Cartão de Crédito – O grande vilão das despesas.

Hoje vamos falar sobre o grande vilão das despesas. O culpado por todos os gastos. O incontrolável. O ralo para onde vai todo o seu salário, o cartão de crédito!

Você já deve ter ouvido ou até falado algumas dessas verdades, não é mesmo? Sempre que se pensa em cartão de crédito, a imagem que vem à cabeça é uma fatura gigantesca cheia de coisas que você não precisa e que não pode pagar.

 

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Pior ainda é quando você descobre que algumas compras de R$ 2 aqui, outras de R$ 5 ali, mais outras de R$ 15 acolá, com facilidade se transformam em R$ 600 quando somadas.

 

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Os memes de cartão de crédito são ótimos. Recomendo a todos como forma de diversão. Agora vamos falar sério. Ou tentar, pelo menos.

Há muitos mal-entendidos em relação ao cartão de crédito. Nesse artigo vou tentar esclarecer alguns deles. Espero que seja útil para você.

 

O cartão de crédito não se gasta sozinho!

Essa é a primeira coisa que você precisa saber sobre ele. Quando você o recebeu em casa, ele estava fechadinho numa carta, colado a um pedaço de papel que explicava suas características e vantagens. Às vezes vem até a senha no próprio papel. Nesse momento, você acessa a sua fatura. Que número está lá? Zero. Isso mesmo, não tem nada comprado, não tem despesa.

 

 

Um mês depois, magicamente, a fatura vem daquele tamanho todo. Dezenas de linhas com pequenos gastos que somados ficam gigantes, ou mesmo poucas linhas com grandes compras. De uma forma ou de outra, a magia acontece. A partir daí você já se enrolou, mas a situação tende a piorar.

Você percebe, então, que o problema não é o cartão e sim a sua relação com ele. O fato de você não pagar as coisas com dinheiro em espécie tira de você aquela sensação de que você está efetivamente gastando dinheiro. Isso realmente facilita o aumento de gastos. Porém, perceba que você está gastando do mesmo jeito e que um dia a conta chega. No caso, ela chega no dia do vencimento da sua fatura.

 

Não quero nem olhar!

Essa é outra característica interessante de pessoas que não se controlam com o cartão. Elas não querem nem olhar a fatura. Só veem quanto deu o total e vão pagando o mínimo. Daí, se enrolam ainda mais. É como se elas pensassem: se eu não olhar, esse problema vai sumir.

Na verdade, não é o problema que vai sumir, é o seu dinheiro mesmo.

O approach mais saudável aqui é acompanhar a sua fatura semana após semana ou até mesmo dia após dia. Por exemplo, se você pode gastar R$ 2 mil por mês no cartão e o mês tem 4 semanas, é como se você tivesse um orçamento de R$ 500 por semana. O que você deve fazer então é, ao final de cada semana, ver qual é o total da sua fatura até aquele momento. Na primeira semana, deveria ser de cerca de R$ 500. Se for menos, você tem mais para gastar nas semanas seguintes. Se for mais, você tem menos para as semanas seguintes. No final da segunda semana, o total deveria ser algo próximo de R$ 1000, e assim por diante até o final das 4 semanas, em que o total deveria ser de R$ 2000. Fazer esse acompanhamento de perto no início é um ótimo exercício para controlar seus impulsos e aumentar a sua consciência sobre seus gastos.

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Quanto mais alto melhor!

Isso que pensamos sobre o limite do cartão, não é? Dá até uma tristeza quando você começa seu relacionamento com o banco e o limite do cartão é de R$ 1000. Pior ainda se for conta universitária em que o limite inicial é de R$ 500.

A gente fica ansioso por um limite maior. Se o banco pergunta se queremos aumentar o limite automaticamente sempre que possível, dizemos que sim. Se ligamos para o gerente pedindo para aumentar e ele concorda, comemoramos.

Mas, para que efetivamente serve um limite maior? Para duas coisas: fazer compras maiores e dar a sensação de que temos mais dinheiro do que realmente temos. Ambos os casos são perigosos e podem te prejudicar demais.

Se você ainda tem dificuldade de controlar seus impulsos, minha sugestão é negar aumentos de limite. De preferência coloca o limite no mesmo valor do seu orçamento para o cartão. Se você pode gastar R$ 2000 por mês, esse deveria ser seu limite. Assim, mesmo que você queira gastar mais, você não vai conseguir.

 

Múltiplos cartões

 

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Você já caiu na tentação de aceitar o cartão daquela loja? Parece que é uma grande vantagem ter múltiplos cartões, não é mesmo? Infelizmente não é verdade. Na verdade, não consigo pensar em nenhum benefício em ter vários deles. A carteira fica mais pesada e mais volumosa. Se antes você já tinha dificuldade de olhar uma fatura, imagina várias? Múltiplos limites, múltiplas taxas, múltiplas anuidades, múltiplas datas de vencimento. Tudo fica mais difícil.

Concentre todos os seus gastos em um único cartão, o seu melhor cartão, e, se possível, cancele todos os outros. Assim vai ficar muito mais fácil de se manter na linha.

 

Comportamento

Ao longo do artigo eu trouxe alguns mal-entendidos e tentei trazer uma luz sobre eles. Parece que a culpa é do cartão, mas ele é um mero pedaço de plástico.No fim, tudo se resume a comportamento. O seu comportamento com o cartão e com o dinheiro é quem vai determinar o tamanho da sua fatura.

 

Dicas finais

 

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Entenda o seu padrão de gastos. Qual é o seu tipo de gasto mais comum? Artigos esportivos? Roupas? Compras internacionais? Lazer? Busque um só cartão que tenha os melhores benefícios para o seu padrão. Existem centenas de cartões disponíveis no mercado. Algum deles vai conseguir te entregar o maior benefício pelo menor custo.

Por exemplo, se você faz muitas compras internacionais, busque um cartão que tenha parceria com lojas estrangeiras e que tenha a melhor cotação para o dólar. Se você gosta muito de ir ao cinema, encontre um cartão que oferece meia entrada.

Ao perceber que o cartão te ajudou a economizar, invista essa diferença em vez de compensar a economia com outro gasto. Por exemplo, economizou R$ 15 no cinema? Invista. Economizou R$ 200 no seguro do carro alugado? Invista. Assim você transforma suas economias em investimentos e não em mais gastos.

Espero que esse artigo te ajude a se relacionar de forma saudável com o seu cartão! Conte-nos aqui embaixo nos comentários o que você achou.

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Abraços,

Lucas Mauricio

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