A bolsa dos Estados Unidos subiu muito em toda a sua história, mas muita gente pode ter deixado dinheiro na mesa

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Seguindo a série de artigos que tenho feito sobre as vantagens de se investir no exterior, destrinchando cada uma dessas vantagens, hoje eu quero falar do S&P 500, principal índice da bolsa americana e de como ele se comportou durante sua história. Há alguns pontos interessantes que muitas vezes não são comentados por aí, mas que todo investidor deveria saber.

Para quem não sabe, o S&P 500 é um índice que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos e, por isso, é o principal benchmark do mercado americano.

Diferentemente do Ibovespa, aqui do Brasil, o S&P 500 que sempre é divulgado e que possui diversos ETFs que o seguem, não é um índice de retorno total, ou seja, o retorno desse índice não inclui os dividendos.

Para incluir os dividendos, há um outro índice, que é o chamado S&P 500 Total Return, que é um retrato mais fiel do desempenho do mercado americano, já que, se investíssemos em algum ETF que segue o S&P 500, receberíamos os dividendos e provavelmente reinvestiríamos eles.

Por isso, só conseguimos ver o retorno com o reinvestimento olhando para o retorno do S&P 500 Total Return.

Segue abaixo o retorno ao longo do tempo do S&P 500 Total Return:

Fonte: Yahoo Finance

Para ficar ainda mais claro como esses dividendos fazem a diferença, segue um simples comparativo: 

Do final de 2001 até o final de 2021, ou seja, durante 20 anos, o S&P 500 Tqtal Return rendeu 516,8%, enquanto o S&P 500 “tradicional” rendeu 315,1%. Em termos anuais, o S&P 500 total return rendeu 9,5%, enquanto o S&P 500 rendeu 7,4%.

Vale notar que esses 9,5% ao ano é o retorno em moeda forte, ou seja, em dólar, o que é ainda mais relevante.

O CPI, principal índice de inflação dos Estados Unidos, nesse mesmo período foi de 57,9%, o que representa 2,3% ao ano.

O retorno real, ou seja, descontando a inflação, do S&P 500 Total Return nos últimos 20 anos foi de 7,05%.

Apenas como curiosidade, o retorno real do ibovespa, que também contempla os dividendos e descontando a inflação, no mesmo período foi de 4,2%. Ou seja, o retorno do S&P 500 foi bem superior nessa janela.

Agora, vamos falar do título deste artigo. 

O retorno do S&P 500, como vimos acima, foi bem alto nos últimos anos e também em toda sua história, mas isso não aconteceu de forma linear e muita gente pode ter deixado dinheiro na mesa.

Para isso ficar mais claro, vamos falar um pouco sobre as últimas 3 grandes quedas do S&P 500 sem contar a atual: em 2001/2002, 2007/2008 e em 2020.

Por exemplo, se pegarmos o retorno do índice de abril de 2002 até fevereiro de 2003, o S&P 500 TR (Total Return) caiu 25%. Após isso, do início de março de 2003 até fevereiro de 2004 (12 meses), ele subiu 38,5%. Ou seja, em um período de menos de 2 anos, o índice teve uma queda forte, e logo depois também subiu de maneira robusta.

Durante a famosa crise financeira de 2008, que culminou na falência do Lehman Brothers, importante banco da época, de setembro de 2008 até fevereiro de 2009, o S&P 500 TR caiu 41,5%. Logo em seguida, de março de 2009 até abril de 2010 o índice subiu 76,5%. Novamente, aqui em pouco mais de 1 ano o índice subiu de maneira muito forte. 

Quem perdeu esse movimento de alta após essa crise, até pode ter ganhado dinheiro, mas quem continuou investindo e aportando nesses momentos mais complicados, provavelmente ganhou muito mais.

Mais recentemente em 2020, com a pandemia do coronavírus, a queda e a alta também foram acentuadas e ambas aconteceram bem rapidamente. Do início de fevereiro de 2020 até abril do mesmo ano, o S&P 500 TR caiu 33%. Após isso, do início de maio de 2020 até agosto de 2021 o índice subiu 63,5%. Novamente, em um intervalo um pouco superior a 1 ano o índice subiu de maneira bem forte.

Repare que, principalmente em todas essas altas expressivas, elas duraram ao redor de 1 ano, o que é um período relativamente curto. Isso não aconteceu apenas após as crises, mas em alguns outros momentos da história da bolsa americana, mas claramente, essa alta fica mais expressiva quando vem após momentos de baixa.

Como eu disse no início, o S&P 500 representa as 500 principais empresas dos Estados Unidos, que é o país mais rico do mundo e um dos mais resilientes frente às crises. 

Além disso, por ter todo esse histórico positivo que mostramos aqui e por subir forte de maneira muito rápida, acho que devemos sempre nos expor a esses ativos, mesmo que em baixa proporção. Perder esses momentos de alta forte pode ser bastante prejudicial à rentabilidade total.

Por isso, venho falando constantemente para nossos assinantes do Dica Internacional a importância de estarmos expostos aos ativos do exterior. Não dá para saber quando o mercado vai “virar” e voltar a subir, mas o que tem feito as bolsas caírem são as altas de juros, e elas não vão durar para sempre.

Quando o mercado tiver certeza que o banco central americano vai parar de subir os juros, acredito que as ações voltarão a subir e provavelmente seguirão sua “tradição” de pós-crise.

Todo mundo sempre fala que comprar ações em momentos de queda é melhor e o histórico também mostra isso, mas quando chega a queda, todos ficam com medo.

Com queda no ano de mais de 20% do S&P 500, eu acredito que hoje, com upside limitado para novas altas nas taxas de juros, seja um bom momento para comprar ações do exterior.

Além de todas as carteiras que já temos no Dica Internacional, agora teremos também uma carteira apenas com ações boas pagadoras de dividendos (que costumam ter melhor performance em crises). Essa nova carteira ficará disponível no dia 27.Out.

E já que achamos que essa é uma oportunidade ímpar para investir no exterior, estamos fazendo uma promoção no Dica Internacional pela primeira vez neste ano, para que todos consigam investir com a gente.

Portanto, nessa Black Friday você pode assinar o Dica Internacional por 3 anos, pagando apenas 2 anos. Clique aqui e aproveite.

Abraços e bons investimentos,

Raphael Rocha.

 

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