Os Estados Unidos criaram 315 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em agosto, acima do esperado, mas a taxa de desemprego cresceu para 3,7%, apontam dados do payroll divulgado nesta sexta-feira (2).
O resultado veio um pouco acima da expectativa do mercado (que previa 300 mil), mas a projeção era de que a taxa de desemprego permaneceria em 3,5%, segundo a Refinitiv.
Payroll de agosto
• Vagas de trabalho: +315 mil (estimativa: +300 mil)
• Taxa de desemprego: 3,7% (3,5%)
Após a divulgação do indicador, os índices futuros dos EUA ganharam força em Wall Street, com o Dow Jones futuro subindo 0,51%; o S&P futuro, 0,54%; e o Nasdaq, 0,55%
O temor é que um mercado de trabalho aquecido daria margem de manobra ao Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) para ser mais agressivo no aumento da taxa de juros. Em julho, por exemplo, o payroll mostrou a criação de 528 mil vagas (muito acima da expectativa de 250 mil).
O Departamento do Trabalho revisou nesta sexta para baixo os números de criação de postos de trabalho de julho, de 528 mil para 526 mil, e também de junho, de 398 mil para 293 mil.
6 milhões de desempregados
Apesar da criação de vagas em agosto, o número de desempregados cresceu em 344 mil entre julho e agosto, para 6 milhões de pessoas, segundo o BLS (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas, em tradução livre), órgão ligado do Departamento de Trabalho americano.
O BLS diz também que o número de desempregados permanentes aumentou em 188 mil, para 1,4 milhão, e o de desempregados de longa duração (sem emprego há mais de 26 semanas) permaneceu em 1,1 milhão (18,8% do total).
Entre os principais grupos de trabalhadores, as taxas de desemprego subiram para homens adultos (3,5%) e hispânicos (4,5%), mas tiveram pouca alteração para mulheres adultas (3,3%), adolescentes (10,4%), brancos (3,2%), negros (6,4%) e asiáticos (2,8%).
Fonte: Informoney
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