Medo e Ganância
No mercado financeiro, o investidor é movido, principalmente, por dois sentimentos extremos: medo e ganância.
O medo é um estado emocional que surge em resposta a consciência perante uma situação de eventual perigo. Uma pessoa que investe um valor e perde 40% ao longo de 5 anos pode ficar traumatizada?
Isso aconteceu na era Dilma. O índice da Bolsa de Valores caiu mais de 40% entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016.
Olhar o passado é fácil, mas será que você teria a disciplina e a paciência de acumular bons ativos (como ações e fundos de ações) nesse período?
Esse período transformou excelentes ativos em verdadeiras barganhas, tornando a assimetria extremamente favorável aos verdadeiros investidores.
Em que Era você está?
A era do medo se foi, muita gente não aproveitou, e agora estamos na era da ganância:
Em 3 anos e meio, o Ibovespa acumula alta de mais de 145% e ativos, ora com descontos descomunais no outro gráfico, já não estão mais com tanto deságio.
Isso quer dizer que a bolsa não vai subir mais e que você não deve comprar bolsa?
De maneira alguma. A intenção é alertar sobre o melhor momento de aportar em renda variável. A euforia e segurança com a bolsa a 102 mil pontos, e o desespero e apreensão a 60 mil é a forma mais precisa de ser um perdedor na bolsa. Dessa forma, conseguimos perceber, claramente, quem é o nosso pior inimigo nos investimentos do mercado financeiro é: NÓS MESMOS.
Você pode estar investindo através do melhor fundo de investimento da história, mas, se a pessoa do outro lado do espelho não for vencida, a derrota é certa.
Henrique Bredda, gestor do Alaska, escreveu um texto interessante, que nos leva a refletir sobre essa dinâmica exposta acima:
Existe um dado cruel sobre a indústria de fundos. Triste e muito difícil de reverter. A realidade mostra que é muito difícil o investidor médio (os fora da curva conseguem) ganhar dinheiro investindo em fundos do mercado financeiro. É simplesmente humanamente impossível para a média. Por que isso?
Desconheço um fundo aberto que teve uma performance tão espetacular em 13 anos quanto o FidelityMagellan do Peter Lynch. De 1977 a 1990, o fundo deu um retorno de 29% ao ano em dólares. Isso dá quase 2.500% enquanto o S&P deu no período apenas 477%, ou 13% ao ano. Um colosso!
Retorno de Fundos
Esse fundo proporcionou retornos gigantes quase todos os anos. Olha a sequência:
77: +14.45%
78: +31.72%
79: +51.71%
80: +69.90%
81: +15.66%
82: +47.98%
83: +38.56%
84: +1.91%
85: +43.13%
86: +23.63%
87: +0.62%
88: +22.77%
89: +34.51%
90: -4.52%
Mas sabe qual o resultado para o investidor médio? Prejuízo. O investidor médio conseguiu PERDER dinheiro com esse fundo. Dá para acreditar nisso? Um estudo conduzido pela própria Fidelity concluiu que o investidor médio PERDEU dinheiro com esse fundo. Como isso é possível?
As pessoas se iludem e sonham que será uma linha reta. Não será. Será tortuoso e doloroso. Nesses 2.500% de alta do Magellan, houve quedas de 27%, 14%, 20%, 19%, 19,7%, 36%, 11%, e de 21%. E isso mata o despreparado. Isso mata o aventureiro. Isso mata quem não sabe o que fez.
Na prática, a pessoa se empolga com uma performance boa recente, depois de meses de altas seguidas, e investe. Na primeira queda de 15-20%, ela resgata com prejuízo. Depois quando o fundo anda mais 50%, ela investe de novo. E quando cai 20%, saca com prejuízo. Ela repete até perder tudo.
Pior inimigo do investidor
O pior inimigo do investidor no mercado financeiro é ele mesmo. É o tal do “behaviour gap”, ou a “diferença por causa do comportamento”. Há boas leituras nesse tema. O livro abaixo é bem bacana:
Agora, pense profundamente nesse assunto. Se nem o Peter Lynch, altamente competente e comunicativo, conseguiu fazer com que AMERICANOS, na média, ganhassem dinheiro num fundo espetacularmente rentável, o que temos que fazer para que isso não se repita no Brasil?
Já pensaram profundamente nesse assunto acima?
Se nem o Peter Lynch na FidelityMagellan, que teve retornos fenomenais, conseguiu ter cotistas que ganhassem na média, o que temos que fazer para evitar essa desgraça? Como mostrar para o cliente que se ele compra caro e vende barato, ele perde? Há solução?
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Reflita, tente respirar esse artigo de hoje, e seja diferente. Muitos perdem, poucos ganham. Seja a minoria.
Hoje, segunda feira, dia 24/06/2019, falaremos sobre esse comportamento e muito mais, em uma live especial com Henrique Bredda, gestor do Fundo Alaska. Será que a Bolsa pode chegar a 200 mil pontos? Clique aqui e assista às 18:30.
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Qualquer dúvida, sugestão ou crítica serão muito bem-vindas.Abraços e bons investimentos.
RAFAEL ZATTAR