Resultados de Vale – 1T18

 

VALE (códigos Bovespa: VALE3)

RESUMÃO – Resultados 1T18:

(Data de divulgação: 25 de Abril/2018)

(Dados retirados do site de RI)

Pontos POSITIVOS:

-Desempenho operacional:
A flexibilidade da cadeia de valor da Vale levou ao recorde de volumes de vendas de minério de ferro e pelotas para um primeiro trimestre, apesar do desafio de uma menor produção sazonal,totalizando 83,9 Mt no 1T18, ficando 7,7 Mt acima do 1T17.

 

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– EBITDA ajustado:
O EBITDA ajustado ficou em linha com o 4T17, totalizando R$ 12,9 bilhões no 1T18, principalmente em função dos maiores preços realizados e da ativa gestão do portfólio, que impactaram positivamente o EBITDA (R$ 1,7 bilhões).

-EBITDA ajustado do segmento de Minerais Ferrosos totalizou US$ 3,408 bilhões no 1T18, que se beneficiou da maior qualidade dos produtos e de maiores prêmios, que impulsionaram o maior preço realizado da Vale (aumento da participação dos produtos premium no total de vendas).

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– EBITDA ajustado do segmento de Metais Básicos foi de US$ 644 milhões no 1T18, devido, principalmente, aos maiores preços realizados de níquel, reflexos do foco da Vale em produtos de níquel com margens maiores e da otimização das linhas de produção, além, do aumento geral do preço de referência do níquel na LME.

– EBITDA ajustado do segmento de Carvão foi de US$ 104 milhões no 1T18, ficando US$ 30 milhões acima do registrado no 4T17, devido, principalmente, aos maiores preços realizados de vendas.

– Resultado financeiro:
O resultado financeiro líquido registrou uma perda de R$ 2,1 bilhões no 1T18 contra uma perda de R$ 4,2 bilhões no 4T17, principalmente por menores efeitos de variação cambial e monetária. Os principais componentes do resultado financeiro líquido foram: as despesas financeiras de R$ 2,1 bilhões, os ganhos com derivativos de R$ 285 milhões, sendo R$ 326 milhões o ganho com derivativos de moeda; perda com variações monetárias e cambiais de R$ 628 milhões.

– Fluxo de caixa livre:
A Vale teve uma forte geração de caixa operacional no 1T18, que, somada aos recursos da venda dos ativos de fertilizantes e ao Project Finance de Moçambique, suportou o aumento do fluxo de caixa em relação ao 4T17, totalizando US$ 5,015 bilhões, a melhor performance desde 1T11, o que permitiu uma redução substancial da dívida líquida de US$ 3,2 bilhões no trimestre.

– Endividamento:
A dívida líquida diminuiu substancialmente para US$ 14,9 bilhões em 31 de março de 2018, uma redução de US$ 3,2 bilhões em relação à posição de US$ 18,1 bilhões registrada em 31 de dezembro de 2017. É importante destacarmos que esta redução significativa do endividamento foi obtida mesmo com o pagamento de remuneração ao acionista de US$ 1,4 bilhão em 15 de março de 2018.

A alavancagem, medida pela relação da Dívida líquida/LTM EBITDA ajustado, diminuiu para 1,0x em 31 de março de 2018 em comparação com 1,2x em 31 de dezembro de 2017 e 2,1x em 31 de dezembro de 2016.

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– Investimentos:
Os investimentos(CAPEX) atingiram o menor nível para um primeiro trimestre desde 2005, totalizando US$ 890 milhões no 1T18, sendo compostos por US$ 361 milhões em execução de projetos e US$ 529 milhões na manutenção das operações, seguindo a tendência de ficar abaixo de US$ 1 bilhão trimestralmente, e reforçando o guidance da Vale para o CAPEX de US$ 3,8 bilhões em 2018.

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Pontos NEGATIVOS:

– Produção de minério de ferro:

A produção trimestral de minério de ferro atingiu 82,0 Mt no 1T18, ficando 4,2 Mt e 11,4 Mt abaixo do 1T17 e 4T17, respectivamente, devido principalmente à decisão da gestão do 2T17 de reduzir a produção de minério de baixa qualidade, reforçando o posicionamento da Vale como produtor premium e resultando na maior realização de preços e melhor margem desde o 1T17. O período de chuvas mais intenso também impactou a produção do 1T18. Em compensação, como resultado de uma produção premium e flexível, o teor médio de Fe atingiu 64,4% no 1T18, superando os 63,9% do 1T17 e os 64,3% do 4T17, de longe o melhor resultado entre os concorrentes.

Apesar do total de produção ter sido menor, é importante destacarmos que a produção do Sistema Norte (Carajás e S11D), foi impulsionada pelo bem sucedido ramp-up do S11D e atingiu a maior produção de minério de ferro para um primeiro trimestre em 40,6 Mt no 1T18, ficando 12,9% maior do que no 1T17.

– Receita líquida:
A receita líquida totalizou R$ 27,9 bilhões no 1T18, o que significa uma redução de R$ 1,9 bilhão em comparação com o 4T17, principalmente devido aos menores volumes de venda (R$ 3,5 bilhões), que foram parcialmente compensados pelos maiores preços de vendas (R$ 1,7 bilhão).

– Custos e despesas:
Os custos e despesas totalizaram R$ 15,3 bilhões no 1T18, o que representou uma redução de R$ 1,9 bilhão em relação ao 4T17, no entanto, esta redução foi devido aos menores volumes de venda. Se excluirmos este efeito dos menores volumes, os custos aumentaram R$ 398 milhões no 1T18, devido, principalmente aos maiores custos resultantes dos maiores preços de commodities, como royalties e arrendamento e, de outros fatores, tais como o impacto negativo da variação cambial no CPV e maiores custos de combustível.

– Lucro líquido:
No 1T18, o lucro líquido totalizou R$ 5,1 bilhões no 1T18 contra um lucro líquido de R$ 7,8 bilhões no 1T17, o que representou uma redução de -35,22%. No entanto, em relação ao 4T17, a variação foi positiva em 101,82%. Este aumento de R$ 2,6 bilhões deveu-se, principalmente, à menor variação cambial (R$ 2,0 bilhões) e aos menores impairments em ativos de operações continuadas e descontinuadas (R$ 1,9 milhões), que foram parcialmente compensados por um aumento no imposto diferido (R$ 1,8 bilhão).

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Conclusão sobre os resultados:

Para entender os resultados de Vale é fundamental olharmos duas variáveis. O preço do Minério de Ferro no mercado internacional, e a variação do dólar. Quando olhamos o preço do minério vemos que o 1T2017 foi o trimestre que teve os maiores preços da commodity desde o 2T2014, portanto os resultados de Vale foram impactados positivamente por causa desse período. Já o dólar teve valores menores no 1T2017. O preço médio do dólar ficou na casa de R$ 3,15 no 1T2017 x R$ 3,30 no 1T2018. Quando reunimos as duas informações entendemos porque a margem bruta de Vale caiu nesse período.

No entanto, a queda não foi tão grande assim na minha visão que destoa da maior parte dos outros analistas. (Caiu de 44% para 39%).

É importante perceber também que a Vale tem mudado a estratégia dela como empresa e já pensando no futuro. Essa nova estratégia implantada pelo antigo CEO da Klabin é baseada em três vertentes:

1. Desalavancagem Financeira – Redução de dívidas e farta distribuição de dividendos
2. Desinvestimento em ativos que não tenham sinergia com o core-business (negócio principal) da companhia.
3. Foco em produtos Premium. A empresa está investindo em produtos com alguma diferenciação. Pelotas, outros metais, e não apenas em vender o minério de ferro puro.

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  Membro Bronze* Carteira Z Membro Gold
Carteira PEG  Sim Sim Sim
Carteira Barganhas Sim Sim Sim
Carteira P/L abaixo da Média Sim Sim Sim
Carteira Dividendos Não Sim Sim
Carteira Graham Não Sim Sim
Carteira Z (fundos de Investimentos) Não Sim Sim
Carteira Dica de Hoje Não Não Sim
Radar de FIIS (NOVO) Não Não Sim
Relatórios Dica de Hoje (ações + Fiis) Não Não Sim
Vídeos Dica de Hoje Não Não Sim
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 Abraços e Bons Investimentos!

Daniel Nigri (analista CNPI)

Com a ajuda de Leo Bittencourt

 

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Elaborado pelo analista independente Daniel Isaac Nigri CNPI 1810, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário.

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O analista Daniel Isaac Nigri CNPI é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

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