Análise Qualitativa :Serve pra quê?

Análise Qualitativa :Serve pra quê?

Para entender se o seu investimento tem futuro, se ele é viável, e se trará os retornos planejados é essencial conhecer a estrutura do negócio e a sua gestão, a governança. Para isso é preciso estar familiarizado com alguns pontos essenciais de análise de negócio, um deles é a qualidade nos serviços/produtos vendidos aos clientes, que irão determinar o lucro ou prejuízo do negócio, Cielo, Estrela, Kodak, Olivetti, entre tantas outras, são  a prova de que estar atento a necessidade do cliente é um fator definitivo em termos de sobrevivência de negócio.

Então hoje o assunto é gestão de negócios, afinal investimos em empresas, e essas são negócios, então falar sobre isso é fundamental. E se houver dúvidas de onde encontrar essas informações, elas geralmente estão nos materiais anuais das empresas.

Gestão da Qualidade

A gestão da qualidade é uma necessidade para as organizações que buscam expandir mercados e fidelizar clientes, o foco na qualidade revela que a empresa tem como meta o crescimento aliado a uma gestão que compreende a evolução como parte de um processo. Pensar a gestão da qualidade como uma estratégia, é uma atitude que demonstra competência gerencial, conseguir transformar essa estratégia em ação é uma estratégia conjunta, ou seja, gerencial e operacional.

Executar as atividades e obter os resultados almejados requer atitudes que desenvolvam o potencial dos processos, das pessoas e dos produtos. Diminuir os custos, aumentar as vendas, eliminar as causas das perdas, produzir sempre como o foco no objetivo maior: a satisfação do cliente.

 

Retenção de profissionais

Gerenciar processos de maneira eficaz requer planejamento e ação na mesma medida, para isso é preciso reter os profissionais que sabem desempenhar suas funções com excelência, afinal todos sabem que a norma não garante qualidade ao produto, a função é padronizar os processos, as atividades para então com profissionais capacitados e motivados a qualidade existir de fato nos processos e nos produtos.

É a relação entre o pensar, planejar, coordenar e executar com qualidade,permitindo que a organização atenda aos requisitos do QFD, ou seja, tudo inicia nos requisitos, nas necessidades dos clientes e só termina com a sua satisfação.

Todas as partes envolvidas precisam estar integradas e conscientes das necessidades, das metas, dos objetivos do processo e do negócio, orientar um negócio para o crescimento exige um desenvolvimento da política interna, gerenciamento das prioridades, uma estrutura adequada e viável, conhecer os riscos e reconhecer as oportunidades, isso significa analisar o negócio de fora para dentro.

Identificar as rápidas mudanças no mercado consumidor e fazer algo a respeito, ou seja, padronizar para aumentar o nível de produtividade aliada a qualidade, buscando a tecnologia adequada e os melhores profissionais.

Um exemplo que demonstra à necessidade de aliar o planejamento à prática e de executá-la com qualidade, é o retrabalho que acontece nos processos industriais.

 

 

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Custos do Processo

Muitas organizações não conhecem os custos dos seus processos, de seus produtos e consequentemente não conhecem ou então não controlam os custos dos retrabalhos nos diferentes níveis, e sendo assim alguns produtos retrabalhados acabam com um custo quase equivalente ao preço de venda quando consideramos o transporte e os impostos.

Nem sempre o retrabalho é a solução mais indicada, assim como refugar algumas peças é “jogar dinheiro fora”, é preciso encontrar soluções para evitar as perdas e diminuir os custos da não qualidade, e isso só acontece quando a produção e a qualidade trabalham juntas, colaborando para alcançar os objetivos, que são comuns afinal todos trabalham para uma mesma empresa e são responsáveis pelo lucro e pela rentabilidade do acionista.

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Objetivos das empresas

 

Crescer é um dos objetivos mais comuns entre as organizações, conquistar mercados, aumentar os ganhos, aumentar o valor da marca. Muito justo, afinal é para isso que todos, ou a maioria de nós trabalhamos, mas alguns erros são tão comuns quantos os objetivos acima citados.

Por exemplo:

  • Não adianta ganhar mercados, aumentar o número de clientes se você não investir nos processos para aumentar sua produtividade, e também não analisar a possibilidade de distribuição nesse novo mercado. Ela é possível, os custos são viáveis, foram negociados os termos da Logística reversa.
  • Sim, porque não se aumenta produção sem aumentar os custos variáveis para atender a demanda por Matéria Prima, insumos, por exemplo, e temos esse dinheiro, podemos conseguir, temos um plano para esse negócio, uma estratégia?
  • Temos as prioridades planejadas? Sabemos utilizar nossa capacidade produtiva, e distribuí-la de acordo com a demanda dos pedidos? Sem criar gargalos e um círculo de perdas?
  • Os números estão em ordem? Existe uma projeção de custos para os processos?
  • Muitas reuniões não ajudam, cansam desanimam, é preciso diminuir as apresentações demoradas de PowerPoint, é preciso manter o foco no que realmente é importante, ou seja, naquilo que a equipe tem a dizer.
  • Acelerar a execução é fundamental, e para isso é preciso fazer uma coisa que alguns gestores não gostam de delegar, descentralizar algumas decisões, tarefas, atividades dentro do processo, e aí vai um recado…delegar, descentralizar não diminui autoridade ou poder de liderança, pelo contrário, aumenta.
  • A decisão deve ser baseada sempre em fatos, números, clientes, desempenho.

Evolução do Processo

Para um processo evoluir e atender a demanda de crescimento acelerado por inovação apresentada pelo mercado, é preciso investir em maximização de recursos, e para ganhar um mercado competitivo nem sempre é uma boa ideia limitar recursos, se for preciso recuar, recue, existem alguns casos, situações onde  talvez não seja uma boa ideia entrar na briga por essa fatia de mercado,  se prepare e volta para ganhar.

Chega de empresas feudais, não funciona mais assim, o mercado já não aceita mais empresas que não estejam envolvidas em grupos colaborativos, isso é provado pelos fundamentos da qualidade e pelos critérios do PNQ (Prêmio Nacional da qualidade que dividido em 8 critérios totaliza no máximo 1000 pontos sendo os resultados o mais importante com 450 pontos no máximo).

Gestores e profissionais do planejamento estratégico devem saber que um produto pode ser bom para um mercado e não agradar outros, ou seja, uma marca pode ser forte aqui e fraca em outros mercados. Isso só será possível analisar através de números, indicadores, ferramentas de medição.

Para crescer, progredir, a empresa precisa planejar suas estratégias e manter o foco nos objetivos, que obviamente devem estar alinhados a visão. Estratégia longa não é uma ferramenta adequada para manter o foco, isso porque o foco deve estar sempre na ação, falar muito, planejar muito, cuidado, vai acabar faltando tempo para fazer.

Concluindo

Dizer que o foco de um negócio deve ser o cliente é tão óbvio quanto importante. Mas o que eu vejo com frequência no trabalho de gestão, e aqui enfatizando a área da qualidade, são profissionais que conhecem as ferramentas certas, as normas, os indicadores, preenchem como ninguém um RNC (Registro de Não Conformidade), mas na verdade não entendem muito da essência da qualidade, que é a satisfação e superação das expectativas dos clientes e do mercado.

Conhecer os requisitos da norma é fundamental, mas depois de implantá-las se os profissionais ocuparem a maior parte do tempo preenchendo relatórios de não conformidades, entenda que algo não está dando certo.

O Sistema de Gestão da Qualidade não deve ser implantado para dificultar os processos, para gerar mais problemas e sim para melhorar, solucionar, tornar os processos mais eficazes, enxugando-os, eliminando os desperdícios, mapeando os processos, medindo os desempenhos, apontando as deficiências e principalmente possibilitando a produção de um produto com qualidade. Um sistema que apresenta não conformidades não é um sistema com qualidade, e isso acontece com frequência porque as empresas pensam a qualidade como um selo, um certificado que facilita negociações, e para que isso aconteça é necessário “passar” pelas auditorias.

A empresa não pode esquecer que a qualidade é sinônimo de satisfação e fidelização de clientes, e não apenas uma exigência normativa, relatórios e auditorias, isso tudo é parte do processo, mas não é o foco da qualidade total, e a gestão precisa lembrar sempre disso, ou perderá clientes e verá seu resultado e do acionista diminuir substancialmente com o passar do tempo.

Gestão da qualidade

O trabalho da gestão da qualidade, além da parte técnica obviamente, é promover na equipe o entendimento de que a qualidade não é só uma norma, um selo, um certificado, uma auditoria, não é apenas inspecionar as medidas de uma peça para verificar a sua adequação ao projeto, é acima de tudo atestar a garantia de um produto com qualidade, sem falhas, que irá integrar ou será o produto final, adquirido por um cliente com necessidades e desejos, que busca nessa compra uma realização, uma satisfação.

O gestor precisa conhecer o processo e os clientes, precisa participar e não ter receio de se envolver, afinal só conhecendo o processo, o cliente e o mercado poderá ter uma visão de confiança, com base suficiente para embasar decisões, ou seja, levantar da cadeira, sair da sala, deixar de lado por alguns momentos os relatórios e viver a empresa, o negócio de maneira real, de verdade, afinal ver tudo pela ótica dos filtros dos relatórios e pareceres é ver a situação sob a perspectiva de outras pessoas, e elas não são gestores você é.

Ser um gestor competente é essencial para uma operação e um produto com qualidade, claro que as ferramentas auxiliam, as normas fornecem um caminho, uma base, um começo, mas não se iluda, a construção da essência da qualidade no negócio é muito maior do que adequação as normas ou o selo exibido como troféu, acima de tudo significa a compreensão de que o foco é o cliente e que a sua satisfação representa o sucesso e a sobrevivência do negócio.

E você como investidor irá receber parte do sucesso ou do fracasso dessa gestão.

Informação é dinheiro

Daniel Nigri com apoio de Patricia Rossari

O analista Daniel Nigri CNPI1810 é o responsável pelas informações perante a ICVM 598

 

Hoje, o Daniel Nigri estará as 20:00hrs, falando sobre a declaração de Imposto de Renda com o Bruno Eduardo, sócio fundador da Opus Contabilidade. Se você está com dúvidas no preenchimento vale a pena conferir neste link.

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