Os últimos dois anos não foram fáceis para as varejistas. No geral, todas as empresas do setor sofreram algum tipo de prejuízo, umas mais e outras menos. Hoje, quero trazer um pouco da minha visão sobre o segmento de vestuário.
Tenho observado que o varejo de vestuário tem passado por um movimento em que três grandes players têm tomado conta do mercado. Por meio de aquisições e ganhos de participação de mercado, algumas gigantes do setor têm se fortalecido cada vez mais e a crise sanitária parece ter acelerado esse processo.
Recapitulando, em 2020 vivemos uma pandemia que prejudicou bastante o setor de varejo. A restrição de circulação e aglomeração de pessoas fez com que o comércio parasse por determinado período.
Pequenas e médias empresas, as quais dificilmente estavam preparadas para um evento como esse, muito provavelmente não tinham caixa suficiente para suportar longos dias e meses fechados. Dessa forma, a maioria saiu bastante enfraquecida deste período e outras nem sobreviveram.
Pensando no varejo de vestuário, pequenos e médios negócios que antes auxiliavam na pulverização do setor, hoje, devem ter perdido bastante força. Essas pequenas companhias, querendo ou não, tomavam certa parte do mercado dos grandes players. Com elas fora do jogo, o cenário esperado seria de uma consolidação ainda mais forte das gigantes do mercado.
Dentre as maiores varejistas de vestuário do país, as que mais me chamam a atenção são: Lojas Renner, Arezzo e Grupo Soma. Três negócios com operações redondas, com marcas muito poderosas e que passaram pela crise, sem dúvidas, melhor que qualquer pequeno/médio player do setor.
Durante os últimos anos, vimos, por exemplo, Arezzo e Grupo Soma expandindo suas operações de forma ágil e estratégica. As duas varejistas adquiriram uma série de negócios menores que despontavam no mercado e formaram dois blocos que abrigam algumas das marcas mais famosas do Brasil.
Tendo em vista todo o exposto, compreendo que ao passo que a situação do país melhore – e tudo indica que estamos perto disso – esses players estarão mais fortes e consolidados do que nunca no setor em que atuam.
Fez sentido?
Grande abraço e bons investimentos,
João Pedro Mello
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