O Livro
Ele é escrito anonimamente por um autor sob o codinome de Max Gunther, cujo pai faria parte de um clube banqueiros suíços.
O livro é dividido em 12 grandes lições, conhecidas como “Grandes Axiomas” e outras 16 pequenas lições, nomeadas de “Axiomas menores”. A maioria deles trata sobre gestão de risco, o fator mais importante dos investimentos.
A preocupação com a gestão de risco é essencial, porque assumindo o risco na medida certa, se pode ganhar muito dinheiro. Por outro lado, ignorar as boas práticas na tomada de risco pode levar o investidor à ruína. E uma das regras mais importantes do mercado é: nunca quebre.
As Lições de Axiomas de Zurique
Risco
Preocupação não é doença, mas sinal de saúde. Se você não está preocupado, não está arriscando o bastante.
Esse axioma incentiva o leitor a assumir riscos na vida, principalmente se for jovem. Para isso, ele traz o exemplo de duas jovens, uma investiu a vida inteira na poupança, já a outra decidiu ir para o mercado de renda variável e assumir grandes riscos.
Com o passar dos anos, quem assumiu maiores riscos viu seu patrimônio crescer significativamente, mesmo que ele encolhesse em determinados momentos, enquanto quem não teve essa coragem, viu seu patrimônio ficar na estagnação com o passar dos anos.
Ganância
Ao assistir uma ação sofrer forte valorização surge a dúvida: vender ou não vender? Para os banqueiros o investidor deve “vender cedo demais”, isso é, não esperar o papel atingir o pico para realizar o lucro. Não se deve contar com a sorte ou ouvir conselhos alheios dizendo que a ação ainda deve subir, a não ser que surjam fatos concretos que apontem para uma tendência de alta. E caso o papel ainda suba depois de você ter saído, não lamente.
Das previsões
O comportamento do ser humano não é previsível. Desconfie de quem afirmar que conhece o futuro.
Na verdade, existe um grande debate em vários campos para provar se o ser humano é ou não previsível. De um lado estão os econometristas que afirmam ter o poder de prever o comportamento humano com base em modelos estatísticos e, do outro lado, praxeologistas que afirmam que a ação humana varia de indivíduo para indivíduo, sendo assim imprevisível.
Em 2008, os modelos econométricos falharam, assim como na crise da Covid-19. Ninguém sabe o que vai acontecer no futuro. E abaixo fica a principal lição do capítulo:
Não dê atenção a previsões sobre o futuro e a falsos profetas, ninguém consegue prever o futuro. Nem mesmo os famosos economistas conseguem prever o que vai acontecer. Faça projeto em curto espaço de tempo, se baseando em tendências de mercado e aí sim, talvez por um pouco de sorte, obtenha alguns ganhos sem dar atenção às previsões dos profetas.
Padrões
Não se atenha a padrões. Se apegar a uma ordem não é garantia de rentabilidade, pois como já foi colocado anteriormente, não é possível prever os próximos passos da bolsa de valores e das aplicações em geral. Portanto, estude bastante, e quando encontrar um ativo que lhe indique boas perspectivas, invista.
Mobilidade
A palavra de ordem ao aplicar é mobilidade. Não se deve ficar estagnado por sentimento de lealdade ou expectativa de que o negócio vai se recuperar. Também não é desejável que se pule de uma ação para outra. A decisão de sair deve ser tomada após colocar os prós e contras em uma balança. “Atenção: não permita que as raízes engrossem demais. Ficam difíceis de cortar”, pontua Gunther.
Intuição
Desde que tratada com cuidado e ceticismo, a intuição pode ser uma forte aliada na especulação. Caso o investidor tenha um pressentimento muito forte sobre determinado papel, ele deve analisar o que o levou a tal pensamento, isso é, buscar um banco de dados dentro de sua mente que explique essa intuição.
Da religião e do ocultismo
Confundir dinheiro e sobrenatural costuma ser uma mistura não muito boa. Tentar justificar algum investimento usando o nome de Deus ou a forças ocultas é algo perigoso. Portanto, o melhor é deixar os dois mundos bem distantes um do outro e se basear apenas em seus próprios talentos.
Do otimismo e pessimismo
Estar repleto de otimismo pode ser algo danoso ao investidor. Exatamente pela sensação boa que ele traz, as decisões podem acabar não sendo as melhores. A sugestão dos banqueiros suíços é se perguntar como você sairá do negócio caso ele não dê certo. Com essa resposta o acionista tem mais do que apenas otimismo, tem confiança.
Consenso
Entrar na onda da maioria costuma ser algo prejudicial ao investidor. Até porque as especulações tendem a recomendar que se compre na alta e venda na baixa. Mas é preciso pensar com a sua cabeça antes de dar ouvido a outras pessoas.
Teimosia
Perseverança pode ser algo muito bom em diversas situações, mas quando se trata de ações ela deve ter um limite. Não se deve acreditar que um papel lhe “deve” alguma coisa ou que realizar o preço-médio pode ajudar a reverter os prejuízos. O mais importante é escolher papéis pelos seus méritos.
Planejamento
No último axioma, os banqueiros advertem que não se deve fazer um planejamento de longo prazo e fincar raízes nele. Em vez disso, o investidor deve ir realizando as alterações necessárias de acordo com o tempo e com as mudanças que forem ocorrendo. O único planejamento que pode ser feito a longo prazo é o de ficar rico. Mas o como deve ser definido de acordo com o momento.
Conclusão e advertência
Não leve o livro ao pé da letra, Max Gunther não faz distinção entre apostadores e investidores. Para ele, todo investidor é um especulador, mudando apenas o horizonte.
Ele também diz que não se deve fazer planejamentos de longo prazo, sendo que investir pensando no longo prazo é uma das melhores formas de construir patrimônio.
Mas resolvi descrever sobre essa visão porque tem lições interessantes.
O racional que sempre descrevo nos meus artigos tem relação com conhecimento e planejamento financeiro.
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