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O tipo de ação que pode deixar o IPCA+7% no chinelo

Com a alta dos juros no Brasil, diversos investimentos de renda fixa voltaram a oferecer retornos atrativos. Entre eles, o Tesouro IPCA+ com taxa real superior a 7% ao ano se destaca. Não é uma taxa comum — e muito menos recorrente.

Diante dessa rentabilidade, muitos se perguntam: vale a pena correr risco em ações quando é possível ganhar 7,3% acima da inflação com previsibilidade?

Neste artigo, comparamos o IPCA+7,3% com outras opções de renda fixa como CDBs e LCIs e com uma ação de dividendos com TIR de 18%. Também mostramos quanto essas alternativas teriam que render para igualar esses retornos, considerando o cenário histórico da inflação e dos juros no Brasil.

Antes de entrar nas simulações, é importante entender o pano de fundo econômico:

  • Inflação média (IPCA) dos últimos 20 anos: 5,65% ao ano
  • CDI médio no mesmo período: 10% ao ano (aproximadamente)
  • Diferença: ganho real de aproximadamente 4,1% a.a. para quem investiu em 100% do CDI

Nesse contexto, o Tesouro IPCA+7,3% oferece um prêmio real de 7,3% a.a., ou seja, quase 80% acima da média histórica da taxa real do CDI.

Agora vamos simular o retorno dos quatro investimentos que citamos anteriormente com um aporte de R$100.000 e horizonte de 15 anos:

  • Tesouro IPCA+7,3% com IPCA médio de 5,65%
  • CDB 110% do CDI com IR de 15%
  • LCI/LCA 98% do CDI (isentas de IR)
  • Ação com TIR de 18% (10% de dividend yield + 8% de crescimento)

O Tesouro IPCA+7,3% entrega um retorno líquido significativamente superior ao de alternativas tradicionais da renda fixa. Ainda assim, uma ação com TIR de 18% supera todos os demais com folga — desde que o investidor esteja disposto a assumir o risco envolvido.

O que a renda fixa precisaria entregar para bater uma boa ação?

Embora o IPCA+7,3% seja um dos ativos mais potentes da renda fixa, ele ainda está longe de superar os retornos potenciais de boas ações no longo prazo.

Simulamos uma ação com:

  • Dividend yield de 10% ao ano
  • Crescimento anual de 8%
  • TIR composta de 18% ao ano

Nesse cenário, R$100 mil investidos durante 15 anos se transformariam em R$ 1.197.375.

Para que ativos de renda fixa atingissem esse mesmo valor, os requisitos seriam extremamente exigentes:

 

Ou seja, bater uma ação com TIR de 18% exige, na prática, um cenário completamente fora do alcance da renda fixa convencional. Esse é o preço da previsibilidade: retorno mais baixo.

Por outro lado, ações também carregam riscos importantes, como:

  • Volatilidade e ciclos de mercado
  • Mudanças nos fundamentos da empresa
  • Incertezas no fluxo de dividendos

Conclusão

O Tesouro IPCA+7,3% é uma oportunidade rara. Ele oferece uma taxa real elevada, protegida contra inflação, com baixo risco e excelente previsibilidade — características difíceis de replicar na renda fixa.

Superar esse retorno com ações é possível. Mas é preciso saber que o caminho será mais volátil e exigirá estômago. Para quem busca equilíbrio entre retorno e segurança, o IPCA+7,3% não é apenas competitivo — é um excelente ponto de referência.

Grande abraço,

João Pedro Mello

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