Heurísticas e vieses: atalhos e erros na tomada de decisão

 

Estimar probabilidades não é uma tarefa fácil. Aliás, é uma tarefa praticamente impossível em determinadas situações que envolvem eventos incertos. Quanto mais complexa a tarefa mais difícil se torna definir o percentual de chance de ocorrência de certa situação. Continue lendo e, entenda o que são heurísticas e vieses cognitivos no processo de tomada de decisão.

 

O que são heurísticas e vieses?

A essas respostas rápidas que costumamos dar a perguntas extremamente complexas chamamos de heurísticas, ou seja, são atalhos mentais que facilitam a tomada de decisão.

Isoladamente as heurísticas não representam algo ruim. Pelo contrário, em contextos em que precisamos tomar decisões complexas de forma rápida as heurísticas possuem papel fundamental, pois viabilizam escolhas adequadas, embora imperfeitas.

“Heurística é um procedimento simples que ajuda a encontrar respostas adequadas, ainda que geralmente imperfeitas, para perguntas difíceis. A palavra vem da mesma raiz que heureca” (Kahneman, 2012, p. 127).

As heurísticas são estratégias gerais que podem conduzir a decisões adequadas. O que ocorre é que nós, seres humanos, costumamos falhar em definir os limites dessas estratégias, fazendo com que nem sempre a melhor decisão seja escolhida.

A utilização de heurísticas pode ocasionar vieses, ou seja, uma tendência sistemática de violar alguma forma de racionalidade teoricamente predominante. O que acontece é que os vieses acabam distorcendo, ou pelo menos, limitando  a capacidade de tomarmos decisões racionais (Sternberg, 2008). Estes erros são fruto de uma resposta incompleta, que não permite que a decisão tomada seja ótima.

 

Decisões do Investidor na perspectiva de Finanças Comportamentais – Heurísticas e vieses.

 

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Finanças Comportamentais

Já se perguntou porque no dia a dia dos mercados financeiros os investidores cometem tantos erros acumulando  prejuízos? Além do mais, porque estes investidores desistem de investir em renda variável e tomar riscos? As heurísticas com seus vieses está relacionada.

Foi pensando nisso, que surgiu o campo das finanças comportamentais.

Esse campo se tornou famoso, ao estudar a mente humana na hora de tomar decisões arriscadas.

Segundo os pesquisadores, as atitudes que parecem ser racionais dos investidores envolvem uma série de “atalhos mentais”. Armadilhas conhecidas como tendências colocadas pelo cérebro que, inconscientemente, têm impacto na hora de escolher uma aplicação.

Esses atalhos levam o investidor a cometer erros sem que ele perceba. Os pesquisadores viram então que os investidores ignoravam os fatos estatísticos, e se apoiavam exclusivamente nos estereótipos culturais.

Este fato, demonstra nada mais do que os investidores, em sua maioria, são dotados de racionalidade limitada e estão sujeitos a emoções. Emoções estas que costumam atrapalhar suas decisões levando aos investidores ignorares as probabilidades.

Veja abaixo os principais vieses de finanças comportamentais:

 

1) Otimismo exagerado

Não é incomum achar alguém que acha que pode prever o futuro. Este tipo de investidor costuma acreditar que levou em consideração todos os riscos e está seguindo a tendência do mercado.

Este é o maior erro de todos, o que leva o investidor a comprar em alta e vender em baixa. Isso pode ser explicado melhor pelo termo efeito manada. O que justifica a ideia de que é melhor errar com o mercado do que acertar contra ele.

 

2) Aversão ao risco e perseverança

A “Aversão ao Risco” é um comportamento econômico característico dos investidores que não querem correr riscos.

Ocorre com aqueles investidores que preferem um lucro pequeno, mas seguro em detrimento de um lucro maior , mas menos provável.

Esses mesmos investidores muitas vezes demoram demais para perceber uma perda. Dessa forma, após diversos experimentos Kahneman conclui que a percepção de dano gerado pela perda é de 2,25 vezes maior do que a sensação de benefício produzido pelo ganho.

Por exemplo, se uma pessoa investir R$ 1.000,00  vai perceber o lucro com mais R$ 1.000,00. Porém só perceberá a perda a partir de R$ 2.250,00.

 

3) Efeito de Ancoragem e Ajuste

A ancoragem estabelece um ponto de referência (ancora ou base) relativamente arbitrário que vai influenciar as decisões ao longo do investimento. O investidor então forma sua base, em relação ao investimento inicial.

Este tipo de investidor, também faz apenas alguns ajustes mais tarde, o que influencia diretamente as expectativas para os próximos movimentos. Se a cotação cair, a tendência é de  considerar o papel barato, e vice e versa.

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4) Disponibilidade

Normalmente os investidores julgam a probabilidades da ocorrência de eventos principalmente negativos. Isso se dá com base em suas lembranças mais recentes, traçando sua decisão de acordo com sua memória.

É comum também que este tipo de investidor acredite que possui maior possibilidade da ocorrência de eventos negativos, o que não é necessariamente verdadeiro.

 

5) Efeito Representatividade

Basicamente o julgamento por estereótipos ou por modelos mentais de aproximação.

Muitos tomadores de decisão as realizam com base na similaridade de acontecimentos passados. Se um acontecimento histórico está saliente na sua memória ou parece representar uma situação atual, pode exercer uma influência maior que o desejável abrindo um leque de explicações.

 

6) Armadilha da Confirmação

Consiste em buscar informações que evitem conflito com aquilo que já se pensa.

As pessoas tendem a buscar informações que confirmem o que elas já pensam, e negam com aquilo com que elas discordam fazendo com que se obtenha respostas erradas.

Além disso, hierarquizam as suas contas sem considerar o patrimônio como um todo. O que não lhes oferece uma visão panorâmica do cenário e evidentemente, prejudica a otimização dos resultados..

 

Armadilhas psicológicas financeiras que você deve evitar – Heurísticas e vieses.

 

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Lições que o Investidor precisa entender

Determinação do valor desejado para consecução do próximo objetivo.

Saber quanto pode investir e o tempo precisa para executar o plano da Carteira  de investimento é fundamental justamente para que o investidor saiba qual é o tipo de risco pode correr  Nos casos em que o investimento inicial é baixo, e não sendo o crescimento com velocidade uma condição imprescindível é formar uma base para seu investimento.

 

Conhecimento do do mercado

Sem o laço afetivo, que muitas vezes enseja o investimento é importante se dedicar  a encontrar boas oportunidades de investimento e, justamente por isso, alguns gestores  possuem muita experiência na avaliação de empresas. Portanto é necessário  um preparo que os investidores tenham um amplo conhecimento sobre o mercado de atuação das empresas.

Para se ter um futuro mais tranquilo com a realização de sonhos por meio do planejamento financeiro e acumulação de patrimônio é indispensável pensar em investir. Porém, é necessário ter em mãos todas as informações necessárias e um bom preparo para tomar as melhores decisões. Se o objetivo é começar a investir dinheiro o quanto antes e ainda existem muitas dúvidas sobre qual caminho seguir, saiba que não está sozinho. É perfeitamente normal  ter dificuldades e incertezas no começo.

 

Conheça o mercado

O primeiro passo para maior solidez e assertividade é conhecer o mercado. Ao investir em ações, por exemplo, é fundamental estudar sobre o assunto, acompanhar o desempenho e, principalmente, os fundamentos das empresas nas quais se pretende investir.

 

Mantenha os pés no chão

Ter controle na hora de investir é fundamental, seja para quem está começando ou já costuma aplicar com mais frequência. Nos dias de hoje é muito comum encontrar investidores que acreditam que ficarão ricos da noite para o dia investindo na bolsa de valores, por exemplo. Essa expectativa é muito perigosa.

Não acredite em tudo e em todos!

É cada vez maior a quantidade de informações sobre finanças e investimentos disponíveis, em especial, na internet. Saiba, no entanto, que nem tudo o que se lê ou se ouve é, de fato, realidade. Procure filtrar tudo.

Conheça o perfil de investidor. Saber identificar um perfil conservador, moderado ou agressivo na hora de investir é fundamental para evitar decisões equivocadas quanto aos investimentos e dores de cabeça no futuro.

Planeja e conheça os objetivos Não esqueça que, para realizar os primeiros aportes e tomar toda e qualquer decisão de investimento ao longo da vida, é necessário planejamento, organização financeira e o conhecimento pleno de todos os objetivos e metas  financeiras.

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Marcelo Rabinovici

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