Por que tanta histeria
Estamos vivendo um momento estranho, bastante particular. Se você vem acompanhando o noticiário, o mercado de ações, ou, pelo menos, os artigos que escrevo aqui toda semana, você sabe que o gatilho para toda essa crise que estamos vivendo foi o surto do novo coronavírus.
É verdade que teve a guerra do petróleo, que, aliás, ainda está rolando, mas o coronavírus ainda é o principal causador dos estragos que já vimos, estamos vendo e veremos.
Os números
De acordo com uma plataforma desenvolvida pela OMS, disponível através do link (https://experience.arcgis.com/experience/685d0ace521648f8a5beeeee1b9125cd), o número total de casos confirmados até agora é de 334.981. Não vou mentir, é um número um tanto quanto assustador. Na imagem abaixo, retirada desta mesma plataforma, vemos a evolução da doença numa curva que em muito se parece com uma curva exponencial.
Realmente, a velocidade com que o vírus consegue se transmitir é muito grande, mas a sua eficácia para por aí. O número de casos confirmados, embora pareça grande, representa somente 0,004% da população mundial (7,7 bilhões de pessoas).
Falando agora do número de mortes. Quero ser transparente quanto ao meu pesar para com as vítimas da doença e suas famílias. Toda e qualquer vida é importante.
O que podemos notar ao analisar os números, porém, é a, também, baixíssima taxa de mortalidade apresentada pelo vírus. Somente cerca de 4% dos doentes morrem, sendo que em sua maioria, os pacientes eram idosos ou jovens com problemas de saúde pré-existentes. Na grande maioria dos casos, os sintomas ou não são nem sentidos ou o quadro é o equivalente a uma gripe fraca.
No Brasil, estamos falando de taxas ainda mais baixas do que no restante do mundo. Temos 904 casos numa população de 210 milhões de habitantes, ou seja, somente 0,0004% da população tem a COVID-19. Falando de mortes, tivemos 11, o que representa cerca de 1,2% dos doentes.
Mesmo no pior caso que temos até então, o da Itália, temos 59.138 casos confirmados (0,1% da população de 60 milhões) e 5.476 mortes (9,2% dos doentes).
Eu não sei o que você acha desses números, mas eles não me impressionam. Mais uma vez, longe de mim ser insensível quanto aos doentes e, principalmente, quanto aos mortos. Estou aqui fazendo uma análise racional quanto ao que está acontecendo.
A desproporcionalidade das medidas tomadas pelos governos mundiais fica ainda mais evidente ao comparar a taxa de mortalidade diária da COVID-19 com outras doenças conhecidas por nós. Observe o quadro abaixo extraído do site https://www.poder360.com.br/internacional/entenda-o-perigo-da-covid-19-se-comparada-a-outras-doencas/, onde é possível encontrar também outros comparativos interessantes. Até uma gripe comum mata mais do que o novo coronavírus, no entanto, não vemos essa reação exacerbada neste caso.
Afinal, onde quero chegar?
É bem simples. O meu maior receio nesse momento é que o vírus mate mais através dos efeitos econômicos provocados pelos governos do que através de sua própria força.
Em nenhum dos surtos apresentados no quadro acima tivemos uma reação tão intensa quanto estamos tendo agora. Em momento nenhum se recomendou quarentena, nem fechamento do comércio, nem home office, ou qualquer outra medida que restringisse o convívio social e o giro da economia.
O que nós vamos presenciar, caso mantenhamos essa quarentena forçada por semanas ou meses, entrará para a história com uma das mais graves recessões já vistas.
Por quanto tempo os empresários aguentam honrar seus compromissos financeiros sem receita? Imagine o mundo inteiro parado por 1, 2, 4 meses. Quais seriam as consequências? Default generalizado, empresas quebrando, aumento do desemprego, aumento da criminalidade, mortes?
É impossível prever a extensão de algo assim, mas dá para sentir que será bastante grave.
O que poderíamos fazer?
Abaixo eu listo algumas possibilidades para que as previsões catastróficas acima não se concretizem.
- Aumentar os níveis de higiene. Lavar mais as mãos. Utilizar o álcool gel. Evitar contato da mão suja com olhos, nariz e boca. Tossir/espirrar no antebraço;
- Quarentena somente para grupos de risco, como idosos e pessoas com problemas de saúde. O restante da população pode e deve voltar ao trabalho normalmente o quanto antes;
- Reabrir o comércio.
Em outras palavras. Podemos manter as atividades normais para a maior parte da população, tratando os grupos de risco pontualmente.
Eu ainda não encontrei motivo para tanta histeria com o novo coronavírus e acredito que as consequências econômicas geradas por medidas tão restritivas têm potencial para matar muito mais do que o efeito da gripe em si.
Nós como investidores devemos redobrar a atenção neste cenário, pois a bolsa já caiu mais de 40%, mas caso a crise se transforme em recessão, ela poderá buscar mínimas ainda mais profundas. E não será por simples desconto histérico nos preços das ações e sim pela mudança nos fundamentos das empresas, como redução drástica da receita, queima de caixa, venda de ativos importantes, desinvestimento, entre outros.
Qual é a sua opinião sobre as medidas adotadas pelos governos? São mecanismos que possibilitarão vencermos o surto rapidamente ou que trarão mais consequências negativas que positivas? Comente abaixo!
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Abraços,
Lucas Mauricio
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