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Os 6 melhores indicadores fundamentalistas para encontrar boas empresas

Indicadores ou múltiplos de uma ação, seus melhores amigos ou seus maiores inimigos. Há uma grande tendência de investidores iniciantes buscarem indicadores para se guiarem nas suas análises. De fato, os múltiplos podem ser uma ferramenta muito útil para te ajudar a encontrar boas empresas, apesar disso, é crucial saber usá-los e interpretá-los da maneira correta para não cair em furadas. Você deve saber que existe uma infinidade de indicadores, né? Pensando nisso, neste artigo, separei aqueles indicadores de ações que acredito serem mais interessantes de serem avaliados e, claro, pontuarei como você pode interpretá-los e no que deve tomar cuidado.  P/L  O múltiplo preço sobre lucro é um indicador de expectativas. Através dele, você observará o que o mercado espera do crescimento do lucro de determinada companhia. Encontrar o P/L de uma ação é simples: *O preço atual de negociação é o preço que a ação é cotada hoje e o lucro líquido por ação é a divisão do lucro líquido apurado nos últimos 12 meses pelo n° total de ações da companhia.  Exemplo: as ações da empresa X são negociadas hoje à R$ 10. Nos últimos 12 meses, a companhia registrou um lucro por ação de R$ 1,00. Portanto, dividindo 10 por 1, teremos o P/L de 10x.
  • Caso o P/L esteja alto (por exemplo, >10x), compreendemos que o mercado está otimista com a evolução do lucro da empresa em questão.
  • Caso o P/L esteja baixo (por exemplo, <10x), entendemos que o mercado não está tão otimista com o avanço do lucro da companhia.
Obs.: caso o P/L esteja negativo, significa que a companhia tem apresentado prejuízo ao invés de lucro líquido. Desse modo, é importante investigar o que está acontecendo com a empresa. P/VP  O preço sobre valor patrimonial é um indicador que representa a expectativa do mercado sobre a rentabilidade do patrimônio líquido de uma empresa. Em outras palavras, quanto a diferença entre os ativos e os passivos da companhia (patrimônio líquido) pode gerar de retorno para o negócio.   Seu cálculo também é simples, observe: *O preço atual de negociação é o preço que a ação é cotada hoje e o valor patrimonial por ação é a divisão do patrimônio líquido da empresa nos últimos 12 meses pelo n° total de ações da companhia.  Exemplo: as ações da empresa X são negociadas hoje à R$ 10. Nos últimos 12 meses, a companhia tinha um patrimônio líquido por ação de R$ 10,00. Portanto, dividindo 10 por 10, teremos o P/VP de 1x.
  •  Caso o P/VP esteja elevado (por exemplo, >2x), interpretamos que o mercado acredita que o patrimônio líquido da companhia tem um bom potencial de geração de retorno para ela neste momento;
  • Caso o P/VP esteja baixo (por exemplo, <1x), assimilamos que o mercado crê que o patrimônio líquido da empresa não tem um bom potencial de gerar rendimento para ela neste momento.
  Margem EBITDA  A margem EBITDA é um indicador de lucratividade operacional. Ela representa cada real que a empresa gerou de receita líquida e se tornou lucro operacional (EBITDA). Dessa forma, quanto maior a margem EBITDA, mais lucrativa é a operação da empresa.   Para encontrar a margem EBITDA basta fazer o seguinte: *Tanto o EBITDA quanto a Receita Líquida você encontra nos resultados da empresa disponíveis em seu site de relação com investidores. Em muitos casos, as próprias companhias já divulgam, inclusive, a margem EBITDA calculada. Uma das maneiras de utilizar a margem EBITDA para análise de ações é comparando entre empresas que atuam em um mesmo mercado. Por exemplo: Imagine que você deseja analisar duas petroleiras, a petroleira X e a Y.
  • A petroleira X gerou um EBITDA de R$ 1M e apurou uma receita líquida de R$ 10M no 1T22.
  • A petroleira Y gerou um EBITDA de R$ 500k e apurou uma receita líquida de R$ 1M no 1T22.
Nesse caso, fazendo o cálculo da margem EBITDA você observará que:
  • Petroleira X = 10% de M. EBITDA
  • Petroleira Y = 50% de M. EBITDA
Portanto, compreendemos que a petroleira Y é mais lucrativa operacionalmente do que a petroleira X. Logo, ela tende a ter uma operação mais eficiente e, assim, pode ser que seja uma opção melhor de investimento. Margem Líquida  A margem líquida segue a mesma lógica, só que ao contrário da margem EBITDA, ela utiliza o lucro líquido para comparar com a receita líquida. O cálculo é assim: *Tanto o lucro líquido quanto a Receita Líquida você encontra nos resultados da empresa disponíveis em seu site de relação com investidores. Em muitos casos, as próprias companhias já divulgam, inclusive, a margem líquida calculada.  A forma de usá-la também é igual. Compare duas companhias de um mesmo setor e observe qual delas possui a margem líquida maior. Exemplo: Imagine que você deseja analisar duas varejistas, a varejista X e a Y.
  • A varejista X gerou um lucro líquido de R$ 10M e apurou uma receita líquida de R$ 1B no 1T22.
  • A varejista Y gerou um lucro líquido de R$ 1M e apurou uma receita líquida de R$ 20M no 1T22.
Nesse caso, fazendo o cálculo da margem líquida você observará que:
  • Varejista X = 1% de M. Líquida
  • Varejista Y = 5% de M. Líquida
Portanto, compreendemos que a varejista Y é mais lucrativa do que a varejista X. Logo, ela tende a ter uma operação mais eficiente e, assim, pode ser que seja uma opção melhor de investimento. Índice de Cobertura de Juros  Agora entramos em uma parte super importante, a análise do endividamento. O índice de cobertura de juros (ICJ) nos indica a capacidade que uma companhia tem de arcar com os juros das dívidas contratadas por ela. Esse índice costuma ser utilizado, inclusive, por credores para verificar se a companhia que está tomando crédito tem poder de cumprir com suas obrigações. O ICJ consiste na relação do lucro antes de juros e impostos (EBIT) com as despesas com juros de um negócio. O cálculo do índice de cobertura de juros ocorre desta forma: Diferente das margens, este indicador é utilizado de forma particular. Você deve aplicá-lo em cada empresa que você estiver analisando para averiguar se o endividamento dela está em um patamar saudável ou não. *Todo crédito tomado por uma companhia deve ter, naturalmente, uma devida destinação: projetos de expansão, investimentos, dentre outros. No entanto, o intuito do ICJ é avaliar apenas a competência da empresa em pagar os juros do crédito tomado.  Uma das métricas utilizadas por investidores é esperar um ICJ na faixa de 2 a 3, assim, compreendemos que a companhia está saudável em termos de endividamento.  Dividend Yield  Por fim – e não menos importante – o tão famoso Dividend Yield (DY). O Dividend Yield é um indicador de retorno em dividendos sobre o preço da ação. Ele representa a relação entre o preço atual de negociação de uma ação e os dividendos pagos por ação nos últimos 12 meses.   Para calcular o DY você deve prosseguir da seguinte maneira: Exemplo: a empresa X distribuiu R$ 1,00 por ação em dividendos nos últimos 12 meses e o preço atual das ações é de R$ 10,00. Portanto, dividindo 1 por 10, teremos o DY de 10%. Isso significa que no período de 1 ano, a empresa retornou 10% do valor investido aos investidores que compraram a ação por R$ 10,00. Com o Dividend Yield, você pode comparar empresas de um mesmo setor ou analisá-las separadamente. O raciocínio é simples: se uma companhia tem um Dividend Yield maior do que outra e ambas atuam no mesmo mercado, a primeira tende a ser uma melhor pagadora de dividendos. Desse modo, se você busca investir com foco em dividendos, pode ser que faça mais sentido investir nela. Via de regra, aqui no Brasil, utilizamos o Dividend Yield mínimo de 6% ao ano como um patamar aceitável. Em síntese, gostaria de deixar claro que você não deve levar apenas indicadores em consideração quando for analisar uma empresa. Há uma série de variáveis que podem distorcer os indicadores de ações, além de fatores qualitativos que também devem ser ponderados em uma análise. Grande abraço e bons investimentos, João Pedro Mello

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