Vamos fazer um balanço político econômico da semana?
Toda polêmica em torno do Renda Cidadã, o adiamento da sessão sobre o desmoronamento da folha de pagamento das empresas, os números do Caged sobre o mercado de trabalho e ontem à noite muita especulação sobre a indicação de Cássio nunes para a vaga de Celso de Mello para o STF.
Esses assuntos que começaram e movimentaram a semana terminam a semana totalmente indefinidos.
O Renda Cidadã foi apresentado como projeto de financiamento com o dinheiro dos precatórios e do Fundeb. Fracassou porque foi muito mal recebido. O próprio governo desistiu da ideia e vai ter que buscar outra forma de financiar esse Renda Cidadã.
Hoje tivemos um fato que abalou fortemente os mercados: uma enorme boataria acerca do ministro do desenvolvimento, Rogério Marinho, que teve uma reunião com um grupo de economistas, e ele teria dito a esse grupo, e segundo vazou, que a ideia de usar os precatórios para financiar o Renda Cidadã foi do Paulo Guedes.
E o Rogério Marinho disse que o Renda Cidadã iria sair de uma forma ou de outra, por bem ou por mal. Em outras palavras: ou com financiamento no orçamento ou estourando o teto de gastos.
Foi tão forte a boataria, que afetou a bolsa, a curva de juros, e o ministro deu uma nota agora dizendo que era mentira, que ele nao falou nada disso, que o governo continua procurando financiamento correto para o Renda Cidadã, que não estoure as contas, o teto de gastos e que ele nao falou mal do Paulo Guedes.
Só que o Guedes falou que o Marinho é despreparado, desleal e fura teto, e o Maia disse que o Guedes estava desequilibrado, isso porque Guedes teria alegado que o Maia estava sabotando os projetos de privatização.
Enfim, o clima é de desentendimento, beligerância, e isso não ajuda em nada a definição das questões importantes. Reforma tributária ficou para o ano que vem, reforma administrativa não anda e a proposta do governo de reunir Pis e Cofins não anda.
Enfim, está tudo no ar!!!
E por isso que temos esse nervosismo no mercado: os juros subindo, porque o mercado sente que o governo não está conseguindo se preparar e ajustar as suas contas.
A despeito disso, há uma recuperação da economia, que foi mostrada com o aumento das vagas abertas no mês de setembro: quase 250 mil vagas criadas. Logo, a economia está se recuperando.
O problema que o mercado vê é que o governo está muito desajustado na solução de problemas essenciais. Então fica um clima de falta de confiança. A economia poderia se recuperar mais rápido se o governo estivesse um pouco mais homogêneo.
Porque do jeito que está, um ministro briga com o outro, briga com o Congresso, cada um fala uma coisa, não passa firmeza, não passa confiança.
Agora as expectativas com o desembargador Cássio Nunes, porque ele herda os inquéritos do Celso de Mello. E há toda uma especulação que isso muda bastante a situação, já que ele é um homem ligado ao centrão do Piauí.
De acordo com o currículo dele, ele é advogado, entrou no tribunal, indicado pelo quinto constitucional, e nem ele estava esperando isso, porque o que ele estava pleiteando era uma vaga no STF.
Agora ele é um conservador, um garantista e o que vai se juntar ao Gilmar Mendes, ao Dias Toffolli e ao Lewandowski contra a lava jato, principalmente na segunda turma. Rever as decisões do Moro.
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