Fundos de Ações: Ainda é hora de entrar de cabeça? Carteira Z
Vieram muitas pessoas nos perguntar se era hora de entrar em fundos de ações, como se não houvesse amanhã, como dizia o analista financeiro Renato Russo. Isso após a divulgação das rentabilidades do primeiro semestre de 2019 do Ibovespa e de nossas Carteiras Z.
Apesar de o cenário se mostrar ainda favorável e grande parte dos gestores estarem bastante otimistas, solicitamos que tenham calma.
Como Warren Buffet nos ensina: Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos.
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Não temos o intuito de tentar adivinhar se a alta passou ou não, mas o melhor conselho que podemos dar é: não fique desesperado no pânico do mercado e não fique muito otimista em bull markets. Se aprendermos a atuar no sentido contrário, sendo agressivos (de acordo com o nosso perfil) no pânico, e cautelosos nas altas da bolsa, provavelmente teremos menos sustos e mais sucesso.
Queremos elucidar duas perguntas que temos recebido com bastante recorrência:
- Ainda é hora de entrar nos fundos da Z HARD?
(Carteira de fundos mais volátil dentre as Carteiras Z, se você quiser conhecer, clique aqui: www.carteiraz.com/planos).
- A cota estando alta, não serei um sardinha entrando nesse momento?
Vamos por pontos: um estudo feito pela Vanguard (Artigo: Principles for investing success), uma gestora de mais de 3 trilhões de dólares, concluiu que para o resultado do seu portfólio como um todo, apenas 12% diz respeito ao Market timing (tentar adivinhar o momento de entrada e saída de determinado investimento), e 88% é asset allocation ao longo do tempo (estar sempre alocado).
Estratégia
Obviamente, tentamos estudar e encontrar bons momentos de entrada, porém, como todos, não podemos prever o futuro, e podemos errar por diversas vezes. A única certeza é que com uma boa carteira de fundos de ações montada, estrategicamente balanceada de acordo com o perfil, os aportes podem ser aglutinados de forma inteligente.
Exemplo: Se você definiu que terá 10% de sua carteira em fundos de ações, e com as altas atuais eles estão na proporção de 15% no seu portfólio, é prudente que somente haja novas aplicações quando a porcentagem definida na simulação estiver menor do que o definido (10%).
Esse tipo de estratégia fará com que você sempre aporte em momentos oportunos.
O que podemos perceber é que muitas pessoas acabam se empolgando com fortes altas, e isso pode ser danoso, trazendo uma exposição muitas vezes alta demais para o perfil.
Como vimos no estudo, o Market timing é responsável somente por 12% do resultado do portfólio como um todo, mas mesmo com uma relevância não tão alta, algumas quedas acentuadas nos fazem estudar com mais atenção as gestões e as circunstâncias das quedas. Onde tem sangue, a gente vai dar uma conferida.
Relatório de fundos de ações – Carteira Z
Só para tentar elucidar o que queremos dizer, no relatório do dia 26 de abril de 2019 da Carteira Z , estudamos o case de um fundo multimercado de alta volatilidade. Entramos em contato com a gestão para saber os motivos das fortes quedas, inclusive acionando a regra de controle de risco integral, obrigando a redução de 100% das suas posições. Com o aval do Comitê de Risco, o fundo reassumiu risco de até 5% de stress ou seja, 20% do limite máximo do fundo.
Após nos debruçarmos sobre esse case, além da análise, chegamos a dois principais posicionamentos de nossa interpretação (retirados integralmente do relatório do dia 26 de abril de 2019):
- a estratégia do fundo continua inalterada e as convicções não mudaram. Enxergamos uma oportunidade para um perfil arrojado; e
- A equipe continua a mesma, sem alterações.
Então, dividindo o ano de 2019 em pré e pós análise, e o vislumbre de oportunidade, temos:
Quando estudamos o case, o fundo tinha caído 8,73% em 2019.
Analisamos bem no olho do furacão e vimos que os fundamentos permaneciam e, inclusive entramos em contato com a gestão para saber os pormenores e pensamentos atuais sobre as posições, o mercado, e após nosso estudo de caso o movimento realizado foi o seguinte:
O retorno do dia 29 de abril de 2019 (primeiro dia útil após o relatório) e a última semana (até o dia 11/07) foi de 10,79% ou 853% do CDI, superando, inclusive, a bolsa, em forte alta no período.
Isso que chamamos de sorte, aliada à competência. Porém, o cenário desenhado poderia demorar mais para ser concretizado.
Gostamos sempre de ressaltar que os movimentos de curto prazo são imprevisíveis, mas onde há fortes quedas, gostamos de fazer avaliações, objetivando verificar se os fundamentos do fundo/gestão continuam intactos, o que pode virar uma oportunidade, como foi o caso supracitado.
Apesar de ficarmos contentes com essas explosões de curto prazo, isso não acontece sempre e lembramos que para fundos multimercados, o período mínimo para a avaliação na nossa concepção é de 2 anos e em fundos de ações, acima de 5 anos.
Acima vemos o período mínimo que gostamos de avaliar (24 meses): o fundo, no aspecto quantitativo, mesmo com drawdowns fortes no meio do percurso, mostrou resiliência e bons resultados, com a média de 321% do CDI no período.
Conclusão
O mais importante é estar alocado em bons fundos de investimento e produtos de acordo com o seu perfil. Acertar bons pontos de entrada é um mix de sorte e competência e essa não deve ser nossa maior preocupação, e não podemos ser fantasiosos crendo que sempre vamos acertar, mas uma coisa é certa: quanto maior a queda no preço de uma empresa, ou fundo de investimento bem geridos, maior a chance de comprarmos com desconto. É preciso avaliação constante, estudo e dedicação e, dessa forma, os resultados, inevitavelmente, surgirão.
Se você quiser conhecer nossos relatórios, oferecemos duas opções através do Dica de Hoje:
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Qualquer dúvida, sugestão ou críticas serão muito bem-vindas.
Abraços e bons investimentos.
RAFAEL ZATTAR