Não sei se você o conhece, mas Warren Buffett é o maior investidor de todos os tempos. De 1964, quando Buffett assumiu o controle da Berkshire Hathaway, até 2021, ele foi capaz de obter um retorno acumulado de 3.641.613%, contra 30.209% do S&P 500. Em termos de rentabilidade anual média esses valores seriam equivalentes a 20,1% ao ano contra 10,5% do S&P 500 em um período de 57 anos (dados do Valor Econômico).
Apesar de Buffett ser mundialmente reconhecido pela sua habilidade como investidor, um ponto que às vezes passa despercebido é: com quem Buffett aprendeu a investir? Quem foi o seu mentor?
Em sua biografia, a qual é retratada no livro “A Bola de Neve”, Warren comenta que um dos primeiros livros de investimentos que leu foi “O Investidor Inteligente”, escrito por Benjamin Graham, o qual posteriormente também viria a se tornar seu mentor.
Graham foi um grande economista inglês que lecionou na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Benjamin revolucionou o mundo dos investimentos após criar dois dos conceitos mais utilizados por investidores até hoje: Value Investing e Análise de Risco.
Para muitos, inclusive Buffett, B. Graham é tido como o pai do Value Investing, o investimento em Valor. Esse conceito chocou o mercado na época, pois veio acompanhado de pensamento de longo prazo, análise do risco, margem de segurança, dentre outros.
Atualmente, pode parecer uma ideia um tanto quanto comum, entretanto, há quase 75 anos, essas ideias eram totalmente desconhecidas, sendo a grande maioria dos investidores interessados somente em ganhos de curto prazo no mercado.
Pois bem, por mais que a obra “O Investidor Inteligente” tenha sido publicada em 1949, seus ensinamentos permanecem atuais. Uma das várias partes interessantes do livro é quando Benjamin divide os investidores por perfil de risco e explana o que, para ele, seria uma boa alocação de recursos para cada um.
Investidor conservador
Para Graham, o investidor conservador ou defensivo, é aquele que a prioridade é a segurança, não o retorno. Estes investidores estão dispostos a abrir mão de retornos maiores para garantir o menor risco da carteira. Dessa forma, Benjamin indicava que dividissem os investimento da seguinte maneira:
Investidor moderado
Segundo Graham, o investidor moderado é o meio termo. Os que se encaixam neste perfil estão dispostos a correr um pouco mais de risco, mas sempre sendo proporcional à segurança. Para estes, a indicação era que dividissem a carteira assim:
Investidor arrojado
Este é o último tipo descrito por Graham. O investidor que está disposto a correr risco em prol de um retorno maior. Nesse caso, a rentabilidade passa a ser prioridade e a segurança
fica em segundo plano. Sendo assim, Benjamin recomendava a seguinte divisão de carteira:
Uma boa alocação de recursos é crucial para ter bons retornos no longo prazo. Se você procura uma carteira de investimentos devidamente balanceada e com uma boa alocação estrutural, você precisa conhecer a Carteira Plena.
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Grande abraço e bons investimentos,
João Pedro Mello
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