Resultados de AES Tietê do 4T18

Resultados de AES Tietê do 4T18

AES Tietê (código Bovespa: TIET3, TIET4 e TIET11)

RESUMÃO – Resultados 4T18:

(Data de divulgação: 26/Fevereiro/2019)

(Dados retirados do site de RI)

 

– Estratégia da Empresa:

A AES Tietê Energia dedica seus esforços e trabalha para se tornar uma plataforma diversificada de geração renovável, diferenciando-se por sua excelência como gestora de ativos e pela presença global do grupo AES.

A meta da empresa é crescer sua capacidade de geração, diversificando seu portfólio com fontes sem risco hidrológico e contratos regulados de longo prazo.

A AES Tietê Energia segue com três frentes de atuação:

1) Foco no crescimento: através de busca de ativos rentáveis;

2) Estratégia comercial: com foco na otimização da margem comercial do portfólio integrado da empresa;

 

3)Excelência operacional: garantir e incrementar a eficiência nas suas operações. Os investimentos em inovação também continuam sendo foco da empresa, que busca constantemente as melhores práticas, seja por meio de desenvolvimento interno ou programas de aceleração de startups.  

 

 

– Composição Acionária:

aes-tiet-resultados-4t18-01

 

 

– Destaques Operacionais e Financeiros:

 – Fonte HÍDRICA:

O portfólio hidráulico da empresa é composto por nove usinas hidráulicas (“UHEs”) e três pequenas centrais hidrelétricas (“PCHs”). As concessões das UHEs e da PCH Mogi-Guaçu têm concessão até 2029 e as PCHs São José e São Joaquim possuem autorização para operarem até o ano de 2032.

O volume total de energia gerada pelas usinas hidráulicas atingiu 2.408,4 GWh no 4T18 praticamente em linha com o montante averiguado no 4T17(2.434,4 GWh). Este resultado foi reflexo de maior geração (22,0%) das usinas alocadas na bacia do Rio Tietê na comparação entre os períodos por conta da melhora da afluência, e foi compensado pela menor geração (17,1%) das usinas alocadas na bacia do Rio Grande. Em 2018, o volume total de energia gerada pelas usinas hidráulicas foi de 9.029,5 GWh, uma queda de 19,8% quando comparado com 2017 (11.259,6 GWh).  

– Fonte EÓLICA:

Em 03/agosto/2017, a AES Tietê Energia concluiu a aquisição do Complexo Eólico Alto Sertão II, localizado no Estado da Bahia, com capacidade instalada de 386 MW e energia contratada por 20 anos, cujos contratos expiram em 2033 e 2035, respectivamente. Os parques possuem licença de operação de 35 anos e garantia física de 193 MWm.

Em 2018 a empresa teve uma contribuição integral deste ativo.  

Para os parques localizados na região Nordeste, a curva de sazonalidade de vento é mais forte principalmente no segundo e terceiro trimestres.

Esse efeito é refletido diretamente na receita dos parques. A velocidade dos ventos no 4T18 foi menor 6,3% do que no 4T17 e 6,8% menor do que a média dos últimos 5 anos para o mesmo período.

A geração bruta do complexo eólico Alto Sertão II foi 4,6% inferior no 4T18quando comparada ao 4T17 (353,2 GWh no 4T18 vs. 370,3 GWh no 4T17). Em 2018, a geração ficou estável quando comparada com 2017, mesmo com uma menor média de vento (8,1 m/s em 2018 vs. 8,9 m/s em 2017). O complexo manteve seu patamar de geração devido ao incremento da disponibilidade das máquinas no período.

 

 

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– Fonte SOLAR:

Em 3/setembro/2018, a AES Tietê Energia concluiu a aquisição do Complexo Solar Guaimbê, com energia contratada por 20 anos, capacidade instalada de 150 MW e garantia física de 30 MWm.

A planta solar que possui licença de operação de 35 anos, já se encontra em operação e passou a contribuir para o resultado a partir de setembro de 2018.Em 2017, por meio da aquisição da Planta Solar Boa Hora (“Fase 1”) e comercialização da Planta AGV Solar (“Fase 2”) em leilão, a AES Tietê Energia adicionou o Complexo Solar Ouroeste ao seu portfólio de ativos, com previsão para início de operação comercial completo em 2019. aes-tiet-resultados-4t18-02   Outro marco importante atingido no ano de 2018 foi o acordo de expansão firmado com o Estado de São Paulo, que teve como peça chave a aquisição de aproximadamente 300 MW solares que compõem o portfólio da empresa. Com isso, cerca de 80% desse compromisso foi endereçado e o saldo remanescente poderá ser concluído em até 6 anos e assim, não haverá penalidade por atraso.  

 

– Destaques Financeiros:

 

 

– Receita e Margem Líquida:

Em 2018, a receita operacional líquida atingiu R$ 1.923,5 milhões, valor 11,3% superior ao reportado em 2017 (R$ 1.728,1 milhões). A margem operacional líquidano período foi de R$ 1.336,4 milhões, 20,3% superior à registrada em 2017 (R$ 1.111,2 milhões). aes-tiet-resultados-4t18-04    

– Despesas Operacionais:

Em 2018, as despesas operacionais (excluindo depreciação e amortização) totalizaram R$ 329,6 milhões, crescimento de 17,6% quando comparadas com 2017 (R$ 280,2 milhões).  

– Ebitda:

Em 2018, o Ebitda consolidado registrado foi de R$ 1.006,8 milhões, valor 21,2% superior ao resultado de 2017 (R$ 831,0 milhões). Esse resultado se deve principalmente ao crescimento do portfólio de ativos renováveis, que contribuíram com R$ 117,3 milhões para o incremento do resultado. Além disso, o incremento no resultado apresentado se deve a estratégia de sazonalização para o período, aliada ao efeito positivo proveniente da estratégia de comercialização de energia, onde a empresa pôde se beneficiar de oportunidades de mercado para reduzir ainda mais o efeito do risco hidrológico em seu Ebitda. aes-tiet-resultados-4t18-05    

– Resultado Financeiro:

O resultado financeiro da AES Tietê Energia foi negativo em R$ 315,1 milhões em 2018, comparado com uma despesa de R$ 203,8 milhões em 2017. Em 2018, as receitas financeiras totalizaram R$ 106,8 milhões, aumento de 16,8% quando comparado a 2017 (R$ 91,4 milhões). Essa variação é explicada principalmente pelo maior saldo das aplicações financeiras, considerando o saldo ativo da liminar do GSF, que apresentaram rentabilidade maior em R$ 7,3 milhões entre os períodos. Em 2018, as despesas e variações cambiais totalizaram R$ 421,9 milhões, valor 42,9% superior aos R$ 295,3 milhões de 2017. Tal variação é explicada principalmente por: 1) aumento de R$ 96,1 milhões devido ao maior volume de dívida; 2) aumento da despesa relacionada à atualização monetária do valor provisionado referente ao rebaixamento (GSF) e 3) impacto positivo da marcação à mercado relacionada à operação de hedge realizada para compra de equipamentos de geração solar para os parques em construção, no valor de R$ 19,9 milhões. aes-tiet-resultados-4t18-06    

– Lucro Líquido:

Em 2018, a AES Tietê Energia apurou um lucro líquido consolidado de R$ 288,0 milhões, resultado 3,5% inferior em relação a 2017 (R$ 298,3 milhões). aes-tiet-resultados-4t18-07  

 

– Endividamento:

A dívida bruta consolidada da AES Tietê Energia encerrou 2018 em R$ 4.127,9 milhões, 14,9% superior à posição da dívida bruta em 31 de dezembro de 2017 (R$ 3.589,6 milhões). As disponibilidades somavam R$ 1.034,0 milhões, montante inferior ao valor registrado no mesmo período de 2017 (R$ 1.204,5 milhões).Desta forma, a dívida líquida consolidada em 2018 era de R$ 3.094,0 milhões, montante superior em relação à posição em 2017 (R$ 2.385,1 milhões).O índice de alavancagem (Dívida Líquida / Ebitda Ajustado) encerrou o quarto trimestre em 2,99x. aes-tiet-resultados-4t18-08    

 

– Investimentos:

Em 2018, os investimentos somaram R$ 437,2 milhões, valor 342,1% maior que o montante investido em 2017 (R$ 98,9 milhões). Deste total temos como destaques: R$ 365,1 milhões para novos projetos, sendo 76,9% deste valor (R$ 280,6 milhões) destinados à construção da Fase 1 do Complexo Solar Ouroeste e R$ 56,4 milhões destinados à manutenção e modernização dos seus ativos, sendo R$ 47,6 milhões às usinas de Água Vermelha e Ibitinga. Como plano de investimento, a empresa prevê investir aproximadamente R$ 662,1 milhões no período de 2019 até 2023, destinados à modernização e manutenção de seus ativos em operação e à expansão, principalmente para finalização da construção de seus parques solares.    

 

Conclusão sobre os resultados de AES Tietê do 4T18:

Para analisarmos bem a AES Tiete precisamos voltar alguns anos no tempo. Até 2015, a companhia não tinha tanta necessidade de se preocupar com a eficiência na geração de energia, visto que possuía um contrato bastante vantajoso de venda de sua energia ainda 100% hidrelétrica na época para a AES Eletropaulo. Isto fazia com que TIET11 fosse um dos ativos mais previsíveis daquela época. No mesmo período tivemos um ano de poucas chuvas, de reservatórios em limites próximos ao mínimo em São Paulo, e de GSF bastante baixos. Esse risco hidrológico trouxe problemas nos resultados da empresa que podem ser vistos abaixo. aes-tiet-resultados-4t18-10 Imagem retirada do Pense Rico em parceria com o site da Área de Membros Dica de Hoje. Clicar em Menu e Dados de Empresas.  

Estratégia

Este problema levou a companhia a modificar a sua proposta de geração de energia. A partir daquele ano a companhia criou uma estratégia de gerar metade do Ebitda até 2020/2021 proveniente de outros tipos de energia renováveis que não seja de origem hidráulica. Assim a companhia iria mitigar o risco de futuras estiagens. Desde então a companhia tem investido bastante em geração de energia eólica e solar. A energia eólica possui uma característica interessante e que “casa” bem com a estratégia hidráulica. Normalmente os períodos de menor incidência de chuvas no Brasil, são os meses de outono-inverno, ou seja, o 2T e o 3T. Já a sazonalidade dos ventos é exatamente o oposto. Os ventos mais fortes (de maior velocidade) costumam ocorrer exatamente neste período. Isto significa que essa correlação inversa entre as duas formas de geração de energia, faz com que uma mitigue o risco da outra, o que será saudável para a companhia no longo prazo. Como podemos ver na imagem abaixo, ainda existe um grande investimento a se fazer para que o Ebitda das fontes eólica e solar fiquem próximas ao Ebitda da Hidráulica. aes-tiet-resultados-4t18-11  

Fonte aeólica e solar

A Fonte eólica e solar geraram um acréscimo de R$ 222 milhões de Ebitda em 2018, enquanto o Ebitda total foi de R$ 1,006 bilhão. Isto é, se o Ebitda hidráulico se mantiver em R$ 780 milhões, será necessário um acréscimo em 3,5x do Ebitda de eólico e solar. Isso demandará investimentos e investimentos geram dívidas. Vamos ver as projeções de investimentos – CAPEX da companhia para os próximos anos e quero que percebam como está muito concentrada em 2019. Ou seja, passando 2019, parece que o “céu de AES Tiete fica mais claro”. aes-tiet-resultados-4t18-12   Esta expansão irá gerar um endividamento maior ainda para TIET11, e caso não seja possível captar os recursos via dívida, por causa das regras dos covenants, a Companhia precisaria emitir novas ações. Mas estes cálculos, iremos avaliar no arquivo fechado para Membros Gold, e no final faremos o cálculo de preço justo, ajustado inclusive ao risco de não continuação dos contratos hidráulicos e eólicos após 2029, 2032, 2033 e 2035. Já vimos como o fim do contrato com a AES Eletropaulo atrapalhou a companhia, né? Para ter mais informações do material que existe na Área de Membros, clique aqui e se cadastre como Membro Bronze gratuitamente no pop-up que vai abrir. E se você quiser dar um passo a adiante e tornar-se membro Gold, veja as informações abaixo  

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Membro Bronze Carteira Z Membro Gold
Carteira PEG  Não Sim Sim
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Dados de empresa Sim Sim Sim
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Abraços e Bons Investimentos!

Daniel Nigri (analista CNPI)

Com a ajuda de Leo Bittencourt

 

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