A influência da Economia na Bolsa Européia

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A influência da Economia na Bolsa Européia

Recentemente, tive uma consultoria com uma investidora que mora fora do Brasil, e que investe em várias bolsas do Mundo. A pessoa estava interessada em investir na Bolsa da França.

Cabe ressaltar que eu, realmente, entendo muito pouco sobre as empresas francesas que compõem o índice francês. O CAC de Paris. No entanto, os motivos macroeconômicos que levam as empresas a crescer ou que geram pânico no mercado como taxas de juros, crescimento da economia e do PIB, inflação, desemprego e relação da dívida pública com o PIB servem para qualquer economia mundial.

Comecei fazendo o exercício mais básico de todos que é observar em quanto está atualmente o índice CAC de Paris, e vê-se que ele ainda não atingiu a máxima ocorrida em Agosto/2000.

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Neste artigo de hoje, vamos analisar a alta exatamente depois da crise do subprime dos Estados Unidos que jogou todas as bolsas do Mundo para baixo em 2008. A bolsa francesa saiu de 2807 pontos na mínima no início de 2009 para 5281,58 pontos agora em fevereiro de 2018. Uma alta de 88% em 9 anos, ou uma alta de 7,2% ao ano em Euros.

Em uma economia, onde a zona do Euro está com taxa de juros para Renda Fixa em 0%, certamente foi um retorno interessante para quem conseguiu comprar exatamente na mínima. O que é muito difícil, quase impossível de acertar exatamente o mínimo, eu diria.

No entanto, quando comparamos com o índice DAX de Frankfurt principal índice alemão, vemos que o resultado francês foi bem ruim.

 

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O índice da Bolsa Alemã também teve uma queda forte até atingir a mínima de 3852 pontos no mesmo mês que o índice francês atingiu a sua. Desde então, o índice DAX Frankfurt saiu de 3852 pontos para 12451,96 atualmente. Uma alta bem mais expressiva, de 223% em Euros em 9 anos. Um crescimento anualizado de 13,91%.

Mas por que a Alemanha cresceu tão mais que a França?

Primeiramente, porque a partir de 2010 no início da recuperação da economia da Alemanha, a economia desta cresceu o seu PIB a taxas de 4% ao ano e atualmente desde 2013 a taxas de 2% ao ano em média. Já a França teve crescimentos mais tímidos, de 2010 a 2012 a taxa de crescimento anual do PIB chegou a no máximo 2%, e de 2013 a 2017 este ficou em média em 1,2% ao ano. Ambas as economias estão aumentando a taxa de crescimento anual do PIB nos últimos 4 trimestres. Estes dois PIBs que eram próximos no ano de 2000, hoje já têm diferença de 1 trilhão de dólares. Alemanha US$ 3,4 trilhões, França US$ 2,4 trilhões

Outro motivo importante é que este crescimento da economia fez com que a taxa de desemprego da Alemanha caísse para apenas 3,6%, enquanto na França esta taxa ainda está próxima a 8%.

Terceiro fator é a relação dívida/PIB. A Alemanha, a partir de 2010 com o crescimento da economia que gerou uma melhora na arrecadação e com uma política de gastos mais eficientes (que é diferente de menores gastos) conseguiu reduzir a relação dívida/PIB de 81% para 68,3% como mostra a imagem a seguir.

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Retirado de Trading Economics

Enquanto isso, a França ainda não conseguiu inverter o processo de crescimento da relação dívida/PIB que já chega a preocupantes 95%. Ou seja, o mercado enxerga um risco bem maior na França e precifica para baixo as companhias desse país de forma similar ao que fazia com o Brasil em 2015. Enquanto isso o mercado enxerga que a Alemanha merece um prêmio por ser um país que consegue manter as contas equilibradas.

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Conclusão:

As políticas macro-econômicas que o governo do país utiliza influencia na precificação das ações de um determinado país. Obviamente, que dentro do índice Francês devem ter companhias que conseguiram rentabilidades maiores que o conseguido pelo índice da Alemanha. Assim como no Brasil de 2013 a 2015 tiveram ações que enquanto a bolsa caía elas subiam muito, pois mesmo na crise seus fundamentos melhoravam muito. (Ex: Kroton, Raia Drogasil e Equatorial)

Outra questão que influenciou esse crescimento mais lento da França e aumento do endividamento é que os dois últimos presidentes franceses (Nicolay Sarkozy e François Hollande) eram dos partido UMP e do partido Socialista respectivamente. Normalmente, o mercado não gosta de presidentes de partidos socialistas ou populares, porque eles pregam estados muito grandes, subsídios e que gastam muito (vemos isso no aumento da dívida francesa). No longo prazo, isso gera aumento de tributos, de endividamentos e perda de competitividade destes países

No entanto, atualmente a França parece que está querendo dar uma guinada a direita com a eleição do presidente Emmanuel Macron. Seria esse um momento como 2015 foi para o Brasil para se investir na França?

Já a Alemanha, mantém Angela Merkel como chanceler do país pelo quarto mandato consecutivo. O partido CDU (União Democrata Cristão) que ela faz parte é de direita e completamente pró mercado e pouco intervencionista.

Acredito que este fator dos presidentes/chanceleres eleitos foi primordial para esta diferença de resultados entre as bolsas dos países. Certamente a bolsa francesa está mais descontada que a Alemã, mas também carrega um risco do incerto como o Brasil carregava em 2016.

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Daniel Nigri

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