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Projeções para a economia e a visão de longo prazo

Quero começar esse texto com uma pergunta.

Qual sua projeção para a economia brasileira?

Todo dia surge uma notícia de projeções sobre diversos dados importantes que abrangem nossa economia.

Como estamos vivendo a pandemia, em isolamento, os dados estão em constante movimento.

Não há um consenso nas projeções e nem mesmo se alguém acertará alguma delas.

Essas projeções incluem o PIB, a inflação, o Ibovespa no fim do ano, entre outras.

Em 2008, quando aconteceu a crise do subprime nos Estados Unidos, muitos especialistas diziam que os estímulos feitos pelo governo norte-americano acarretariam uma hiperinflação, que o dólar entraria em colapso, entre outros cenários catastróficos.

Hoje, podemos observar que todas essas previsões de baixas estavam erradas. Nada disso aconteceu, pelo contrário.

Devido à redução das taxas de juros e à injeção de dinheiro na nossa economia, aumentando assim a oferta de moeda, alguns especialistas também apontam para um provável aumento de inflação no Brasil.

No cenário atual, temos diversas projeções aterrorizantes como essas. Pode ser que elas se concretizem, como pode ser que não, de novo.

Sei que os Estados Unidos e o Brasil têm realidades diferentes, do ponto de vista social, econômico e até no número de mortes por Covid-19. O que estou abordando aqui é apenas em relação às projeções divulgadas nas crises.

Eu, particularmente, penso que a situação ainda vai piorar antes de melhorar. Mas a economia vai reabrir, as empresas vão voltar ao seu funcionamento normal e irão precisar de funcionários.

Isso pode demandar vários meses, alguns anos.

Mas hoje, o que podemos ver é que existem diversos ativos baratos listados. Não sabemos e nem temos capacidade de prever quando a recuperação acontecerá, mas se você esperar ter dados mais concretos, a recuperação passará bem na sua frente.

O mundo dos investimentos não é um jogo de adivinhação.

Por falar nisso, é comum encontrarmos questionamentos de investidores sobre se o índice Bovespa já chegou ao seu fundo.

“Será que já chegamos ao fundo?”

“Será que maio vai ser novamente um mês ruim?”

São perguntas frequentes sendo feitas no momento.

Mas, se você é um investidor de longo prazo, é realmente importante saber se as ações já chegaram ao fundo ou se maio será um mês de quedas?

Eu diria que essas perguntas estão erradas.

A melhor pergunta seria:

“Se eu começasse hoje, teria um bom retorno com ações da bolsa brasileira em um período de 10 anos?”

Frequentemente, as variações nas cotações em um cenário de curto prazo são relacionadas com o risco, como vimos, principalmente, em março desse ano.

Com a pandemia do coronavírus, o Ibovespa caiu quase 50%. Isso significa que as pessoas estavam enxergando um risco maior no mercado acionário e assim desfazendo suas posições, mesmo que a preços muito baixos.

Fonte: TradingView

Porém, o verdadeiro risco associado às ações são períodos longos com baixo retorno, nenhum retorno ou prejuízo.

Isso representaria tempo e dinheiro desperdiçados. Mas, como venho falando há algumas semanas, o histórico do mercado acionário é de crescimento, mas não em linha reta.

Além do coronavírus, o Brasil, diferentemente de outros países do mundo, possui um detalhe peculiar a mais: a alta instabilidade política.

Com a saída do agora ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o Ibovespa registrou uma queda de mais de 5% na última sexta-feira, além de uma grande volatilidade durante todo o dia.

Essa volatilidade é originada na falta de confiança dos investidores, que duvidam da capacidade do governo de manter um trabalho uniforme, além do ministro Moro ter o apoio da maioria dos investidores.

Mas novamente, nossa visão é de longo prazo.

Além disso, podemos questionar se os valores são altos ou baixos, mas o governo está injetando dinheiro na economia para que possamos ultrapassar o coronavírus.

Com isso, podemos focar no que realmente importa: as empresas.

Não são os países ou os governos que geram riquezas, e sim as empresas. Quando as empresas são bem sucedidas, elas geram renda, emprego e riqueza, mas quando elas falham, os trabalhadores e suas famílias sofrem.

Por isso, acreditamos que no longo prazo as empresas vão ter lucros e, consequentemente, irão distribuir mais dividendos e suas ações valorizarão.

E no momento, temos várias boas empresas em nossas carteiras.

Vou terminar o texto com duas frases que gosto bastante e que são propícias para o nosso atual momento:

“Todo mundo é um investidor disciplinado e de longo prazo, até o mercado cair!” (Steve Forbes)

“É difícil pegar o trem depois que ele sai da estação”. (Alexander Green)

E você, é investidor de longo prazo ou vende suas ações em sinais de instabilidade?

Nós, do Dica de Hoje Research, trazemos análises e relatórios diários das empresas da Bolsa para você. Clique aqui e conheça nossas carteiras.

Abraços e bons investimentos,

Raphael Rocha.

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