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A mentira do “eu vejo depois”: por que procrastinar o planejamento financeiro te custa caro

Quantas vezes você já disse ou pensou: “Depois eu resolvo isso com calma”, quando o assunto era dinheiro?

Organizar o orçamento, começar a investir, entender os próprios gastos, fazer uma reserva de emergência… tudo isso entra naquela lista mental de tarefas que a gente jura que vai resolver “quando tiver tempo”. E, sem perceber, os meses (ou anos) passam, e você continua no mesmo lugar — ou pior, acumulando decisões adiadas que agora viraram problemas.

Agora que já encerramos o primeiro trimestre de 2025, esse é um ótimo momento para virar a chave. Se o ano ainda não começou financeiramente pra você, esse é o sinal de que ainda dá tempo de tomar as rédeas — e evitar que o segundo trimestre repita os mesmos padrões.

A verdade é que o “depois” custa caro. Muito caro.

E não estou falando só de dinheiro perdido. Estou falando de oportunidades que não voltam, de juros compostos que não trabalharam a seu favor, de escolhas que foram empurradas até se tornarem urgentes demais para serem feitas com tranquilidade.

A procrastinação financeira é silenciosa, mas extremamente cara. Segundo um levantamento da Anbima, 67% dos brasileiros sequer fazem algum tipo de controle do seu orçamento. E sabe o que isso significa na prática? Um número enorme de pessoas vivendo no piloto automático, gastando mais do que deveriam, sem saber exatamente para onde o dinheiro está indo.

Segundo artigo publicado na Revista Ciências Sociais Aplicadas (vol. 28, 2024), de Ester Costa Albernaz, a falta de cultura de planejamento no Brasil é um dos principais agravantes do endividamento das famílias. O estudo revela que muitas pessoas acumulam dívidas três vezes maiores do que sua própria renda mensal, fruto do consumo impulsivo e da facilidade de crédito.

Mais do que uma questão financeira, o problema é também emocional e comportamental (já falamos sobre isso em um artigo recente). A ausência de um orçamento claro, aliada à desorganização, leva à perda de qualidade de vida. Ou seja, não é apenas sobre números — é sobre bem-estar, tranquilidade e liberdade de escolha.

A educação financeira é, acima de tudo, um processo de mudança de hábitos, e não um evento isolado. Não dá pra esperar estar “preparado”. A preparação vem do movimento. E esse movimento começa com um passo simples: olhar com honestidade para sua realidade financeira.

O impacto real do “eu vejo depois”

Vou te dar alguns exemplos reais do que esse “depois” pode significar:

  • Você adiou organizar suas finanças por dois anos e perdeu a chance de investir R$500 por mês nesse período. Parece pouco, mas essa decisão tem um custo alto no longo prazo: se tivesse começado a investir R$500 mensais por 20 anos, com uma rentabilidade média de 0,79% ao mês (cerca de 10% ao ano), teria acumulado aproximadamente R$355 mil. Começando dois anos depois, esse valor cai para R$283 mil. Ou seja, adiar por apenas dois anos pode te custar mais de R$72 mil na sua aposentadoria.
  • Você não montou uma reserva de emergência e precisou parcelar um gasto inesperado no cartão com juros de 12% ao mês. Resultado? Você está pagando o dobro do que gastou.
  • Você adiou aquela conversa sobre seus objetivos de longo prazo e agora sente que corre atrás do próprio rabo — sem clareza, sem plano, e com aquela ansiedade de não saber se vai dar certo lá na frente.

Planejamento financeiro não é luxo, nem coisa de quem tem muito dinheiro. É uma necessidade.

Quando você tem um plano, mesmo que simples, você passa a fazer escolhas mais conscientes, com menos culpa, menos susto e muito mais intenção.

Muita gente acredita que planejar é só para quem tem uma renda alta — mas, na verdade, é justamente quem sente que “o dinheiro nunca dá” que mais precisa de um plano. E não estou falando de cortes radicais ou sacrifícios extremos. Estou falando de clareza. De entender pra onde o dinheiro vai e o que, de fato, é prioridade pra você.

Se você tem dívidas, o planejamento te ajuda a sair delas com estratégia.

Se você tem sonhos, o planejamento é o que transforma esses desejos em metas reais.

O tempo é seu maior aliado… ou seu maior inimigo

Uma das lições mais valiosas que aprendi na minha jornada como investidora e planejadora financeira é que o tempo pode ser seu melhor amigo — ou o seu maior sabotador.

E essa escolha é sua. Toda vez que você diz “depois eu vejo isso”, está abrindo mão de deixar o tempo jogar a seu favor.

E olha: não precisa de um plano perfeito. Você só precisa começar.

  • Comece olhando para seus gastos.
  • Comece colocando no papel seus objetivos.
  • Comece investindo R$100 por mês, se for o caso.

E se você não fizer nada?

Você vai continuar trabalhando cada vez mais, sem ver resultado. Vai continuar dependendo de sorte ou de um bônus inesperado para equilibrar as contas. Vai continuar sentindo aquela sensação incômoda de que o dinheiro some e você não sabe como.

A falta de planejamento não só custa dinheiro. Ela custa tranquilidade. Ela custa liberdade. Ela custa sonhos.

Então, fica aqui meu convite: Pare de empurrar para depois o que pode mudar a sua vida agora.

O futuro que você deseja começa com uma decisão simples: assumir o controle da sua vida financeira.

Se você está pronto para isso, me chama. Planejar não precisa ser pesado — e você não precisa fazer isso sozinho.

Até a próxima!

Abraços,
Julia Priante – @julia.priante

Engenheira de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa, atua no mercado financeiro desde 2006. Com ampla experiência como Officer no Itaú Unibanco/Itaú BBA nos segmentos de Empresas, Nicho Imobiliário e Multinacionais. É Especialista em Investimentos (CEA) e Pós-graduada em Planejamento Financeiro. Auxilia famílias a alcançarem seus sonhos por meio de um planejamento financeiro estruturado e personalizado.

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