Negócio próprio: como se planejar?

Negócio próprio: como se planejar?

Segue abaixo algumas informações que você precisa saber antes de começar a planejar seu próprio negócio.

Os dados de desemprego têm melhorado. Apesar de ainda não estarem avançando na velocidade que gostaríamos, de janeiro a outubro, foram criadas mais de 840 mil vagas de empregos formais.

Esse dado reflete o aumento da confiança dos empresários na economia, uma vez que, se vagas são criadas, entendemos que o consumo aumentou e que há um horizonte positivo pela frente.

Entretanto, também sabemos que o número de desempregados ainda é grande, atingindo cerca de 12 milhões de pessoas.

Nesse cenário, o empreendedorismo por necessidade tem sido uma realidade. Já são mais de 24 milhões de pessoas trabalhando por conta própria e, desses, cerca de 20 milhões estão no mercado informal.

O problema é que, na maioria dos casos, as pessoas empreendem, seja pelo motivo que for, sem ter um mínimo de planejamento.

Eu sou adepto do empreendedorismo bem feito, então resolvi trazer aqui algumas dicas de como você pode se planejar para ter o seu próprio negócio.

 

1) Escolha o negócio

Muita gente acaba não empreendendo por achar que não é bom em nada. Isso não é verdade.

Ao longo da vida nós acumulamos conhecimentos em muitas áreas e fazemos determinadas coisas de uma forma própria.

Uma dica para escolher um negócio é encontrar alguma área ou assunto que você goste, pois naturalmente você vai se dedicar àquilo.

Pense em como você pode resolver o problema das pessoas nessa área e descubra se há muitas pessoas precisando da sua solução.

Em seguida, pense nos recursos que você precisa para desempenhar nessa área e quais deles você já tem.

Para o que faltar, você vai precisar de ajuda. Liste as pessoas que podem te ajudar e auxiliar no processo.

 

2) Conheça as entradas e saídas

Falando primeiro das saídas, a maioria dos negócios têm um custo inicial, ou seja, algum investimento que você terá de fazer antes mesmo de começar a ter receitas.

Você deve analisar se terá de investir em equipamento, matéria prima, funcionários, aluguel etc.

Você deve embutir todos os seus custos para confecção do produto no preço dele.

Parece óbvio, mas eu já vi empreendedores ignorarem completamente alguns custos somente porque trabalham de casa com equipamento próprio.

 

Exemplo

Vamos dar um exemplo de alguém que vá fazer bolos para vender. Normalmente, essa pessoa só leva em consideração os custos com os ingredientes na hora de precificar seu produto, mas isso é um erro.

E os custos com energia elétrica, gás, horas trabalhadas, manutenção e depreciação do fogão?

Além de ignorar esses custos, geralmente essa pessoa simplesmente coloca o preço como o dobro do custo, sem fazer nenhum tipo de conta de margem, e acha que a margem é 100%.

Quando coloca efetivamente todos os custos no papel, percebe que a margem real é muito menor, e as vezes é até negativa, ou seja, tem prejuízo.

 

Fique de olho

Agora, falando das entradas, temos outra armadilha. Dessa vez, ligada ao orçamento pessoal do empreendedor.

Vamos voltar a esse exemplo acima. Suponha que cada bolo seja vendido por R$ 20 e custe R$ 10 para ser produzido (já incluindo todos os custos corretamente).

Suponha também que o custo de vida desse empreendedor seja de R$ 2.000 mensais.

Essa pessoa pode, de maneira errada, achar que ela só precisa vender 100 bolos por mês para que consiga pagar pelo seu custo de vida, afinal, 100 x R$ 20 = R$ 2.000.

No entanto, sabemos que o lucro dela é de somente R$ 10 por bolo. Sendo assim, para manter seu estilo de vida pessoal ela precisaria vender pelo menos 200 bolos.

Na verdade, até mais, pois ela terá de pagar imposto na pessoa jurídica.

 

3) Separe as contas

Uma outra armadilha ainda, em linha com a anterior, é misturar as contas pessoa física e pessoa jurídica.

Nesse caso, muitas vezes o empreendedor acha que o dinheiro da empresa é o dinheiro dele.

O resultado é que a empresa pode sofrer financeiramente, podendo chegar à falência.

É muito importante que você tenha em mente não mexer no capital da empresa no início da operação.

Use-o somente na própria empresa, seja contratando funcionários, investindo em melhorias etc. Isso, com certeza, irá diminuir os riscos de problemas no negócio.

 

4) Calcule o capital de giro

Independente do tamanho da empresa, é necessário calcular o capital de giro.

Cada empresa tem um tempo e um valor necessários entre o custo e a receita. Voltando ao exemplo do bolo. Primeiro você compra os ingredientes, depois faz o bolo, depois vende e recebe.

Repare que isso tudo não acontece ao mesmo tempo. Há uma sequência e, portanto, um tempo para fechar o ciclo.

O dinheiro necessário para sustentar a empresa entre o custo e a receita é o chamado capital de giro.

 

Comece a Planejar seu próprio negócio

Essas contas todas podem ser complicadas para o iniciante e, por isso, é importante se apoiar em quem tem mais experiência.

Há diversos conteúdos online gratuitos para aprender sobre esse assunto, incluindo o SEBRAE. Vale a pena procurar.

Como você pode ver, empreender não é fácil nem simples, mas com esses passos você já consegue ter um norte para tomar melhores decisões.

 

Conte-nos sua experiência. Você já empreende? Gostaria de começar?

 

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Lucas Mauricio

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