Estudo de Caso Itausa: Os Preços acompanham os Fundamentos
Quando eu falo que a cotação das ações acompanha os fundamentos das empresas no longo prazo, muitas pessoas não entendem, ou são céticas com relação a essa afirmação. Por isso, resolvi escrever esse artigo, para mostrar com dados a relação que existe entre Preços e Fundamentos. E, para essa demonstração, vamos analisar Itaúsa, uma empresa que muitos investidores devem ter em carteira.
Provavelmente você tem.
Primeiro, vamos considerar que a forma mais pura e simples de calcularmos os fundamentos de uma empresa é analisando seu lucro líquido. Claro que em um único trimestre o lucro líquido pode estar cheio de fatores não recorrentes que façam ele subir ou cair, mas quando avaliamos o longo prazo, o efeito desses não recorrentes é muito menor, e o total de lucro líquido se assemelha muito ao Fluxo de Caixa Livre ao Acionista.
Então, na imagem abaixo, retirada do ProfitchartPro, vemos o gráfico de Itaúsa de 2009 até a atualidade. Observem também que eu não peguei o ponto mais baixo de 2009, e sim um ponto médio entre a máxima e a mínima daquele ano para não conseguir resultados distorcidos.
Desse ponto médio de 2009, ocorrido nos meses de Abril, Maio e Junho, observa-se que o investidor que comprou naquele momento e reinvestiu todos os proventos (dividendos + juros sobre capital próprio), participou de todas as subscrições do período e esteve presente em todas as bonificações obteve um retorno de 242% em 9 anos. Isso equivale a uma alta média de 10,33% ao ano. Inclusive a sigla CAGR que está no gráfico significa Compound Annual Growth Rate (Taxa de Crescimento Composta Anualizada) e representa exatamente isso.
Este retorno é representado por essa linha vermelha que vemos na imagem acima. Percebam que em alguns momentos o mercado operou em excesso de euforia como recentemente no mês de Janeiro/2018. Inclusive, este foi um período que eu recomendei a venda de metade da posição para os assinantes membros Gold em relatório e agora estamos recomprando aos poucos. E em outros períodos, como em 2015 e início de 2016, a cotação estava muito abaixo da linha vermelha o que demonstrava claramente um pânico do mercado.
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Voltando, ao artigo…
Como saber se esse crescimento foi grande ou pequeno? 10,3% ao ano foi muito ou pouco?
Aí é que entram os fundamentos das empresas. Ou como iremos analisar neste relatório, o crescimento do Lucro Líquido da empresa que está representado na foto abaixo, retirada do Guiainvest. Clique aqui para saber mais sobre o Guiainvest Pro.
Observem, principalmente nos lucros de 5 anos e 10 anos como a taxa de crescimento dos lucros de Itaúsa é muito próxima a encontrada na cotação das ações. Outra questão interessante de se observar, é que os lucros não aumentam linearmente. De 2009 a 2011 seus lucros cresceram, e então ficaram estáveis de 2011 a 2013. No fim de 2013 a 2015 voltaram a subir, e então “estacionaram” em um novo patamar nos anos de 2016 e 2017. Agora já vemos o início de uma nova alta.
Percebam também que não é necessariamente no período que o lucro sobe que a cotação sobe também. O lucro ficou estável em 2016 e 2017, e a cotação que estava muito defasada (bem abaixo da linha vermelha) subiu quase 100% no período.
Para finalizar, se a taxa de crescimento da ação fosse os 11,8% anuais que foi a taxa de crescimento do lucro nos último 5 anos, o valor da ação seria R$ 9,99, em contra partida, se a taxa de crescimento da cotação acompanhasse o crescimento anual de 9,3% do lucro dos últimos 10 anos, esta deveria estar cotada a R$ 8,65.
Vale a pena tomar cuidado com valores muito superiores a R$ 11,00 por exemplo. Este valor demandaria um crescimento do lucro da empresa acima do que ela vem alcançando nos últimos anos.
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Este tipo de análise só deve ser feita em empresas maduras e que não estejam em processo de mudanças do seu business, ou próximas a realizar uma aquisição/investimento que demandará alto endividamento.
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Abraços e Bons Investimentos
Daniel Nigri, Analista CNPI