O ETF em Ethereum (ETH), da gestora brasileira Hashdex, estreia nesta quarta-feira (18) na bolsa de valores nacional, a B3 (SA:B3SA3).
O instrumento de investimento se chamará Hashdex Nasdaq Ethereum Reference Price Fundo de Índice (ETHE11). O ETF espelha o fundo estrangeiro Hashdex Nasdaq Ethereum ETF que reflete um índice composto por ETH.
O ETHE11 é o terceiro ETF lançado no Brasil pela Hashdex e foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em julho.
Cotas do ETHE11 devem estar acima de R$ 50
O Ethereum é a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, ficando atrás apenas do Bitcoin (BTC).
No momento da escrita, ETH está sendo negociada em US$ 3.020. Ou seja, cerca de R$ 15.900, na cotação em reais. Já seu valor de mercado gira em torno de US$ 352 bilhões. Assim, se o Ethereum fosse uma empresa, estaria à frente de grandes companhias como Bank of America Corp (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), PayPal (NASDAQ:PYPL) (SA:PYPL34) e Walt Disney (NYSE:DIS) (SA:DISB34).
Na última semana, o preço de ETH variou negativamente em 4,3%. Contudo, até hoje em 2021, a moeda digital acumula ganhos de mais de 300%.
Esse desempenho notável atraiu a atenção de investidores e também da gestora Hashdex que lançou um ETF totalmente voltado para aplicações em Ether.
Conforme informou a gestora, o período de reservas para garantir as primeiras cotas do ETHE11 acabou na última sexta-feira (13).
Hoje, produto chega ao público da B3 sob coordenação da XP, Itaú BBA e Banco Genial. A previsão é que a aplicação inicial por cota seja acima de R$ 50. Já a taxa de administração do ETF será de 0,7%, já incluindo taxas do ETF local e estrangeiro.
De acordo com Samir Kerbage, CTO da Hashdex, o ETF foi criado em razão do potencial de valorização do Ethereum:
“Ethereum é uma das principais plataformas que servem como base para uma nova evolução da internet, a chamada Web 3.0. O seu token, o Ether, é o combustível que move essa nova internet. Ele tem um grande potencial de valorização à medida que a tecnologia evoluir e sua adoção aumentar.”
Além disso, o executivo destacou que o ETHE11 vai dar acesso a esse investimento de forma simples, segura e regulada.
ETFs de criptomoedas na B3
Como mencionado, o ETHE11 será o terceiro ETF da Hashdex na B3. O primeiro, lançado em abril, foi o HASH11, o primeiro do Brasil a investir em uma cesta de diversos criptoativos.
Já na última semana, a gestora também colocou na prateleira um ETF 100% Bitcoin verde, o BITH11. Este fundo busca neutralizar as emissões de carbono da mineração do ativo digital.
Agora, a Hashdex quer aprovar o primeiro ETF de criptoativos nos Estados Unidos.
Além dos três ETFs da Hashdex, há na B3 outros dois fundos da gestora QR Asset Management, o QBTC11, com 100% de exposição do Bitcoin, e o QETH11, com 100% de exposição ao ETH.
Fundos de criptoativos fazem sucesso na B3
O crescimento do número de ETFs de criptoativos na bolsa mostra que o interesse e a demanda por ativos digitais aumentou no Brasil. Outro fato que corrobora esta informação tem a ver com um anúncio recente da própria B3.
Na semana passada, conforme noticiado pelo CriptoFácil, a bolsa liberou a negociação de derivativos de balcão e Certificados de Operações Estruturados (COEs) com exposição a criptoativos.
De acordo com o comunicado da B3, o objetivo é atender à crescente demanda por criptomoedas.
“O investidor tem se mostrado extremamente interessado nesse tipo de investimento, seja investindo diretamente em criptoativos ou indiretamente, como vimos no caso dos ETFs de cripto lançados recentemente”, afirmou Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.
Fonte; Investing
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