Índice do medo: Entenda como ele pode refletir no mercado
Se você acompanha o mercado financeiro, sabe bem que a volatilidade é um dos principais fatores a serem observados por quem opera na Bolsa de Valores. Prova disso, é a visibilidade que o índice VIX (Volatility Index), que mede a volatilidade das opções de ações do S&P 500, ganhou nos últimos anos.
Também conhecido como o Índice do Medo, ele estima a incerteza nas decisões dos investidores mediante à queda do mercado. É, também, uma peça fundamental para conhecer riscos e prever negociações em curto prazo.
História do VIX
O VIX foi a primeira tentativa bem-sucedida para implementar um índice de volatilidade. Introduzida em 1993, era originalmente uma medida ponderada da oscilação implícita de oito opções de venda e compra no S&P 100.
Em 2004, expandiu-se para usar como base de cálculo opções baseadas em um índice mais amplo, o S&P P500, que permite uma visão mais precisa das expectativas dos investidores daRiabilidade futura do mercado.
Os valores VIX superiores a 30, estão geralmente associados à uma grande mutabilidade como resultado de medo ou incerteza do investidor, enquanto valores abaixo de 20, geralmente correspondem a tempos menos estressantes, até mesmo, complacentes nos mercados.
O Que é o VIX, o ‘Volatilty Index’?
Basicamente, como o próprio nome diz, “Volatility” traduzido é volatilidade (a famosa “vol”…) e o “Index” em tradução é índice. Sendo assim, um Índice de Volatilidade, Índice do medo. Portanto, faremos uma conceituação rápida do que é volatilidade. Vamos pelo wikipedia mesmo:
“Volatilidade é medida de dispersão dos retornos de um título ou índice de mercado. Quanto mais o preço de uma ação varia num período curto de tempo, maior o risco de se ganhar ou perder dinheiro negociando esta ação, e, por isso, a volatilidade é uma medida de risco”.
A grosso modo, é o quanto um ativo, ou fundo, ou índice “chacoalha”. O quanto ele oscila para cima e para baixo e em qual velocidade.
Essa volatilidade é calculada a partir das “Calls” (Opções que te dão o direito de comprar um determinado ativo) e “Puts” (Opções que te dão o direito de vender um determinado ativo). Logo é uma medida muito acompanhada para avaliar o risco do mercado e por isso, ficou conhecido como o “Índice do medo”
Leitura
O VIX mede o nível de volatilidade do S&P, 500 nos próximos 30 dias, e procura “prever” a variação dos movimentos futuros do mercado. Ou seja, uma medida de quanto o mercado acredita que o índice do S&P 500 irá flutuar nos próximos 30 dias, ao menos em tese.
Obs: o índice não é medido a cada 30 dias, consegue-se ver no dia, em 5 minutos, em 1 semana, em 1 mês, no gráfico. Mas esses valores são baseados em “snapshots” (como se fossem prints instantâneas) das cotações de compra/venda de opções.
O Gráfico acima mostra a comparação entre VIX e o S&P.
E o que podemos tirar disso? Segundo a metodologia, para interpretar o VIX:
- Valores superiores a 30 estão geralmente associados a uma grande volatilidade como resultado de medo ou incerteza do investidor;
- Valores abaixo de 20 geralmente quer dizer que existe menos estresse no mercado;
- Valores entre 20 e 30, pode-se entender que a volatilidade não está nem muito alta e nem muito baixa.
Vale frisar que o índice sobe quando os preços das ações estão caindo e os investidores estão com “medo”.
Por sua vez, o índice cai quando os preços das ações estão subindo, deixando no ar um sentimento mais otimista perante o mercado… e isso vale em geral… digamos, se existe uma grande aversão a risco e o VIX sobe, as ações brasileiras também tendem a ser negativamente impactadas.
Qual a sua importância?
Desde sua criação, em 1993, o VIX vem sendo um dos índices mais comentados para medir a incerteza em cenários de risco e pode ser influenciado por diversos indexadores, como a crise econômica e aumento dos juros, entre outros.
No começo de fevereiro de 2018, por exemplo, o índice VIX aumentou 117%, batendo recorde de alta.
Ao mesmo tempo, o S&P 500 recuou 4,1%, provocando um caos no mercado de opções norte-americano. Isso, por causa dos produtos negociados em bolsa que apostam contra a volatilidade.
Praticamente toda a indústria financeira utiliza o VIX como uma forma de hedge de catástrofe. Ele é utilizado, com cada vez mais frequência, para evitar riscos sistêmicos.
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Volatilidade como instrumento financeiro
Apesar do VIX ser considerado o “Índice do Medo”, investir em volatilidade tem sido uma prática comum entre os traders.
A estratégia consiste em apostar na estabilidade dos preços e comprar produtos ligados ao desempenho do VIX, que podem ser opções, futuros ou fundos de índice ETFs e ETN.
Se o VIX estiver baixo, por exemplo, a rentabilidade desses fundos sobe, mas, caso o índice suba, esses títulos perdem valor.
No Brasil, não existe um índice de volatilidade negociável, como o VIX. Como a volatilidade impacta na precificação de opções, elas acabam se tornando o principal instrumento utilizado pelo trader para lucrar com as oscilações de preços.
O Índice de Volatilidade
Valores maiores que 30 no VIX podem indicar altos níveis de volatilidade advinda do receio dos investidores proveniente de instabilidades ou cenários adversos. Por outro lado, valores inferiores a 20 podem indicar cenários de calmaria com pouca oscilação de preços no mercado.
Como podemos observar no gráfico acima, podemos identificar períodos de crise na economia mundial olhando os picos de volatilidade do VIX.
Muito mais do que somente um index, o VIX pode ser visto como o termômetro do medo nos mercados, pois movimentos de manada de compra e venda de ações tem implicação direta nele.
Por conta desses efeitos, o índice é um dos mais importantes indicadores do comportamento do mercado mundial e pode servir como um excelente instrumento de análise de mercado, beneficiando os investidores mais atenciosos que sabem utilizá-lo em benefício próprio.
Investidor deve ter visão em longo prazo sobre renda variável
Não são poucas as pessoas que olham para a renda variável como um investimento de curto prazo, visto que é possível obter altos ganhos em um breve período.
Essa é uma visão equivocada. O investidor precisa olhar para o investimento em Bolsa como um investimento de médio ou longo prazo. Tem que ser um dinheiro que ele olhe e fale assim: Eu vou investir e dar um tempo para investimento amadurecer. Só assim, o investidor vai conseguir se beneficiar desse ciclo todo.
Deste modo, um índice do medo como o VIX para o investidor de longo prazo é mais um índice que daqui a dez ou vinte anos não vai passar de um viés emocional
Conclusão
O índice VIX pode ser um índice na contextualização do risco presente no mercado em curto prazo.
Quando a volatilidade (incerteza) no mercado parece ser eminente, os grandes participantes costumam mudar os índices de suas carteiras buscando ativos mais seguros como os metais preciosos e armam proteções em contratos derivativos, operações estruturadas com derivativos, utilizando estratégias no mercado de opções para proteger o portfólio e interesses de seus clientes.
Para as carteiras em longo prazo, nessa hora é importante ter a chamada reserva de oportunidade caso tenha uma queda brusca e você possa comprar ações de excelente qualidade.
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