Trump, o novo Coringa! O que ambos teriam em comum?

 

Primeiramente, antes de iniciar o texto, gostaria de deixar bem claro que trata-se de uma metáfora e que não estou fazendo juízo de valor sobre Trump.

Inclusive já venho escrevendo outros artigos elogiando o desempenho econômico de Trump, principalmente elogiando a volatilidade e a instabilidade que gera muitas oportunidades para comprar barato.

 

A arte imita a vida ou a vida imita a arte?

Desde a estreia, “Coringa” tem sido o filme mais comentado nas redes sociais. O sucesso de bilheteria foi reflexo de que o espectador se deu conta de que o filme não se trata de um mero entretenimento.

É indiscutível o talento de Joaquin Phoenix, mas o que mais me intrigou foi a semelhança do Coringa e Donald Trump.

Ao contrário, mesmo o filme sendo um drama sobre um personagem de quadrinhos, ele se baseia fortemente em situações reais de estresse e conflito que é bem próxima do que podemos encontrar na “vida real” da ERA TRUMP nos mercados globais.

Apesar da pauta do filme ser um drama sobre um personagem de quadrinhos, o filme se baseia fortemente em situações reais de estresse e conflito e é bem próxima do que podemos encontrar na “vida real”.

Socialmente falando, atualmente possuímos questionamentos de toda ordem. Desde a eleição de Trump, o mundo se tornou mais complexo, de espetáculos naturais e artificiais, interdisciplinaridades, influências de todas as partes, imerso em uma realidade parecida com ficção, onde o caos Gotham City pode ser comparável ao mercado financeiro na Era Trump.

 

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E o que ambos teriam em comum?

Primeiramente, o caos.

Mas afinal, o que seria esse caos de Donald Trump e o Coringa?

De acordo com o dicionário da língua portuguesa, a etimologia da palavra “caos”, deriva do grego khaíno, que pode ser traduzido como “separar”. O que o Trump e o Coringa fazem é uma separação, quebra com o status quo.

De acordo com o dicionário, a palavra caos significa: Desordem, confusão e tudo aquilo que está em desequilíbrio.

A partir da etimologia da palavra “caos”, derivada do grego khaíno, que pode ser traduzido como “separar”.

O Coringa, líder anarquista da obra de Todd Phillips, é um personagem caótico que nesse filme cria uma individualidade para guiar um grupo de anarquistas querendo explodir Gotham City. O Coringa questiona o status quo e principalmente os líderes de uma sociedade que querem manter o poder.

Esse personagem fictício está diretamente ligado à nossa realidade. Desde que assumiu o poder, Donald Trump questiona o estado como as coisas eram antes de seu mandato, principalmente com o protagonismo da China no comércio mundial.

Dessa forma, o presidente da nação mais poderosa vem colocando em prática a desconstrução do que conhecíamos como globalização, incendiando os mercados globais com a desconstrução de um mundo de livre comércio entre as nações e uma nova  Guerra Fria, presente polarização entre EUA e China.

Podemos concluir que a sede de vingança aos líderes sociais e o desejo de explodir Gotham City do Coringa pode ser comparada à guerra comercial travada por Trump contra a China.

Além disso, defendo que a guerra comercial fantasia-se de guerra cambial, em que todo o mercado mundial pode ser também afetado, já que pode “desvalorizar as bolsas de valores e as moedas de outros países emergentes, como o Brasil, e aumentar o déficit comercial, afetando as empresas nacionais e gerando desemprego.

 

Risadas

As Risadas do Coringa também são um ponto interessante que me chamou atenção com relação a Trump. Importante lembrar que não estamos falando que o Presidente tenha a doença mental do Coringa, apenas uma metáfora no sentido figurado da ideia.

 

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Devido a seu desequilíbrio mental, o Coringa dá respostas incomuns a situações de estresse com risadas incontroláveis e possivelmente intratáveis, que são também um fator que influencia de maneira contundente a sua personalidade.

O susto que as pessoas levam com a risada sinistra do personagem, podemos dizer que seria uma metáfora ao comportamento de Trump desde as primárias do partido republicano. Basta digitar as palavras “deboche Trump” e teremos muitas notícias ligadas ao humor do presidente desde que foi eleito.

Ainda sobre o riso do Coringa, destaco o pedido da mãe de Coringa, pedindo para que ele seja sempre feliz, que colocando um sorriso no rosto e podemos perceber como a influência tóxica da mãe positividade tóxica.

A busca permanente do Coringa por ser sempre feliz, “Put a smile on your face”, podemos comparar com a frase “Make America great again”, um slogan recorrente e um sucesso que o ajudou a se eleger.

 

“Make America Great Again” é uma promessa de a economia americana voltar aos bons tempos e tem feito os americanos felizes principalmente com os resultados da economia.

E incontestavelmente o atual presidente vem tendo resultados contundentes.

 

Depressão

Com a estreia do filme, muitos psicólogos e psiquiatras alertaram que pessoas extremamente felizes podem estar em episódios maníacos, que podem ser entendidos como o oposto diametral da depressão.

Esses especialistas também afirmam que episódios maníacos levam a ter “comportamentos preocupantes, como a adição, conflitos sociais, busca por situações de risco, descontrole financeiro, percepção de grandiosidade e, em alguns casos, uma ilusão de invulnerabilidade”.

 

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Gostaria de deixar em letras grandes essa parte

Podemos comparar os episódios maníacos de felicidade do Coringa com o que Trump tem feito à economia americana: o país não esteve tão próspero desde os anos 60. Os dados desse ano refletem que não há desemprego (3,7%), a economia cresceu mais de 3% no primeiro trimestre, a inflação segue baixa (menor que 2%), os salários aumentaram e o declínio industrial foi contido.

Podemos comparar os episódios de felicidade do Coringa com a teoria dos ciclos econômicos, onde sustenta que os ciclos econômicos e as recessões são causadas pela criação de dinheiro, e muitos economistas alertam sobre a possibilidade de depressão.

Sendo assim, o mercado financeiro afirma que há um Provável cenário de crise global e já temos dados ruins, como os recentes resultados econômicos na Europa e na China, ou a atípica queda nas taxas de títulos públicos dos EUA, que tem causado nervosismo nos mercados e que tem causado consequências negativas também para o Brasil, como a disparada do Dólar.

Importante dizer que as consequências dessa polarização não são apenas negativas. Países como o Brasil e as economias emergentes também podem ter a oportunidade de exportar commodities para a China e itens industrializados para os EUA, substituindo os produtos taxados, que ficaram mais caros.

 

Índices

Para a psicologia não existe um índice que possa servir de marcador para identificar acúmulo de sofrimento. Os estresses diários do Coringa, assim como os conflitos constantes, desde os problemas no trabalho, podem disparar as mais diversas reações.

No entanto, não podemos afirmar o mesmo para Trump. O banco JP MORGAN criou o índice Volfefe, que foi o índice criado para calcular o impacto e a volatilidade dos tuítes de Trump no mercado financeiro, saltou de uma média de 0,05 ponto no começo do ano para o atual 0.1. Mesmo assim, volatilidade implícita pode ser comparada aos episódios maníacos do Coringa.

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Será que podemos confiar no Coringa?

Semana passada Donald Trump comunicou que foi fechado um acordo parcial, e o mercado reagiu muito bem com os índices das principais bolsas do mundo subindo e, consequentemente, o Brasil também.

 

Será que podemos acreditar em uma possível trégua?

Definitivamente não. Assim como não podemos nos esquecer da personalidade polêmica do Coringa, não podemos acreditar que a partir de agora a paz irá reinar nos mercados.

O acordo parcial celebrado entre Trump e a segunda autoridade do governo Chinês é apenas a primeira fase de uma série de 3 acordos.

 

Podemos confiar em um período de paz entre as economias?

Definitivamente não, já que tanto o Coringa como TRUMP constroem um sistema sem estabilidade, dinâmico, que se altera no tempo a cada pequena alteração das suas condições iniciais.

 

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Conclusão

Não podemos falar que os devaneios do Coringa não têm momentos de lucidez e que a loucura de Trump não seja coerente, afinal a economia nunca cresceu tanto nos últimos tempos.

Assim como nem o hospício teve êxito em prender o Coringa, não podemos impedir que TRUMP continue mexendo com os mercados.

Na Era do Coringa Trump, tudo pode mudar de repente, e imprevistos não têm hora certa para aparecer. A tentativa de prever acontecimentos é inútil e pode ser prejudicial para seus investimentos.

Tão importante quanto pensar no médio e no longo prazos, é preciso ter um olhar permanente sobre o presente para estar sempre prevenido para o pior, para os riscos a serem enfrentados ao longo do caminho.

É fundamental ter esse “seguro” nos seus investimentos, com um Coringa no comando da maior potência do mundo, como o que devemos saber que diversificação é fundamental e principalmente em moeda forte, como o Dólar.

Mesmo assim, em que pese todo o caos trazido pelo mercado por Donald Trump, podemos ter em mente que a instabilidade pode gerar excelentes oportunidades, principalmente comprar ações de boas empresas em momentos de baixa, que virão até as eleições nos Estados Unidos.

Com o Coringa Trump no poder, certamente teremos muito caos pela frente e muitos incêndios em Gotham City.

 

Daniel Nigri

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