Autor
Aswath Damodaran é Professor de Finanças na Stern School of Business na Universidade de Nova York e um dos mais renomados especialistas em avaliação e finanças no mundo. Seus livros incluem: Damodaran on Valuation, Investiment Valuation, Finanças Corporativas: Teoria e Prática, e Finanças Corporativas Aplicadas: Um Manual do Usuário. Seu livro recente, Riscos Estratégicos, explora como nós pensamos sobre o risco e as implicações do seu gerenciamento. Ele foi premiado com o Stern School of Business Excellence in Teaching Award por sete vezes e foi nomeado na Business Week ao top doze do ranking do Business Week U.S. Business School Professors.
Qual é a contribuição de Aswath Damodaran para o mundo acadêmico e empresarial?
Altamente reconhecido pela qualidade de suas aulas, Damodaran não se prende às quatro paredes da sala de aula para ensinar.
Ao todo, escreveu dezenas de livros, que servem como referência para estudos da área de finanças. Além disso, participou da escrita de diversos periódicos (como o The Journal of Finance) e alimenta um blog, de modo a disseminar o seu conhecimento aprofundado na internet.
Dentre os maiores livros publicados por ele, podemos citar:
- Damodaran on Valuation: Security Analysis for Investment and Corporate Finance (1994);
- Corporative Finance – Theory and Pratice – Software (1997);
- Valuation Approaches and Metrics: A Survey of the Theory and Evidence (2005);
- The Dark Side of Valuation: Valuing Young, Distressed, and Complex Business (2009);
- Narrative and Numbers: The Value of Stories in Business (2017).
- Em língua portuguesa, apenas os seguintes títulos estão disponíveis até o momento, podendo ser encontrados em sua forma física e/ou digital:
- Avaliação de Investimentos – Ferramentas e Técnicas para a Determinação do Valor de Qualquer Ativo (1995);
- Gestão Estratégica do Risco (2008);
- Valuation – Como Avaliar Empresas e Escolher as Melhores Ações (2011);
A abordagem de Damodaran quanto à análise do mercado financeiro (em especial, das companhias individualmente) é o seu principal diferencial perante os demais no mercado.
Ele é adepto ao Value Investing, como muitos outros, mas desenvolveu estratégias próprias e peculiares em seu processo.
Antes de entender o conceito de Value Investing aplicado por Damodaran, é importante reconhecer a prática conhecida como Valuation, importantíssima para tal processo.
Valuation – Como Avaliar Empresas e Escolher As Melhores Ações
Este livro do professor Aswath Damodaran, que é um dos maiores especialista do mundo em Valuation. Nele, você vai aprender como avaliar o seu funcionamento de uma empresa e o seu valor intrínseco.
Este livro é de leitura mais complexa. Pois, o autor alia teoria a pratica para melhor definir o valor de uma empresa, através de diversas técnicas. Para assim, saber qual é a mais adequada e a margem de segurança , necessária para entrar.
O livro “Valuation: Como Avaliar Empresas e Escolher as Melhores Ações” certamente vai proporcionar uma agradável e rápida leitura àqueles interessados em adentrarem no mundo da valuation. Em suas cerca de 200 páginas em folha A5 e com grandes letras, Damodaram aborda de maneira resumida e quase “informal” os principais fundamentos de uma boa avaliação, em onze capítulos, distribuídos em três seções metaforicamente denominadas de: “Saia na Frente” (fundamentos da avaliação), “Do Berço ao Túmulo” (ciclo de vida da avaliação), e “Quebrando o Molde” (situações especiais em avaliação).
De forma geral, não são apresentadas muitas fórmulas e modelos de avaliação, com complexas variáveis e estimadas de fluxos de caixa das empresas. O livro em si é bastante introdutório, oferecendo ao leitor uma noção geral do que é uma avaliação de empresas, destacando seus principais fundamentos, destaques na estimativa e na análise e as utilidades desses modelos. Segundo o próprio Damodaran: “este livro oferecerá as ferramentas aos que quiserem tentar e ensinará alguns atalhos aos que preferirem manter-se mais à distância” do processo de avaliação.
Na primeira seção (Saia na Frente), Damodaran destaca que o “valor” é mais que um número, que é preciso conhecer a empresa que se está avaliando, tendo a noção de que todo processo de avaliação pode conter vieses (tendências). Destaca que a maioria das avaliações está errada, mesmo as boas, pois os modelos de avaliação apenas aproximam um valor da empresa. Isso tendo em vista que o processo de valuation envolve o valor do dinheiro no tempo (fluxo de caixa), o risco e o crescimento do negócio, os quais são tratados usualmente por meio de modelos estatísticos para se encontrar o valor intrínseco da empresa. E para isso, é indispensável a obtenção de inputs (dados) confiáveis, com destaque para os dados contábeis das companhias. Isso tendo em vista uma avaliação com base em um modelo de desconto de fluxos de caixa. Há, ainda, a avaliação relativa, na qual são utilizados múltiplos de desempenho da empresa para compará-la a outras companhias, no sentido de descobrir se ela está sobre ou subavaliada (mais cara ou mais barata que empresas semelhantes).
Na segunda seção (Do Berço ao Túmulo), a discussão é pautada no ciclo de vida das companhias. Isto é, avaliar empresas em diferentes estágios de ciclo de vida não é tarefa fácil, pois elas apresentam taxas de crescimento diferentes. Ainda, as empresas jovens dispõem de menos dados que sejam utilizados como inputs nos modelos de valuation. Ainda, como o crescimento é um elemento essencial nesses modelos, sua variação pode afetar (e muito) o valor encontrado em cada modelo. Assim, deve-se atentar para os períodos de alto crescimento, de crescimento, de estabilidade e, ainda, para períodos de decadência (chamado por Damodaran de apocalipse).
A terceira e última seção (Quebrando o Molde) fala de algumas situações especiais em avaliação, as quais também precisam de atenção especial. Por exemplo, cita-se os casos dos bancos, que habitualmente têm altos índices de endividamento e baixo patrimônio líquido (proporcionalmente); de empresas cíclicas e de commodities, que têm alta volatilidade em seus fluxos de caixa; assim como de empresas com altos volumes de ativos intangíveis, as quais possuem o “valor invisível”, com maior dificuldade de ser estimado.
Conclusão
A partir disso surge, então, a Value Investing (Investimento em Valor), uma estratégia que consiste em procurar por ações que estão subvalorizadas no mercado, mas que, na maioria das vezes, mostram chances claras de desenvolvimento.
Damodaran, por sua vez, prefere trabalhar com possibilidades menos prováveis, que necessitam de maior capacidade crítica.
Para ele, empresas com chances muito claras de desenvolvimento não trazem grandes vantagens, visto que o número de investidores dispostos a aplicar capital na companhia sobe, levando consigo as cotações.
E como é mesmo uma capacidade única, intransferível, a figura do financista acabou por se tornar cada vez mais valiosa – assim como o conhecimento que ele está disposto a compartilhar.
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