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Investidor Bipolar na Bolsa: Da euforia ao desespero

Investidor Bipolar na Bolsa: Da euforia ao desespero

 

Antes de começar nosso artigo da semana queria fazer um convite especial e algumas reflexões.

Você que está começando na bolsa ou é iniciante em investimentos, sabe responder algumas perguntas importantes. Você sabe montar uma carteira? Quando comprar? Quando vender? Você possui uma estratégia definida? Enfim queríamos fazer um convite para participar do Curso Primeiros Passos e aprender uma análise simples e consistente.

Vou deixar o link para você se inscrever no novo curso do Daniel Nigri.

Confira o Curso Primeiros Passos

 

Investidor Bipolar na Bolsa

A maioria dos investidores iniciantes entram no mercado depois de serem longamente tentados por um ciclo de alta e de notícias otimistas sobre as performances dos investimentos de renda variável. Depois de quebrada a resistência inicial esses investidores tomam posições visando o longo prazo e, na onda da euforia do mercado, logo veem excelentes resultados. Mas em seguida a euforia passa, o mercado vira, e muitos acabam não aguentando os prejuízos e encerram seus investimentos, tomando pavor da renda variável.

O iniciante quando decide investir no mercado pela primeira vez está à procura do “pulo do gato”, da Bolsa de Valores: Investidor com temperamento bipolar.

Embora não exista, os novatos tendem a acreditar no pulo do gato, perdidos diante de tantas possibilidades operam em vários mercados e em diferentes ativos, tentam aprender dezenas de teorias complexas, centenas de indicadores técnicos e setups “milagrosos”.

Neste processo ficam muito confusos e perplexos com a quantidade de informação. Quando uma oportunidade de operação aparece a dúvida e o medo tiram sua capacidade de decisão e fazem com que suas reações sejam emocionais e impulsivas. Perdem-se dentro do seu próprio caos pessoal e geralmente os resultados são negativos e caros, afetando seu psicológico, sua estima e seu patrimônio.

 

A expectativa é proporcional à decepção!

Muitos entram no mercado, atraídos por falsas promessas de enriquecimento rápido, métodos de análise milagrosos e estratégias garantidas. Compram por impulso achando que poderão perder uma oportunidade, mas o que acabam perdendo é dinheiro. Da mesma forma, vendem por desespero achando que poderão perder o pequeno lucro que obtiveram, deixando de aproveitar o grande movimento em longo prazo. A natureza desse tipo de investidor trabalha contra ele mesmo, o qual se mantém oscilando entre extremos de impulsividade e de medo.

De uma maneira geral estão despreparados para o que estão fazendo e inconscientes da realidade do mercado e dos riscos a que está expondo seu capital. Geralmente começam a estudar análise técnica, acreditando equivocadamente, que podem aprender a dominar um gráfico de preços e predizer a direção do mercado. Acreditam que fazendo isso irão acertar sempre e ficarão ricos rapidamente. Acabam se tornando arrogantes e prepotentes, fadados ao fracasso e a perderem dinheiro com o passar do tempo.

Investidores iniciantes tendem a aumentar posições perdedoras, a fazer preço médio no prejuízo, a liquidar rapidamente as posições com lucro e a segurar as posições com prejuízos. Limitam os lucros e deixam os prejuízos crescerem na esperança de que irão recuperá-los no futuro. O lucro por outro lado, por menor que seja é sempre bom, os deixa felizes, realizados e poderosos, dá-lhes um reforço positivo que junto com o medo os condicionam a realizarem rapidamente o lucro assim que suas operações começam a andar na direção certa.

Ganância e medo

Ganância

No dicionário, ganância significa “ambição desmedida”. É o sentimento de querer ganhar sempre mais. Em investimentos, a ganância está na esperança do ganho fácil em curtos intervalos de tempo.

Como o mercado explora a ganância

No mercado financeiro, a todo o momento somos assediados para investir nos ativos ou produtos que mais subiram. O próximo investimento da moda sempre vai bater à nossa porta e pedir para entrar, prometendo ganhos extraordinários.

Outro modelo comum pelo qual o mercado explora a ganância são os cursos que ensinam como “ficar rico” no mercado financeiro. Não é curioso esse tipo de oferta? Se alguém realmente soubesse como ficar rico no mercado financeiro, estaria perdendo tempo dando aulas sobre isso?

 

Medo

Entrar no mercado financeiro pelos motivos errados (como a própria ganância ou esperança de ganhos fáceis) é a garantia de que você sairá apavorado e com prejuízos. Irá comprar caro e vender barato: a fórmula ideal para a ruína de qualquer patrimônio!

Como o mercado explora o medo

Quando movidos pelo medo, abrimos nossos olhos e ouvidos a qualquer tipo de oferta que, de alguma maneira, acolha o pânico do “monstro desconhecido e perigoso” em que o mercado se transforma à nossa vista. Uma visão distorcida, que em nada ajuda no processo de educação financeira. Não raro, o sensacionalismo é um recurso para estimular o medo, fazendo a comunicação do mercado muitas vezes se assemelhar a programas de notícias escrachados, num processo que um de nossos clientes chamou de “datenização” do noticiário financeiro.

Quase sempre, o investidor que se deixa influenciar pela ganância e pelo medo entra em um círculo vicioso: quando o mercado está bom, compra mais; quando está ruim, vende tudo. Incomodado com a perda, tem receios de investir… até que o mercado volte a ficar bom e ele se sinta encorajado. Então, ele compra ativos na alta – aquele momento que antecede a próxima baixa… Percebe o erro? Como evitar que a ganância e o medo tomem decisões por você?

 

Bipolaridade do Mercado

O investimento em renda variável é assim mesmo, o mercado é literalmente bipolar e seu humor oscila entre bons e maus momentos, o que não é justificativa para não participar da Bolsa, muito pelo contrário.

Esses momentos de queda (depressão) representam boas oportunidades para começar lentamente a montar uma carteira de ações, pois é certo que a bipolaridade é eterna, não tem cura, com isso, mais cedo ou mais tarde a euforia vai voltar e os preços terão uma nova tendência de alta.

O que confunde muito os investidores é que alguns analistas ficam tentando descobrir quando isso vai acontecer, como se isso fosse um elemento fundamental para o investimento. É como se um Médico ficasse monitorando o paciente diariamente para descobrir o momento exato que ele vai alterar o seu humor.

Para nós, assim como para os médicos, essa pergunta não tem resposta e é uma grande perda de tempo tentar encontrar o momento exato que o mercado vai virar. O que o investidor deve fazer então?

Primeiro, saber poupar. Segundo, investir aos poucos, mas sempre, ter regularidade. Fazer novas aplicações, independente do estado do mercado. É assim que um bom médico faz, ele acompanha o paciente bipolar com atenção, monitora o seu medicamento e mantém conversas regulares, com o objetivo de aumentar seu conhecimento para com isso, direcionar melhor suas orientações.

O que o investidor não deve fazer? Se contagiar com a bipolaridade do mercado e procurar ganhos rápidos altos e sem trabalho, ou abandonar o mesmo em momento de depressão.

Desempenho

Para o investidor que já tem seu capital investido em Bolsa, está vendo seu patrimônio diminuir e está se contagiando com a depressão do mercado. É hora de conhecer melhor a Bolsa. Vale lembrar que nesse ano, apesar do desempenho negativo do Ibovespa, temos ações de boas empresas que tiveram um desempenho extraordinário (ver tabela). Ou seja, movimentar a carteira em busca de encontrar as melhores oportunidades é muito importante. Nada precisa ser feito com pressa e ansiedade, mas com disciplina, conhecimento e determinação. Esse é o segredo de sucesso na Bolsa de Valores.

 

O apostador

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Na bolsa de valores, costuma ganhar mais dinheiro quem possui mais informação e tem experiência ou competência para tomar decisões de acordo com o cenário que se apresenta. Na hora em que o pânico toma conta das pessoas, ganha quem corre primeiro, e vice-versa. É por esse motivo que especialistas só recomendam a bolsa para pessoas físicas e leigos, quando o horizonte de investimentos é a longuíssimo prazo. Se você ainda acha que a bolsa pode ser cassino, aqui vai um alerta: ir para Las Vegas pode implicar em perdas menores, além de ser bem mais divertido.

 

Senhor Mercado – Seu sócio com transtorno bipolar

Benjamin Graham, o mentor de Warren Buffett, criou uma parábola sobre o mercado de capitais. Ele disse que o Sr. Mercado, Senhor Mercado ou Mr. Market é seu sócio, e este aparece diariamente e escolhe um preço qual vai comprar suas ações e o preço que ele vai vender as ações deles.

 

Sr. Mercado

O Sr. Mercado tem transtorno bipolar e as vezes se sente eufórico e só consegue ver coisas boas a frente e nenhum fator negativo que pode afetar os negócios, então, faz compra/venda a qualquer preço altíssimo. Nesses momentos, tem que tomar cuidado com para não comprar participações com preços altos demais e você deve aproveitar a euforia dele para vender a sua participação a ele. Outras vezes ele fica depressivo e só enxerga dificuldades pela frente, nesses momentos compra/vende a qualquer preço baixo e é neste momento que você se aproveita para comprar as participações dele.

Diferente de muitas pessoas, o Sr. Mercado, não se importa ao ser ignorado. Então, se os preços que ele oferecer hoje for desinteressante, ele sempre voltará amanhã. O Sr. Mercado está lá para servi-lo e não para guiá-lo, então você deve ter controle e não ser levado pela euforia e a depressão, junto com ele. Você deve assumir o controle de suas próprias emoções, com base no que estudou e tomar as rédeas da situação.

 

Graham

Graham disse que a principal causa do fracasso dos investidores é que eles prestam muita atenção no que o mercado está fazendo no momento e Buffett aconselha: “Seja ganancioso quando os outros estão com medo e tenha medo quando os outros estão gananciosos”. Historicamente não seguir a massa tem sido uma alternativa inteligente.

Mas se você não tem certeza que pode avaliar o negócio melhor do que o Sr. Mercado é melhor não negociar com ele!

 

Como se beneficiar do comportamento bipolar do mercado?

Blindado com uma estratégia desenvolvida de você para o mercado – e não empurrada do mercado para você – será muito mais fácil lidar com suas emoções.

Sabe aquelas pessoas de lua? Aquelas que num dia são as mais felizes e simpáticas da face da terra, mas no dia seguinte são as mais tristes e rabugentas? Pois é, o mercado financeiro é pior que isso.

O tal humor do mercado às vezes passa do céu para o inferno não de um dia para o outro, mas de uma hora para outra. Assim, o bom humor da manhã, levando suas ações a obter forte valorização pode dar lugar ao mau humor pela tarde, fazendo com que os lucros de até então transformem-se em prejuízos.

 

A postura ideal para um investidor diante desse cenário seria:

  • Em momentos maníaco-depressivos: Mantenha-se afastado, só observando. Quando perceber que aquele surto neurótico está chegando ao fim, aproveite para comprar as pechinchas que estarão disponíveis a preços muito baixos, afina, o mau humor e pessimismo do mercado fez com que o valor das ações se depreciassem consideravelmente, gerando boas oportunidades para quem vislumbra um horizonte temporal mais longo;
  • Em momentos de grande euforia: Momentos como esses, em que a Bolsa de Valores bate sucessivos recordes e o preço das ações vai para as alturas, são ideias para o investidor que comprou suas ações no momento de “mau humor” do mercado. Agora pode ser uma boa hora para vender seus papéis e embolsar parte do lucro obtido, enquanto você espera pela próxima oportunidade.

O mercado financeiro altera seu humor com uma frequência assustadora! Em ambos os casos, o segredo para uma relação bem-sucedida reside em agir de acordo com o momento, sempre com sangue frio e atenção ao que interessa: sua própria sanidade mental (e seu bolso).

 

Sabe aquelas pessoas de lua?

Aquelas que num dia são as mais felizes e simpáticas da face da terra e no dia seguinte são as mais tristes e rabugentas? Pois é, o Mercado Financeiro é pior. O humor do mercado às vezes passa do céu para o inferno não de um dia para o outro, mas de uma hora para outra. Assim, o bom humor da manhã, levando suas ações a obter forte valorização, pode dar lugar ao mau humor pela tarde, fazendo com que os lucros de até então, transformem-se em prejuízos!

Se você já investe há algum tempo, sabe bem do que estou falando. A grande questão a ser respondida é: Como você, enquanto investidor pode se aproveitar desse comportamento bipolar do mercado? Como fazer para turbinar seus rendimentos a partir desse viés temperamental do Mercado Financeiro?

Se você tem uma namorada ou namorado temperamental, você já sabe o que fazer. Aja da mesma forma que age com ele (a). Você certamente não aprecia muito a variação de humor da pessoa amada, mas simplesmente entende que ela é assim e aprendeu a conviver com isso. Você gostaria que ela fosse uma pessoa constante, mas ela não é e ponto final. A essa altura do campeonato, você já deve saber que não adianta discutir, bater de frente, nem nada disso. O melhor a fazer é aceitar esse comportamento e manter uma distância segura em dias “difíceis” e aproveitar ao máximo os dias “de alegria”.

Você pode não saber, mas aquela pessoa “complicada” lhe deu uma importante lição sobre como agir diante do Mercado Financeiro. Perto dele, a sua namorada vai parecer a pessoa mais normal do mundo.

 

Vamos ao que interessa.

A postura ideal para um investidor diante desse cenário seria:

Em momentos maníaco-depressivos: Manter-se afastado. Só observando. Quando perceber que aquele surto neurótico está chegando ao fim, aproveitar e comprar as pechinchas que estarão disponíveis a preços muito baixos, afinal, o mau humor e pessimismo do mercado fez com que o valor das ações se depreciassem consideravelmente, gerando boas oportunidades para quem vislumbra um horizonte temporal mais longo.

Em momentos de grande euforia: Momentos como esses, em que a Bolsa de Valores bate sucessivos recordes e o preço das ações vai para as alturas, são ideais para o investidor que comprou suas ações no momento de “mau humor” do mercado. Agora, pode ser uma boa hora para vender seus papéis e embolsar parte do lucro obtido, enquanto você espera pela próxima oportunidade!

Uma coisa é certa, assim como as namoradas temperamentais, o Mercado Financeiro altera seu humor com uma frequência assustadora! Em ambos os casos, o segredo para uma relação bem-sucedida reside em agir de acordo com o momento!

 

Tolerância na Bolsa de Valores

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Conhecer nossa tolerância ao risco é fundamental para traçarmos uma estratégia em longo prazo. A nossa tolerância ao risco expressa a quantidade de volatilidade que conseguimos tolerar.

Você conseguiria ver seu portfólio tendo uma rentabilidade negativa de -10% em um ano? E se a rentabilidade fosse de -30%? -50%? Conhecer nossos limites é muito importante, porém a mensuração de nossa tolerância ao risco é muito relativa.

Quem nunca conheceu um Bear Market pode desenvolver uma tolerância ao risco bem abaixo da sua tolerância real, pois em Bear Markets severos é que nossa tolerância é testada de verdade, já que temos contato com uma grande volatilidade a qual não estávamos acostumados anteriormente.

Quantas pessoas você conhece que antes da crise de 2008 acreditavam que a Bolsa os deixaria ricos, oferecendo retorno de 5% ao mês? Certamente esse pessoal alocou grande parte de seu portfólio em ações e quando a crise veio perceberam que estavam bem acima de sua tolerância ao risco.

 

Risco

Determinar o risco mais apropriado para você não é uma tarefa fácil. A tolerância a perdas varia de pessoa para pessoa e depende dos objetivos, renda, situação financeira pessoal entre outros fatores.

Existem excelentes materiais no nosso canal para aprender investir de maneira eficiente. É natural muitas dúvidas afetarem quem está entrando agora no mercado de investimentos. Para alcançar o sucesso, uma excelente maneira de crescer é aproveitando o conteúdo do nosso canal.

Um dos primeiros passos para entrar no mercado de investimentos é traçar seu perfil e sua tolerância a riscos, isso vai te deixar mais tranquilo. Também é preciso que você estude e conheça a Bolsa de Valores, a fim de, encontrar o tipo de empresa você quer investir.

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