Nos últimos 10 anos, o desempenho do Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) apresenta uma realidade difícil de ignorar: retornos modestos em comparação com outras opções de investimento, aliados a uma volatilidade que levanta questionamentos.
Embora muitos investidores olhem para fundos imobiliários como uma alternativa sólida para geração de renda, quando avaliamos os números, o cenário é bem menos favorável do que se poderia esperar para aqueles que estão na fase de acumulação.
Desde 2014, o IFIX acumulou uma valorização de 128,24%, enquanto o CDI, um dos principais benchmarks da renda fixa no Brasil, entregou 141,96%. Esse retorno equivale a pouco mais de IPCA+2,5% e pouco menos que 95% do CDI, algo facilmente alcançável com os títulos mais líquidos e seguros da renda fixa.
Se o retorno por si só já é decepcionante, o quadro piora ainda mais quando consideramos a volatilidade do IFIX. Diferente dos títulos de renda fixa, que oferecem previsibilidade e estabilidade (exceto prefixados e atrelados à inflação), os fundos imobiliários são altamente sensíveis ao humor do mercado e às mudanças na política monetária.
É importante lembrar que os fundos imobiliários são, por natureza, produtos voltados à geração de renda, ou seja, costumam ser mais adequados para investidores que já estão na fase de usufruir de seus rendimentos passivos.
No entanto, para quem ainda está no processo de acumulação, buscando otimizar a relação entre risco e retorno, os números falam por si: o IFIX ficou para trás. Antes de ceder à tentação de investir pela renda passiva imediata, é prudente considerar se esse retorno vale o risco — principalmente quando existem alternativas mais previsíveis e rentáveis no mercado.
Grande abraço,
João Pedro Mello
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