FOCUS: Mercado passa a ver Selic a 2% e queda de 6,54% do PIB em 2020

Nesta segunda-feira (29), o Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim semanal Focus, trazendo como principal novidade uma nova queda nas estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2020 e da taxa Selic no presente calendário. A exemplo da semana passada, os economistas voltaram a elevar a aposta do IPCA para o mesmo período. O cenário ainda mostra que a crise econômica do país por conta da pandemia da Covid-19 será bastante intensa.

PIB

Após a interrupção da queda na semana passada, a projeção do PIB brasileiro voltou a cair com uma leve baixa. A estimativa agora é uma queda de 6,54% do PIB em 2020, contra 6,50% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção estava em -6,25%. Para 2021, a estimativa segue de crescimento em 3,50% e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.

Selic

O constante cenário de deterioração das projeções do PIB e IPCA – especialmente da inflação no próximo ano, horizonte da política monetária – motivaram a decisão de corte da Selic na reunião do Copom há duas semanas. Ao contrário da semana passada, os analistas seguiram a última decisão da autoridade monetária, esperando ainda um novo corte residual do afrouxamento monetário em 2,00% em 2020, conforme comunicado e ata da útima reunião do Copom.

No entanto, as projeções do TOP-5, dos economistas que mais acertam o movimento da taxa básica de juros, projetam a Selic em 1,75%, com dois cortes de 0,25 ponto percentual.

Para 2021, os economistas mantiveram a projeção de Selic em 3%, de 5% para 2022 e de 6% para 2023.

Inflação

Os analistas, pela terceira semana consecutiva, elevaram a estimativa da inflação oficial de 1,61% da projeção da semana passada para 1,63%. Há quatro semanas, a aposta era de um IPCA a 1,55% no fim do ano. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do piso da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Influenciada pelo resultado de -26,08% no preço das passagens aéreas, a prévia da inflação de junho ficou em 0,02%, o menor resultado para o mês desde 2006, quando a taxa tinha sido de -0,15%. O grupo dos Transportes (-0,71%) representou o maior impacto negativo, contribuindo com -0,14 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado na semana passada.

Em 12 meses, o índice alcançou 1,92%, abaixo dos 1,96% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Com o resultado, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado trimestralmente) ficou em -0,58%, menor taxa nesse indicador desde setembro de 1998.

Todas as áreas pesquisadas tiveram deflação nos preços das passagens aéreas, desde -34,37% em Belém até -15,85% em Fortaleza. Ainda no grupo dos Transportes, os combustíveis (-0,34%) caíram pelo quarto mês seguido. Após ter registrado -8,51% em maio, a gasolina teve variação negativa de 0,17%. Também registraram quedas de preços o óleo diesel (-4,39%) e o etanol (-0,49%), enquanto o gás veicular teve alta de 0,84%, contra -1,21% em maio.

Houve a manutenção das estimativas de inflação para 2021 – horizonte da política monetária do Banco Central sob o sistema de metas de inflação -, com os analistas estimando o IPCA em 3,00%. A estimativa também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.

Dólar

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram mantidas R$ 5,20, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento, chegando a se aproximar de R$ 6,00 em meados de maio.

Há quatro semanas, os analistas projetavam no Focus um dólar a R$ 5,40 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas também foram mantidas em R$ 5,00, voltando à projeção de quatro semanas atrás.

Fonte: Investing

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