Coronavírus: O que fazer com os investimentos?

Coronavírus: O que fazer com os investimentos?

Os índices acionários no mundo inteiro fecharam na última sexta-feira, 28/02/2020, como a pior semana desde a crise financeira de 2008.

A disseminação do Coronavírus fora da China fez com que o mercado entrasse em pânico, com uma queda de mais de 10% quase no mundo todo, entrando no que chamamos por território de correção.

A velocidade das perdas chamou atenção, pois o S&P 500 despencou 10% da máxima histórica em apenas seis sessões.

Já o principal índice de ações do Brasil acumulou uma queda de 8,37% na semana; e no mês, de 8,43%, retornando aos 104.172 pontos.

E por que todo esse estrago?

Se desde janeiro a possibilidade do Coronavírus assustava os investidores do mundo inteiro…nessa semana foi a vez da certeza.

O Coronavírus chegou na Europa e na terra do Tio Sam e isso causou aversão aos riscos, principalmente na renda variável. Já há dezenas de americanos contaminados e, pior, já acontece no mercado americano, bem pertinho de onde estão os investidores da bolsa americana.

O pânico foi acentuado porque a OMS afirmou que há mais velocidade em casos de Coronavírus mais fora da China do que dentro.

E no meio dessa confusão, vamos esclarecer o que a economia tem com o Coronavírus.

A China é parceira comercial de vários países. Se a economia para, o consumo despenca e as ações na China caem também, gerando a perspectiva de desaceleração na economia mundial.

Ou seja, se o consumo na China cai, também diminuirá a receita de várias empresas.

Cabe também mencionar que a economia chinesa é grande fornecedora da cadeia de vários mercados, como moda, tecnologia e automotiva.

Se a economia para, afeta também os outros setores produtivos de outros países.

Ex.: Apple frustrará a sua meta de receita no 1º trimestre por falta de peças para montar iPhone.

Dessa forma, com o Coronavírus chegando em outros países, tais efeitos são turbinados…Economias como EUA, Arábia Saudita, Alemanha, Coreia do Sul e outras, também prometem a sua própria parcela de crescimento baixo.

Dessa maneira, com todo esse pânico no mercado, o câmbio disparou e renovou o seu recorde nominal R$ 4,50.

E agora? O que fazer?

Só entendendo mais sobre a influência do Coronavírus na economia poderemos proteger nossos investimentos.

Coronavírus começou afetando a economia chinesa.

O Coronavírus surgiu na província de Wuhan, que fica localizada na região central da China, com mais de 11 milhões de habitantes. Tal província é um importante centro de produção de aço e veículos na China e, devido a sua relevância no transporte e indústria, também é chamada como “a via de comunicação da China”.

Só em 2019, essa região cresceu 7,8%, sendo 1,7% a mais do que a média nacional –  olhando apenas a balança comercial esta região representa 10% da balança comercial da China em 2019.

Logo, o surto do Corona já nasceu causando estrago, visto que qualquer tipo de impacto na economia desta região causa danos significativos na economia chinesa.

Ao ter se espalhado pelo mundo, o Coronavírusjá causou maiores impactos na economia que o SARS.

Em 2003 a economia chinesa era puxada principalmente pela demanda externa e também pelo investimento de capital fixo público.

Atualmente, a importância dos serviços e consumo doméstico na economia chinesa é muito mais expressiva que na época do SARS, devido à elevação da renda per capita chinesa nos últimos 15 anos.

Sendo assim, apenas falando em China, o Coronavírus vem causando uma crise na demanda doméstica mais significativa no PIB Chinês em 2020 do que o SARS em 2003.

Também cabe mencionar novamente, que pelo fato de a economia chinesa ser uma grande fornecedora no mercado mundial, os cortes potenciais em pedidos internacionais de bens e serviços da China podem gerar maior pressão no crescimento chinês.

E como fica a renda variável?

De acordo com alguns analistas que fizeram um estudo com base nas epidemias anteriores, o momento atual é visto muito mais como uma oportunidade de aporte e entrada do que uma redução na exposição em renda variável.

Assim como as outras epidemias – SARS, Gripe do Frango (Aviária),Gripe Suína,Ebola e Zika Vírus, o comportamento do mercado pode se repetir neste ano com o Coronavírus, com uma alta perspectiva de uma rentabilidade positiva ao longo de 2020, principalmente para aqueles que investem em empresas consolidadas de setores perenes com desconto nos preços.

Mesmo assim, a renda variável demanda cautela, mesmo que a velocidade do Coronavírus esteja maior fora da China, como ocorre nesta semana nos Estados Unidos, Europa e, agora, pelo Brasil, vale ressaltar que mais de 90% dos casos ainda estão localizados na China.

Os mercados devem continuar refletindo a apreensão dos investidores, mas de acordo com alguns especialistas, o atual Coronavírus tem menor potencial de transmissão que o sarampo e menor letalidade que o H1N1.

Também cabe mencionar que talvez o vírus cause impacto na economia real brasileira e postergue a recuperação econômica, mas não alterou os fundamentos da nova realidade de investimentos do país: juros baixos, inflação controlada, mais investidores brasileiros na Bolsa, e maior potencial de crescimento para as empresas focadas no mercado local.

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Concluindo

Para concluir, cabe mencionar o que Warren Buffet fala sobre o mercado de ações: “Foi feito para transferir dinheiro dos impacientes para os pacientes”

Ou seja, o Coronavírus pode ser uma grande oportunidade para os investidores de longo prazo, já que a epidemia pode não alterar as expectativas dos indicadores da economia real brasileira para os próximos 2 ou 3 anos.

“Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar”

A arte da guerra – Sun Tzu

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