O ouro subiu acima de US$ 2.000 a onça durante o início da sessão de segunda-feira, assim como outros metais, que também estão subindo hoje. Mas, o metal amarelo regrediu para abaixo da marca psicológica dos US$ 2.000, sendo negociado a US$ 1.983 às 12h08, alta de 0,83%.
“Em tempos de turbulência no mercado, os investidores se voltam para o ouro como um ativo de refúgio. Quando as tropas russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro, o metal amarelo atingiu US$ 1.974 por onça, o maior preço desde setembro de 2020. Antes da crise atual, o preço do ouro girava em torno de US$ 1.800, não tendo ganhos significativos desde o final de 2020”, diz James Luke, gestor de fundos da Schroders.
“O preço do ouro subiu em meio à crise na Ucrânia. Seja qual for a evolução desta situação, acreditamos que o ouro continua pronto para se tornar o ativo porto-seguro por excelência ou ‘TINA’ (não há alternativa)”, acrescenta Luke.
E por que os investidores podem começar a investir em ouro agora? “Além de buscar uma reserva de valor em momentos de maior estresse do mercado, acreditamos que muitos investidores veem o próximo ciclo de alta das taxas de juros como extremamente arriscado, dado o cenário macroeconômico anormal”, diz o gerente de fundos da Schroders (LON:SDR).
Segundo ele, “as economias desenvolvidas tornaram-se dependentes de estímulos monetários e fiscais maciços. O potencial de loops de feedback negativo (uma reação que faz com que a função diminua em resposta a um estímulo) ocorra na economia real e nos mercados financeiros à medida que os estímulos são removidos e as taxas de juros aumentam. ”.
Outros metais em alta
Outro dos metais que sobe esta manhã é a prata , cujo preço chegou a ultrapassar os US$ 26 por onça – mas retornando para US$ 25,73 às 12h11 -, “deixando para trás o nível psicológico de US$ 24 e que não conseguiu quebrar nas semanas anteriores”, explica Diego Morín, analista do IG.
O paládio é outro dos metais que subiu na sessão de hoje acima de 11% de ganhos, que conquistou a barreira dos US$ 3.000 antes de retroceder para 2.890. E o níquel subiu mais de 41% hoje e ultrapassou os US$ 42.000 por tonelada, ressalta o especialista.
“A volatilidade pode continuar afetando o mercado de matérias-primas, com a possibilidade de ver novas altas diante das fortes oscilações esperadas”, aponta Morín.
Fonte: Investing
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