O que é a Taxa Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, lastreadas em títulos públicos federais. A sigla SELIC é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Essa sigla nada mais é que um sistema computadorizado utilizado pelo governo, a cargo do Banco Central do Brasil, para que haja controle na emissão, compra e venda de títulos.
A Taxa Selic é obtida pelo cálculo da taxa média ponderada dos juros praticados pelas instituições financeiras. A seguir você descobrirá como até mesmo o seu emprego pode sofrer influência com a movimentação desta taxa.
Copom reduz juros básicos para 4,25% ao ano, o menor nível da história
Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) diminuiu os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 4,25% ao ano, com corte de 0,25 ponto percentual. A decisão era esperada pelos analistas financeiros, segundo a pesquisa Focus do BC.
Em comunicado, o Banco Central indicou que pretende interromper os cortes de juros. “O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, ressaltou o texto. A nota também pediu a manutenção das reformas estruturais da economia brasileira, de modo a manter os juros em níveis baixos por muito tempo.
Com a decisão de hoje (5), a Selic está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018, só voltando a ser reduzida em julho de 2019.
Fonte: Agência Brasil
EM LINHA COM O ESPERADO
Em pesquisa Reuters, 20 de 29 economistas já previam um corte de 0,25 ponto nos juros básicos, enquanto 9 esperavam manutenção da Selic em 4,5%.
A expectativa de que o BC daria prosseguimento ao ciclo de cortes nesta quarta-feira ganhou força após dados econômicos mais fracos que o esperado terem piorado a percepção sobre a retomada da atividade no Brasil.
A produção industrial fechou 2019 no vermelho, com queda de 1,1% sobre 2018, após dois anos seguidos de ganhos e sob a forte influência das perdas no setor extrativo devido ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
No comunicado, o BC afirmou que os dados já divulgados indicam continuidade do processo de recuperação gradual da economia brasileira.
A inflação, por sua vez, seguiu comportada apesar da alta no preço das carnes no fim do ano passado e do avanço do dólar frente ao real, movimento que em teoria poderia encarecer importados e acabar pressionando o IPCA para cima.
Projeção para o futuro
“O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”, confirmou a nota distribuída após a reunião, comandada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. A expectativa, portanto, é de que a redução da Selic estimule os agentes econômicos a consumir e a investir, para que o aumento de demanda pressione os preços e leve a inflação para o centro da meta. Nesse processo, o ritmo de atividade econômica tende a se acelerar.
O BC fez questão de avisar, porém, que o corte de 0,25% deve ser o último dos últimos cinco anos, período em que houve redução de 10 pontos percentuais da taxa básica de juros. “O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2015, o comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, diz o comunicado.
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