“Há quem defenda os seus erros como se estivesse a defender uma herança.”
O que nos leva a decidir algo é um conjunto de fatores, isso quando usamos a parte racional do nosso cérebro, considerando os prós e contras dos possíveis cenários traçados em nossa mente. Porém, quando deixamos nossas emoções controlarem nossa decisão, não existe nenhum pró ou contra, só existe a VONTADE de fazer algo, o IMPULSO do momento. Logo, as chances de fazermos bobagem são gigantes, seja casando ou comprando a bicicleta, e então aparece a frustração.
A psicologia financeira: lições atemporais sobre fortuna, ganância e felicidade – Housel
No mundo dos investimentos não é diferente, a cada ciclo ouvimos incessantemente frases como essas:
- Porque eu não comprei aquele ativo? Estava com múltiplos bons, mas todos diziam que valia centavos….
- Porque eu vendi aquele ativo no prejuízo? Se eu soubesse que a cotação iria recuperar….
- Se eu tivesse isso, se eu tivesse aquilo, se eu tivesse casado, se eu tivesse comprado uma bicicleta, etc.
Ou seja, a frustração aparece porque não houve reflexão para tomar a decisão, foi apenas impulso guiado pelas emoções exercidas pelo S.r. Mercado, e pela volume que o acompanha.
Os prós e contras seriam os fundamentos da empresa, uma lista com dados quantitativos e qualitativos, para que a reflexão ocorra e a decisão seja tomada de forma consciente.
Grande parte dos maiores arrependimentos das pessoas vêm de decisões financeiras tomadas no calor do momento, equivale por exemplo ao comportamento de qualquer tipo de compra por impulso.
Aquela ideia de que se você está triste, “compra uma blusinha” ou “troca de carro”, isso vai fazer sentimenro ruim passar, sem perceber que vai continuar triste, só que com mais dívidas do que antes.
No mercado financeiro seria comprar um ativo porque todos estão comprando, e claro que na maioria dos discursos ele tem uma tendência (sensação) “ pra sempre”, mas quando a ilusão se desfaz a pessoa entra no “modo frustração”, que ocorre quando a cotação do ativo cai, geralmente vertiginosamente.
Então entra em cena a fase da “venda baseado no mesmo desespero”, pois o pânico está instaurado. Surgem nessa etapa os velhos conhecidos: “fujam para as montanhas”, “o último apaga a luz”, “eu avisei”, “estava tão óbvio”, “só não via quem não queria”, pagou para ser enganado, entre outros tantos clássicos.
Mas então um belo dia o otimismo volta, afinal nem paguei muito por aquela blusinha que nunca usei, vou comprar mais duas para dar sorte, porque agora vai ser diferente, ou seja, recompro o ativo baseado apenas na força da expectativa emocional, sem dados.
E o ciclo não é quebrado, pelo menos enquanto não houver reflexão antes das decisões.
Não basta apenas ler a chamada da matéria da revista/jornal, e decidir a estratégia somente com essa informação, ou ficar o dia todo no WhatsApp buscando alguém que pense como você, para justificar a sua decisão.
E em qualquer modelagem que você for fazer, analise também os gestores do negócio e as estratégias, afinal o que caracteriza a competência são a integração e a coordenação de um conjunto de habilidades, conhecimento e atitudes que na sua manifestação produzem uma atuação diferenciada, essas ações são estratégias e tem como objetivo minimizar o efeito da competição e maximizar os resultados. A análise qualitativa busca encontrar no mercado um posicionamento estratégico que permite estar à frente de seus pares, e só uma boa gestão é capaz de fazer.
Muitas pessoas dizem que é impossível ter conhecimento sobre isso, na verdade não é impossível pois não diz respeito a estar dentro da empresa, mas ter bom senso e conhecimento do setor para analisar e concluir se faz sentido o planejamento com os retornos estimados. Caso você não conheça o setor converse com alguém que entenda, pesquise, envie e-mail para o RI, pesquise os gestores em seus trabalhos anteriores, seu desempenho, etc.
O que não faz sentido é colocar o seu dinheiro em algo que você não conhece, e tampouco tenta conhecer, e mais risco ainda é colocar todo seu dinheiro em um único setor só porque agora está tudo bem e a maioria acredita HOJE QUE que é a oportunidade do século.
Não esqueça que negócios são dinâmicos.
“Antes de fazer alguma coisa , pense , quando achar que já pode fazê-la , pense novamente.”
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