A Petrobras (SA:PETR4) lançou nesta segunda-feira um programa que prevê investimentos de aproximadamente 300 milhões de dólares até 2025 para aumentar a eficiência e o desempenho de suas cinco refinarias no eixo Rio-São Paulo, que não estão à venda.
O objetivo, segundo a petroleira, é “estar entre as melhores companhias refinadoras de petróleo no mundo”, a partir de um conjunto de iniciativas que buscam posicionar a Petrobras de forma mais competitiva na abertura do mercado de refino de petróleo no país.
“A companhia avaliou referências mundiais dos principais indicadores de refino para definir os objetivos do programa”, afirmou a empresa, em comunicado à imprensa.
A estatal colocou à venda oito de suas refinarias, ou metade de sua capacidade de refino, decidindo ficar apenas com as unidades nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, próximas às suas prolíficas áreas do pré-sal, onde têm apostado suas principais fichas.
Chamado de RefTOP, o programa prevê iniciativas para o incremento do desempenho energético das unidades –Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), Refinaria Duque de Caxias (Reduc), Refinaria de Capuava (Recap), Refinaria de Paulinia (Replan) e Refinaria Henrique Lage (Revap)–, aproveitando melhor os insumos como gás natural, energia elétrica e vapor nas próprias operações.
“O programa promoverá o uso intensivo de tecnologias digitais, automação e robotização nas refinarias da Petrobras”, destacou.
A petroleira citou como um dos exemplos de tecnologias digitais que já vêm sendo adotadas pela companhia, e que terá uso ampliado com o RefTOP, os Digital Twins –representações digitais das instalações operacionais– para monitoramento em tempo real, redução de falhas e facilitação na tomada de decisões.
Outro direcionador importante do programa é o aumento da produção de derivados de alto valor agregado, como diesel e propeno –matéria-prima da indústria petroquímica para a produção de embalagens e peças para automóveis, por exemplo.
A companhia vai ainda alavancar o processamento de petróleo do pré-sal, que tem baixo teor de enxofre, trazendo vantagens competitivas e oportunidades de aumento da margem de refino, favorecendo a produção de diesel S-10 e “bunker” (combustível para navios), afirmou a empresa.
Os investimentos do programa, segundo a empresa, já estão incluídos nos 3,7 bilhões de dólares que a Petrobras prevê para a área de refino no Plano Estratégico 2021-2025.
Fonte: Investing
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