, altas de 31,03% e 19,19%, respectivamente. Ônibus intermunicipal variou 0,16%, devido aos reajustes entre 11% e 13% no preço das passagens em Fortaleza (8,25%), aplicados desde 3 de setembro.

No grupo Habitação (1,87%), o destaque ainda é a energia elétrica (3,91%), maior impacto individual no índice do mês (0,19 p.p.). Em outubro, permanece em vigor a bandeira tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Durante o período base do IPCA-15, vigorou tanto a bandeira Escassez Hídrica, na primeira quinzena de setembro, quanto a bandeira vermelha patamar 2, na segunda quinzena de agosto. Outra contribuição importante dentro do grupo veio do gás de botijão (3,80%), cujos preços subiram pelo 17º mês consecutivo e acumulam, em 2021, alta de 31,65%.

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,38%) foi influenciado principalmente pela alimentação no domicílio, que passou de 1,51% em setembro para 1,54% em outubro. Os preços das frutas subiram 6,41% e contribuíram com 0,06 p.p. de impacto. Houve altas também nos preços do tomate (23,15%), da batata-inglesa (8,57%), do frango em pedaços (5,11%), do café moído (4,34%) do frango inteiro (4,20%) e do queijo (3,94%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-2,72%) e, pelo nono mês consecutivo, do arroz (-1,06%). As carnes (-0,31%), após 16 meses seguidos de alta, tiveram queda.

A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,69% em setembro para 0,97% em outubro, principalmente por conta do lanche (1,71%), cujos preços haviam recuado 0,46% no mês anterior. A alta da refeição (0,52%) foi menor que a de setembro (1,31%).

Houve altas em todas as áreas pesquisadas, em outubro. O menor resultado ocorreu em Belém (0,51%), devido à queda nos preços do açaí (-4,74%), das carnes (-0,98%) e dos itens de higiene pessoal (-0,64%). A maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), com altas da energia elétrica (4,15%) e da gasolina (3,47%).

Região Peso
Regional (%)
Variação Mensal (%) Variação Acumulada (%)
Setembro Outubro Trimestre 12 meses
Curitiba 8,09 1,58 1,58 10,91 13,42
São Paulo 33,45 1,13 1,34 7,86 9,80
Rio de Janeiro 9,77 0,96 1,22 7,28 9,14
Porto Alegre 8,61 1,32 1,20 9,38 11,85
Belo Horizonte 10,04 1,12 1,17 7,87 10,19
Salvador 7,19 0,89 1,10 7,85 9,81
Recife 4,71 0,95 1,04 8,86 10,29
Fortaleza 3,88 0,68 1,03 9,06 11,14
Goiânia 4,96 0,93 1,00 8,06 10,44
Brasília 4,84 1,45 0,87 7,63 9,05
Belém 4,46 1,33 0,51 8,16 10,01
Brasil 100,00 1,14 1,20 8,30 10,34
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 14 de setembro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Fonte: Agencia IBGE

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