Aumentar as Receitas, Aumentar os Custos e Diminuir os Gastos

Aumente o custo e reduza a despesa!

Reduzir os gastos e/ou aumentar as receitas, são duas formas de ter uma folga no orçamento E/ou porque nada impede que você trabalhe nas duas pontas ao mesmo tempo. É até aconselhável. No entanto, temos visto muitos educadores financeiros dando um peso maior na parte da redução do que na de aumento. Isso acontece porque é muito mais fácil reduzir os gastos do que aumentar as receitas.

Por exemplo, se seu gasto com energia elétrica é alto, basta trocar as lâmpadas comuns por lâmpadas de LED, tirar os aparelhos que ficam em standby da tomada, não deixar luzes acesas onde não tem ninguém usando, e por aí vai. Outro exemplo: se você vai quatro vezes por mês (uma vez por semana) em restaurantes, você pode reduzir para duas. É muito simples resolver e o resultado vem muito rápido também.

 

custos

 

Por outro lado, aumentar a receita demanda um esforço maior. Se você quer ter um aumento, precisa trabalhar mais durante meses até que seu esforço seja notado e recompensado. Se você empreende e quer aumentar sua receita, terá que vender mais do mesmo produto, ou aumentar o preço dele, ou até criar novos produtos, o que demanda rodadas de brainstorm, teste, elaboração e venda.

 

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Aumentar as receitas e aumentar os gastos?

Repare que eu só dei duas opções no início desse artigo: reduzir gastos e/ou aumentar as  receitas. Mas, e se você pudesse aumentar as receitas aumentando os gastos? Soa um pouco estranho, não é mesmo? Talvez você nunca tenha pensado que é possível gastar mais, sem peso na consciência de estar fazendo algo errado porque você sabe que o resultado será mais receita.

Se essa frase ficou confusa para você é porque você talvez não conheça a diferença entre custo e despesa. É um conceito muito utilizado no meio empresarial, principalmente no setor que cuida das finanças, mas pouco difundido na educação financeira para pessoas físicas.Para que faça sentido, vou começar dando as definições e, em seguida, diversos exemplos.

 

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Vamos às definições.

Custo é tudo aquilo em que você aplica seu dinheiro de modo que te gere retorno (receita). Por outro lado, despesa é tudo aquilo em que você gasta dinheiro e não tem retorno.

A definição é simples, mas para distinguir se seus gastos são custo ou despesa, você terá que parar um pouco, respirar e refletir: isso está me trazendo retorno? Vou te mostrar alguns exemplos que podem ser controversos.

TV à cabo dificilmente seria um custo, a não ser em um caso bastante específico. Para a grande maioria das pessoas é despesa pois pagamos dinheiro e ainda pagamos com tempo precioso que vai embora e não volta mais.

 

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E quanto aos cursos? Um Ativo ou um Passivo?

Depende. Se você compra e não vai ou não assiste, não participa, ou até faz isso, mas não coloca os ensinamentos em prática, então é uma despesa. De quebra, você pode sofrer com um processo que eu chamo de obesidade mental, que é uma espécie de paralisia que você pode ter devido ao excesso de informação e conhecimento. Por outro lado, se você pratica e usa, então é um custo. Isso também vale para livros.

Um carro pode ser custo não somente se você ganha dinheiro diretamente com ele, como é o caso dos taxistas e motoristas de aplicativo. Como vivemos numa sociedade onde as aparências importam, ter um carrão pode ajudar a alavancar os seus negócios ajudando a fechar mais contratos, se tornando um custo.

De maneira geral, custos têm de ser aumentados e despesas reduzidas. Não tem problema você ter um carro melhor, desde que isso aumente a sua receita. Por outro lado, aumentar os gastos com restaurantes pode ser prejudicial para as suas finanças pois são despesas.

Esses foram alguns exemplos de finanças pessoais. Como eu disse anteriormente, esse conceito é mais presente nas finanças corporativas. Então, acho justo trazer também exemplos desse universo.

Vamos imaginar uma fábrica de chinelos. Quais são os gastos que essa fábrica tem? Energia, água, aluguel, aquisição e manutenção de maquinário, funcionários (salários), matéria-prima, marketing, telefonia, dentre muitos outros. Você saberia dizer quais são custos e quais são despesas?

 

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Custo

Custo é todo gasto que faz aumentar as receitas. Entretanto, não há como simplesmente olhar para um gasto e dizer que a sua totalidade é um custo ou uma despesa. Energia, é custo ou despesa? Depende. Existe a energia utilizada no processo produtivo e existe a energia utilizada nas demais áreas. Uma é custo, a outra é despesa. Isso também vale para água, aluguel, funcionários, telefonia. Por exemplo, há funcionários ligados diretamente ao processo produtivo, assim como há funcionários ligado à outras áreas como Recursos Humanos (nada contra quem é de recursos humanos, ok?).

Por outro lado, maquinário e matéria-prima são essencialmente custos, pois, se eu quero aumentar minhas receitas, preciso fabricar mais chinelos. Isso vai demandar mais matéria-prima e, possivelmente, novas máquinas.

Então, para ter uma maior eficiência na geração de receita, devemos zerar todas as despesas? Também não é por aí. Como seria possível manter uma fábrica de pé sem, por exemplo, pelo menos alguns funcionários no RH e na Contabilidade? A conclusão é que devemos sim reduzir as despesas, mas em alguns casos cortá-las completamente inviabiliza o processo.

 

Finanças pessoais

Voltando ao universo das finanças pessoais, sobraria mais dinheiro se você parasse completamente de ir a restaurantes. Mas, que tipo de vida é essa? Certamente a sua produtividade diminuiria, logo sua receita também, pois deve haver espaço para o lazer, a fim de prevenir um adoecimento do maquinário (seu corpo).

Repare que o conceito de custo está intimamente ligado ao conceito de ativos da mesma forma que despesa está associada a passivos. Ativo é tudo aquilo que põe dinheiro no seu bolso, é a sua árvore de dinheiro, enquanto passivo é tudo aquilo que tira dinheiro do seu bolso. Investimentos são ativos, enquanto uma conta de luz cara é um passivo.

 

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Olhando por esse prisma, até o consórcio pode ser um custo! Pensa bem. Se você faz um consórcio e dá um lance, você recebe o valor da carta de crédito integralmente logo no início. Em seguida você paga pelo imóvel, por exemplo, e já o coloca para alugar. Com o valor do aluguel você paga o consórcio, ou seja, você colocou a casa para pagar por si mesma. No final das contas você adquire um ativo sem que você tenha colocado um real. É a chamada alavancagem, mas isso é assunto para outro artigo.

Por enquanto, me darei por satisfeito se você entendeu a diferença entre custo e despesa. No final das contas o que queremos é aumentar os custos e reduzir as despesas, trabalhando nas duas pontas do orçamento. E, o que fazer com o dinheiro que sobrou? Multiplicar! A internet está recheada de lugares onde você pode aprender a fazer isso. Este site é um deles. Um outro local é o meu canal no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCrIgOJoovcx3oIXIPcZWKyQ). Se você gostou desse material, não deixe de me acompanhar também por lá. Posto novos vídeos toda semana para que você aprenda sobre finanças, investimentos e mentalidade. Te aguardo lá!

Um abraço,

Lucas Mauricio.

 

Sobre o autor

Lucas Mauricio tem 27 anos e é o caçula de três filhos. Formou-se em Engenharia Eletrônica e de Computação pela UFRJ.Em 2015, o carioca se mudou para São Paulo a trabalho, onde mora até hoje. Poupador desde os sete e investidor desde os quinze,largou seu emprego CLT como Analista de Marketing em 2018 para seguir sua paixão e propósito de transformar a vida dos brasileiros através da Educação Financeira.

 

Você já pensou que poderia estar gastando mais, sem peso na consciência de estar fazendo algo errado? Talvez não… A culpa é do fato de você talvez não saber qual é a diferença entre custo e despesa! Você pode estar se perguntando: “como eu vou aumentar o custo e reduzir a despesa se os dois são a mesma coisa?” Bom, na verdade não são. A diferença é grande e é importante que você entenda.

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